Cuidados íntimos para o verão

Xô umidade e abafo!

Aproveite a piscina, mergulhe no mar, mas não fique o dia inteiro com roupa de banho molhada. Um ambiente úmido e quente é perfeito para a proliferação dos fungos que moram na vagina. Quando estão em pouca quantidade, não há problema algum, mas tudo em excesso faz mal.

Mantenha a parte de baixo da roupa de banho bem ventilada e no sol, para que ela sempre seque. Assim que chegar em casa, já para o banho bem tomado para tirar todos os resquícios de sal, cloro, areia e suor. Um cuidado tão simples pode evitar aquela coceira insuportável, irritação, ardência e até mesmo candidíase.

Nem pense em sabote perfumado!

Essa dica não é só pro verão e sim para a vida toda. Sempre lave a vulva, a virilha e o meio do bumbum com sabonete neutro. Nossas partes íntimas são muito sensíveis, então não é aconselhável usar produtos com muitos componentes químicos, como perfume e corante.

Disclaimer: Jamais lave por dentro do canal vaginal. A natureza a fez capaz de realizar a auto-limpeza.

Também é aconselhável limpar as roupas de banho e as calcinhas com sabonete neutro!

Evite roupas apertadas e de pouca ventilação

A virilha sofre tanto no calor, sua que só! Ela chega a sufocar quando usamos aquele shortinho apertado. O abafamento pode alterar o nosso ph vaginal, além de gerar mal odor.

Aposte em mais leves, barquinhas e arejadas.

Tecidos sintéticos, pode?

Poder pode, mas o ideal é usar roupas de tecidos naturais, como o famoso algodão. Esse material permite a transpiração da pele, evitando aquele abafamento citado anteriormente.

Aposente o carefree

Sabia que os mini protetores absorventes contem um monte de químicos? Todos esse componentes são absorvidos pela nossa vulva, facilitando uma possível reação alérgica. A calcinha já é suficiente e o corrimento fisiológico faz parte da saúde da mulher. Não há porque ter nojo.

Calcinhas absorventes são uma boa alternativa para mulheres que não se sentem vontade sem carefree.


Maneire na depilação

A depilação total pode ser considerada esteticamente legal, mas já não se pode dizer que é tão legal quando o assunto é saúde íntima. Os pelos estão lá por um motivo: para proteção.

Evite depilar no mesmo dia que você for usar roupa de banho, pois o corpo fica com feridinhas após a depilação. Essa feridinhas são a porta de entrada para microorganismos que causam inflamações e infecções cutâneas.

Câncer de colo de útero

O câncer de colo de útero ainda é o quarto câncer mais incidente em mulheres e a quarta causa de morte por câncer no Brasil. Mulheres de 25 anos são as mais suscetíveis a desenvolver o tumor, que tem como principal agente o papiloma vírus humano (HPV). O HPV também é um dos principais suspeitos do câncer de pênis.

Quanto antes o diagnóstico for feito, maiores as chances de cura, pois o tumor demora alguns anos para se tornar maligno.

A fase Pré-malignidade é chamada de Neoplasia Intraepitelial Cervical, classificada de 1 a 4 (I a IV), de acordo com a gravidade do caso.

Os dois tipos de tumores malignos mais frequentes estão associados ao HPV, que são os carcinomas epidermoides (80% dos casos), e os adenocarcinomas (20% dos casos).

Fatores de risco

A infecção do vírus HPV é causa de praticamente100% dos casos do câncer de colo de útero. Mas ter HPV não é sinônimo de câncer, pois apenas alguns tipos deste vírus estão de fato associados ao tumor.

A seguir, citaremos os fatores que aumentam as chances de se contrair HPV e, consequentemente, o surgimento do câncer de colo de útero. 

  • Verruga genital, causada pelo HPV;Início precoce da atividade sexual;
  • Múltiplos parceiros sexuais;
  • Cigarro;
  • Baixa imunidade;
  • Não realizar o exame de Papanicolaou regularmente;
  • Más condições de higiene;
  • Histórico familiar.

Sintomas do câncer de colo de útero

Nas fases iniciais não há manifestação de sintomas, mas conforme o tumor for se desenvolvendo, pode haver:

  • Sangramento vaginal, principalmente após as relações sexuais, no intervalo entre as menstruações ou após a menopausa;
  • Corrimento vaginal de cor escura e forte odor.

Em estágios ainda mais avançados, a doença pode causar:

  • Massa palpável no colo do útero;
  • Hemorragias;
  • Obstrução das vias urinárias e intestinos;
  • Dor lombar e abdominal;
  • Perda de apetite e de peso.

Diagnóstico

A avaliação ginecológica, a colposcopia e o exame citopatológico de Papanicolaou realizados regular e periodicamente são recursos essenciais para o diagnóstico do câncer de colo de útero. Na fase assintomática da enfermidade, o rastreamento realizado por meio do Papanicolaou permite detectar a existência de alterações celulares características da infecção pelo HPV ou a existência de lesões pré-malignas.

O diagnóstico definitivo, porém, depende do resultado da biópsia. Nos casos em que há sinais de malignidade, além de identificar o tipo do vírus infectante, é preciso definir o tamanho do tumor e se está situado somente no colo uterino ou se já invadiu outros órgãos e tecidos (metástases). Alguns exames de imagem (tomografia, ressonância magnética, raio x de tórax) representam recursos importantes nesse sentido.

De acordo com o Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia, os exames citológicos devem se iniciar a partir dos 21 anos de idade.

Prevenções

A prevenção começa pela vacinação contra o HPV, sendo ele o principal causador de câncer no colo de útero. No SUS, a vacina é oferecida gratuitamente para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. A vacina tem duas doses, com a segunda seis meses após a primeira.

Mesmo vacinadas, as mulheres devem continuar fazendo o exame de rastreamento de Papanicolaou, já que existem tipos de vírus não contemplados pela vacina que também podem provocar o tumor.

O uso de camisinha durante as relações sexuais também é essencial para prevenção do HPV e das demais doenças sexualmente transmissíveis.

Tratamento

A infecção do HPV pode ser eliminada espontaneamente ou por meio de tratamento médico.  Se o tratamento não funcionar, será necessário retirar ou destruir as lesões precursoras pré-malignas.

Pra o tratamento de tumores malignos, é necessário avaliar o estágio da doença, as condições físicas da paciente, sua idade, e se pretende ou não engravidar. A cirurgia só será indicada quando o tumor está confinado no colo do útero.

A radioterapia externa ou interna (braquiterapia) tem-se mostrado um recurso terapêutico eficaz para destruir as células cancerosas e reduzir o tamanho dos tumores. Apesar de a quimioterapia não apresentar os mesmos efeitos benéficos, pode ser indicada na ocorrência de tumores mais agressivos e nos estádios avançados da doença.

Anorexia Nervosa

É normal querer perder uns quilinhos, por saúde ou por pura estética. O problema é quando esse “querer emagrecer” se torna uma obsessão que, futuramente, levará à problemas sérios de saúde.

Na anorexia nervosa, uma pessoa de 30kg pode se enxergar com 300kg ao se olhar no espelho. Assustada, ela diminui drasticamente a sua alimentação,  além de praticar exercícios exaustivamente, tomar laxantes e até mesmo vomitar a pequena quantidade de alimento que resiste em seu estômago. E assim começa um dos distúrbios alimentares mais perigosos que é rotina, principalmente, de mulheres entre 10 e 3o anos.

Causas

A primeira hipótese que vem a cabeça é: pressão estética da sociedade, dos familiares e do círculo social.

A moda continua incentivando a magreza e as redes sociais só intensificam essa perspectiva de perfeição, de ideal. No Instagram há muitos perfis que ainda incentivam a anorexia e a bulimia, vencendo as tentativas da plataforma de bloquear a disseminação dessas informações.

Quando o usuário pesquisa temas como anorexia e bulimia, o Instagram o incentiva a procurar ajuda profissional. Mas os perfis pró anorexia e bulimia, encontraram formas de burlar a plataforma, criando hashtags com variações das palavras originais, dificultando o reconhecimento delas por pessoas que não “participam” do transtorno alimentar.

Além da pressão estética, há também influência do histórico familiar. Um estudo realizado pelo Instituto Karolinska, em Estolcomo, revelou que a ação de um gente específico, transmitido durante a formação do bebê, torna seus portadores mais pré-dispostos à doença.

Da mesma forma, alterações neuroquimicas cerebrais, como a queda de serotonina e noradrenalina podem estimular o desenvolvimento da anorexia nervosa. A queda dessas substâncias podem desencadear ansiedade, depressão, entre outros distúrbios psicológicos.

Sintomas e comportamentos:

  • Batimentos cardíacos mais lentos;Queda de cabelo;
  • Pele seca e coberta por lanugo (pelos curtos e finos sem pigmentação);
  • Enfraquecimento dos ossos, osteoporose;
  • Problemas gastrointestinais;
  • Perda exagerada e rápida de peso sem nenhum motivo aparente;
  • Uso de roupas largas para esconder o corpo;
  • Isolamento social e familiar;
  • Evitar fazer refeições junto de outras pessoas, principalmente com a família;
  • Preocupação exacerbada com o valor calórico dos alimentos;
  • Prática exagerada de exercícios;
  • Perda de apetite;
  • Amenorreia (ausência de menstruação) e regressão das características femininas, como a         diminuição dos seios.

 

Diagnóstico

O peso deve estar 15% abaixo do indicado para a idade e a altura do paciente. A parte mais difícil do diagnóstico é lidar com a negação do paciente, que encara os quilos perdidos como um acontecimento extremamente positivo.

Outras características que devem ser avaliadas são os sinais de desnutrição e a exclusão de outras doenças por meio de exames laboratoriais. Também faz parte do diagnóstico a avaliação psicológica do paciente: como ele enxerga seu corpo e como isso influencia o seu dia a dia. Quanto antes o diagnóstico for feito, menor será o risco de da doença piorar.

Tratamento

Na maioria das vezes, a anorexia nervosa está associada a problemas psicológicos, como depressão, síndrome do pânico, ansiedade e comportamentos obsessivos e compulsivos. Por isso é importante a presença de uma equipe multidisciplinar de médicos, nutricionistas e psicólogos durante o tratamento. Principalmente porque a/o paciente costuma ficar do lado da doença, querendo continuar na situação em que sua saúde se encontra, em prol da magreza.

O nutricionista vai ser responsável por regularizar a alimentação, pouco a pouco. Assim que o corpo, e consequentemente o cérebro, estiverem mais alimentados, o psicólogo e o psiquiatra vão conversar com o paciente para descobrir e tratar a raiz do problema, por meio de terapia e medicamentos. Muitas pacientes se surpreendem com as respostas encontradas durante o processo de recuperação, pois descobrem que suas angústias iam além da simples insatisfação com o corpo.

Muitas vezes, o médico prescreve medicamentos para reequilibrar a bioquímica cerebral. Em casos graves, com perda de mais de 25% do peso, a internação é necessária.

O apoio dos amigos e da família é fundamental em todo o processo.

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Sexo e gravidez combinam?

Um casal continua sendo um casal durante a gravidez e suas vontades e necessidades continuam existindo.

Os médicos afirmam seguramente que não há motivos para decretar greve de sexo se a gestação é de baixo risco. No entanto, a penetração não é aconselhável quando há:

  • Risco ou histórico de aborto espontâneo;
  • Risco de parto prematuro;
  • Sangramento vaginal antes da causa ser conhecida;
  • Problemas no saco amniótico;
  • Histórico de insuficiência de colo do útero;
  • Placenta prévia (também chamada de placenta baixa), quando a placenta está cobrindo o colo do útero;
  • Gestações de gêmeos, trigêmeos, etc.

Mas não é só a possibilidade de riscos que podem alterar a frequência das relações durante a espera de um bebê. As vontades da mulher também tem grande influência nisso tudo.

No primeiro trimestre, o desejo sexual pode perder para os enjoos, vômitos, dor os seios, cansaço e sono. Na ausência desses sintomas, é mais provável que a mulher tenha mais apetite sexual.

A mulher diz adeus a maioria dos sintomas no segundo semestre e passa a se sentir mais bonita, enérgica e mais sensível, principalmente na região pélvica, devido ao aumento de irrigação sanguínea.

O barrigão marca presença no terceiro semestre, mas não anula a atividade sexual, se ambos os parceiros desejarem. Tentar posições mais confortáveis, como a mulher por cima, de lado ou em quatro apoios, é uma forma interessante de manter a relação tranquila. Quando a gravidez é saudável, o sexo é possível até o momento da bolsa estourar, inclusive pode até induzir o trabalho de parto.

A maior dica de todas é:  conversa. Consigo mesma, com o parceiro e, principalmente, com o médico.

 

 

Contraceptivo de progesterona

Você conhece o Implanon NXT? Ele é um implante contraceptivo do tamanho de um fósforo feito à base de progesterona.

Seu tamanho não diz nada sobre seu potencial: ele é poderoso e muito seguro. Uma em cada 2 mil mulheres correm o risco engravidar quando utilizam esse método. Entre as mulheres que tomam pílula anticoncepcional, 90 em cada mil podem engravidar. 

Além da contracepção, o implante também reduz as cólicas menstruais e pode ser usado conjuntamente com outros métodos contraceptivos, aumentando a segurança contra uma gravidez não planejada.

E tem mais! Ele é uma ótima alternativa para mulheres que tem contraindicação – mães no período de amamentação e mulheres com trombofilia, por exemplo – ao uso de produtos hormonais que contenham estrogênio em sua composição, como as pílulas anticoncepcionais. As fumantes também podem se beneficiar do implante, que não interage com o tabaco, ao contrário do estrogênio.

O implante de progesterona não deve ser utilizado por mulheres com câncer de mama, trombose e nem com doença de fígado, pois o hormônio pode interferir nos tratamentos.

A efetividade do implante dura 3 anos. Após ser removido, a fertilidade da mulher volta pra campo.

Amamentação é sinônimo de dor?

Sentir dor ao amamentar é comum, principalmente quando não há muita prática ainda. A dor, além de incomodar a mãe, também torna a amamentação um evento um pouco traumático, reduzindo a sua repetição.

Veja algumas dicas que podem te ajudar durante o processo de alimentar o seu bebê.

-Evite o acúmulo de leite nas mamas. Quanto maior a quantidade, maior a pressão na hora de amamentar, e essa pressão pode causa dor. Respeite a fome do bebê, mas evite “retirar” o leite apenas quando ele for mamar.

-Bicos de silicone não são uma boa escolha, pois dificultam o processo da criança sugar de maneira adequada. 

-Massageie o seio antes de dar de mamar pela primeira vez no dia. Comece a massagear ao redor dos seios e depois ao redor da aréola.  Depois puxe o seio para trás e para frente para que uma leve quantidade de leite saia.

-Mantenha a calma. A ansiedade de amamentar pode te deixar ainda mais sensível.

-O lugar que o bebê abocanha também pode machucar as mamas. O correto é:

– Os lábios do bebê devem ficar voltados para fora, e a boca aberta como “boquinha de peixe”;

– O queixo do bebê deve se apoiar no seio da mãe;

– A barriga e o tronco do bebê ficam voltados para a mãe;

– Quando o bebê sugar o leite, espere a sua boca encher;

– O bebê abocanhar todo o mamilo e a parte inferior da aréola;

– O nariz do bebê não pode encostar no seio da mãe, para ele poder respirar tranquilamente.

Sempre conte os seus segredos para o ginecologista

Parece que não, mas muitas mulheres tem medo de compartilhar seus detalhes íntimos com os ginecologistas. Entendemos que é complicado se abrir com uma pessoa “estranha”, no entanto, não cabe ao médico te julgar e sim te acolher, ajudar e orientar. 

Vamos falar sobre algumas informações importantes que devem ser ditas em uma consulta ginecológica.

Aborto

É essencial mencionar se você  passou por abortos anteriormente, voluntários ou espontâneos. Abortos podem causar cicatrizes na cavidade do útero que facilitam o desenvolvimento da Síndrome de Asherman. Entre os sintomas desta síndrome, estão a dificuldade de engravidar, ausência de menstruação, abortos de repetição, problemas na placenta se a mulher conseguir engravidar, e nos piores casos, infertilidade e dor pélvica crônica.

Parceiros (as)

Às vezes é difícil contar para o médico que você tem mais de um(a) parceiro(a), né? Mas não tem problema nenhum nisso! Você tem quantos parceiros(as) quiser. O importante é se proteger direitinho para não ter riscos maiores de adquirir ou transmitir infecções sexualmente transmissíveis. Usar camisinha pode parecer suficiente, mas pois bem…Não é bem assim! Quando a penetração acontece em mais de um orifício,  é necessário trocar a camisinha.

Hábitos 

Hábitos como fumar, beber, usar drogas ilícitas, ou até mesmo, de se automedicar influenciam no tratamento de certas doenças. Se o ginecologista não souber desses hábitos, ele pode acabar te receitando um remédio que faça mal a quem consome drogas licitas ou ilícitas.

Por exemplo, fumar e tomar anticoncepcional ao mesmo tempo pode aumentar em 30 vezes a incidência de infarto, derrame ou trombose.

Dúvidas

Dúvidas sobre métodos de contracepção também é algo comum, até mesmo entre mulheres que tem uma vida sexual ativa há bastante tempo. Mas não tem problema não saber tudo, principalmente quando se trata da sua saúde. Somente o ginecologista tem conhecimento de qual é a melhor alternativa para você, além dos riscos e benefícios de cada tipo de tratamento. Seu papel é escolher qual das opções oferecidas te agrada mais.

Acontecimentos

Revelar se já fez sexo desprotegido, os tipos de sexo que costuma fazer (oral, vaginal e anal), se já sofreu abusos, entre outros detalhes, também é importante. A consulta não é apenas uma orientação ginecológica, é um momento para se abrir, ser compreendida, ser ouvida e encontrar formas de melhorar sua saúde física e mental. A vida sexual diz muito sobre o nosso psicológico.

1X0 para a Vitamina D

Não subestime a Vitamina D! Além de prevenir doenças como o a osteoporose, ela também pode auxiliar no tratamento do câncer.

De acordo com o oncologista Charles Pádua, diretor médico do hospital Cetus, o nutriente impede o crescimento celular e induz à apoptose (morte programada) das células tumorais.

“Por controlar o crescimento celular, a vitamina D já é prescrita em alguns casos de quimioterapia. Há relatos de redução no processo inflamatório das células e regulação da função imune do paciente”, destaca o farmacêutico Adriano Basques, gerente técnico do Laboratório Lustosa.

No entanto, a Vitamina D não é preventiva: todos os testes que buscavam esta resposta deram negativo. E tem mais, em casos de tratamento de câncer, é essencial o acompanhamento médico durante todo o processo, principalmente no momento de prescrever a quantidade da substância. Ingerir mais do que o recomendado pode causa intoxicação.

Por último, mas não menos importante

A Vitamina D é uma grande aliada para a disposição do dia a dia. Sua deficiência no organismo nos deixa mais fracas, cansadas, com dores nas articulações e enfraquece nossos ossos – em casos mais graves, pode até causar osteoporose.

É recomendado pelos médicos tomar 20 minutos de sol por dia, com protetor solar apenas no rosto para que o corpo absorva os raios solares,  e se alimentar com peixes, carnes, ovos e leite.

 

Fonte: Hoje em Dia

Ciclo menstrual pode ser aliado na prática de esportes

Uma pesquisa feita pela University College of London (UCL) entrevistou 800 mulheres e mais da metade afirmou que o ciclo menstrual influencia na sua perfomance esportiva. Mas na verdade, a menstruação pode trazer benefícios para a prática de atividades físicas.  O ciclo menstrual pode variar de 21 a 35 dias e é divido em três fases: folicular ou proliferativa, ovulatória e lútea. Vamos explicar como o corpo funciona em cada fase e o que você pode fazer para aproveitá-las da melhor forma.

Fase 1 – Do primeiro dia de sangramento até o início da ovulação

Nesta fase, há um aumento do principal hormônio feminino, o estradiol. Quanto maior a presença desta substância no corpo, melhor é a disposição, a força muscular, a resistência e o bem estar da corpo. Apesar do incômodo causado pelo sangramento e pelas cólicas, é possível ter um ótimo desempenho e produzir altos níveis de energia. No entanto, é importante que a intensidade do exercício físico aumente gradualmente, conforme o sangramento for diminuindo, pois a mulher fica mais sujeita a sentir fadiga e até ficar com anemia no início da menstruação.

Fase 2 – Fim do sangramento e ovulação

Chegou o momento para você intensificar o seu esforço físico ao máximo! Nesta fase, a predominância é do estrogênio, hormônio que tem receptores localizados nas células musculares que aumentam a transmissão de força e resistência. Outro aliado neste período é o pico da testosterona, hormônio que faz parte da construção muscular.

Fase 3 – Do fim da ovulação ao dia anterior à chegada do próximo sangramento

Momento também conhecido como TPM, que costuma durar até o início da menstruação. Durante esta fase, é provável que ocorra um aumento da fadiga, da irritabilidade e das dores no corpo, diminuindo a vontade de praticar esportes. Mas não desista! Porque é comprovado que realizar atividades físicas reduz a sensação destes sintomas.

Métodos contraceptivos e o esporte

Muitas mulheres reclamam que os métodos contraceptivos hormonais, como a pílula anticoncepcional, atrapalham no emagrecimento. Isso acontece porque a pílula aumenta uma proteína do sangue chamada SHBG, que se liga à testosterona. Como falado anteriormente, este hormônio contribui para a construção muscular e, como consequência, ele dificulta o ganho de massa magra.

Uma boa alternativa é o DIU não hormonal, método contraceptivo que não interfere no ciclo menstrual e nem na prática de exercícios físicos.

 

Fonte: UOL  / Ilustração: Silvia Marchetti

20% das brasileiras não vão ao ginecologista com frequência. Por quê?

Cerca de 20% das brasileiras acima dos 16 anos não vão ao ginecologista com regularidade. O dado faz parte da pesquisa “Expectativa da mulher brasileira sobre sua vida sexual e reprodutiva: as relações dos ginecologistas e obstetras com suas pacientes”, encomendada pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

O levantamento, conduzido pelo Instituto Datafolha, foi realizado entre 5 e 12 de novembro de 2018. Foram entrevistadas 1 089 mulheres de 16 anos ou mais, pertencentes a todas as classes econômicas, em 129 municípios de todas as regiões do país.

O estudo mostra que a maior parte das brasileiras (76%) buscou o ginecologista no último ano. Dentre elas, seis em cada dez foram atendidas no Sistema Único de Saúde (SUS). Esse hábito é mais comum entre as moradoras de regiões metropolitanas da região Sudeste e cresce conforme aumentam a escolaridade e o poder aquisitivo.

Na contramão, 20% não comparecem aos consultórios com frequência. Aqui se encaixam entrevistadas que nunca agendaram uma conversa com o gineco e outras tantas que só fizeram isso uma vez ou outra. Além disso, 4% não se lembram se foram ou não ao especialista.

E esse pessoal está correndo riscos desnecessários. A situação preocupa especialmente se você considerar que os ginecologistas muitas vezes acabam cuidando da saúde feminina em geral – e não só do aparelho reprodutor.

Por que essas mulheres não visitam o ginecologista?

As principais razões são: considerar-se saudável (31% das respostas) – mesmo sem ter passado por qualquer avaliação – e não achar importante ou necessário (22%).

“É evidente que essa é uma questão de educação”, aponta o ginecologista Marcos Felipe Silva de Sá, diretor científico da Febrasgo.

O obstetra e ginecologista César Eduardo Fernandes, presidente da entidade, acredita que a falta de contato com o profissional pode estimular casos de gravidez não planejada no Brasil.

“A gente sabe que existe uma vulnerabilidade em relação aos métodos contraceptivos das mulheres que estão no início da vida sexual, têm baixa escolaridade e são de classes econômicas menos favorecidas”, afirma.

Fernandes também lembra da diferença de concentração de experts pelo Brasil. Sim, na cidade de São Paulo não é tão difícil encontrar algum ginecologista.

“Mas essa não é a realidade em todo o país. Me assusta saber que aproximadamente 40% da população diz que o acesso não é fácil”, lamenta o presidente da Febrasgo.

Primeira visita ao consultório

O levantamento indica que a idade média da primeira conversa com o ginecologista é aos 20 anos de idade. “A gente acaba perdendo a possibilidade de oferecer a vacina gratuita contra o HPV e várias outras que fazem diferença para o envelhecimento saudável”, exemplifica o ginecologista Agnaldo Lopes da Silva Filho, vice-presidente regional da Febrasgo no Sudeste.

Lopes da Silva Filho também acredita que a demora para visitar o médico influencia no número de gestações não planejadas. De acordo com ele, campanhas de conscientização ajudariam bastante.

Já a ginecologista Maria Celeste Osório Wender, vice-presidente regional da Febrasgo no Sul, argumenta que a ida tardia ao consultório afeta o crescimento saudável das meninas. Por falta de acompanhamento, por exemplo, elas estariam mais sujeitas ao excesso de peso.

“A gente deixa de acessar essa adolescente, que parou de ir ao pediatra e também não está visitando o clínico por não estar doente, mas já está obesa. Essa é uma oportunidade que temos”, justifica.

As principais razões para a primeira ida ao consultório são gravidez (ou a suspeita dela) e a necessidade de esclarecer um problema ginecológico. A gestação precoce é especialmente recorrente entre as brasileiras com baixa escolaridade.

“Nós entendemos que essas não deveriam ser as razões da primeira consulta. Falta, da parte dos reguladores, médicos e educadores, informar que isso deve acontecer no início do período menstrual ou até antes”, defende Fernandes.

Segundo o especialista, uma consulta no comecinho da puberdade dá inclusive uma noção de como deve ocorrer a menstruação. A menina ainda vai receber orientação sobre doenças sexualmente transmissíveis, iniciação sexual e métodos contraceptivos.

Pacientes confiam no atendimento médico

Cerca de oito a cada dez mulheres citam a ginecologia como a mais importante especialidade para a saúde feminina.

Fernandes destaca que várias pacientes vão a esses médicos para tratarem de problemas não relacionados ao aparelho reprodutor. “Isso não é diferente em outros países. O ginecologista é a porta de entrada para a assistência”, conta.

De modo geral, praticamente todas as brasileiras acham importante que o médico acolha, realize exames clínicos, seja atencioso, aconselhe, passe confiança e forneça informações claras e suficientes. E aproximadamente nove em cada dez estão satisfeitas com esses atributos no atendimento recebido pelo ginecologista.

“Talvez a pesquisa não seja sobre a relação dos ginecologistas com suas pacientes, mas das pacientes com os ginecologistas. É a primeira vez que houve esse olhar para a mulher, que é o principal objetivo da nossa especialidade”, conclui Agnaldo Lopes da Silva Filho.

Fonte: Reprodução (www.saude.abril.com.br/medicina)

A Aceleração da Maturidade – Qual a nossa influência nisso?

Puberdade é a fase da vida em que ocorrem modificações no corpo de uma criança, fazendo com que ela se torne adulta. Em meninas a puberdade ocorre entre 8 e 13 anos e o primeiro sinal é o surgimento do broto mamário e em meninos, entre 9 e 14 anos e o primeiro sinal é o aumento do tamanho dos testículos.
Nesta fase também surgem os pelos pubianos e axilares, o odor axilar, acne e aumento da oleosidade da pele. A primeira menstruação (menarca) ocorre em média dois anos depois do aparecimento das mamas.

Considera-se como precoce a puberdade que surge antes dos 8 anos em meninas e dos 9 anos em meninos.
A puberdade precoce é um problema que pode atingir crianças muito pequenas e necessita acompanhamento especializado para toda a família. Os casos de início do processo de amadurecimento ocorrendo antes da idade considerada “adequada” vem aumentando e sempre são objeto de estudo.

Estudo publicado recentemente mostra que as meninas são mais propensas agora, a desenvolver o broto mamário entre os 7 e 8 anos de idade. É mais um estudo que caracteriza o ritmo acelerado do desenvolvimento infantil.
A “causa” deste fenômeno é multifatorial e deve ser tratada de maneira individualizada.

A presença de substâncias contidas nos agrotóxicos e nos plásticos, assim como a alimentação mais rica em gordura e os alimentos mais processados podem causar uma alteração hormonal no corpo.

O stress da vida urbana, a cobrança por resultados desde o início e a quantidade de informações a que as crianças são expostas, assim como a erotização da mídia e a aceitação no ambiente escolar, contribuem para o amadurecimento precoce.

Além de todas as consequências físicas que os hormônios em excesso precocemente podem trazer, a vida pode ser mais complicada para quem tem a mente de uma criança, mas o corpo e comportamento de um adolescente. Isso pode produzir déficit de rendimento, de atenção e concentração. As crianças são exigidas para a vida adulta cada vez mais cedo e mais intensamente.

Grande aliada se torna a própria família que junto com os profissionais de saúde vão caracterizar as causas mais prováveis da puberdade precoce.

Dr. Ricardo Faure / Dra. Patrícia P. Faure

Fonte:  Sociedade Brasileira de Pediatria  

Alerta para o silencioso câncer nos ovários

O câncer de ovário está próximo de se tornar a segunda neoplasia maligna mais comum entre os cânceres ginecológicos, com um aumento alarmante de sua incidência a cada ano. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o Inca, a cada quatro mulheres diagnosticadas com câncer no ovário, três apresentam estágio avançado.

“Isso ocorre pelo fato da doença ser assintomática [sem sintomas] ou apresentar sintomas discretos na sua fase inicial. Infelizmente, essa doença apresenta menor chance de cura nesse estágio avançado. O câncer de ovário pode se manifestar em mulheres de qualquer faixa etária, mas cerca de 85% dos casos ocorrem naquelas acima dos 50 anos”, destaca o cirurgião geral e oncológico Carlos Antonello.

Avaliação

O médico ainda destaca a necessidade de uma avaliação apurada da saúde da mulher. “Outro problema que temos com essa neoplasia é que inexiste, até o momento, o benefício de realizarmos rastreamento populacional, a partir de determinada idade, isto é, não temos um exame, que deva ser pedido a partir de certa idade. A investigação deve ser individualizada para cada paciente”, ressalta.

Sintomas

Como é uma doença silenciosa, inicialmente não apresenta sintomas específicos. Porém, a medida que o tumor cresce, o cirurgião explica que podem aparecer manifestações como inchaço ou aumento do volume abdominal; dor pélvica ou abdominal; dificuldade para comer ou sensação rápida de saciedade; alterações urinárias e problemas intestinais. “Esses sintomas nem sempre significam tumores de ovário, mas, se persistirem por mais de duas semanas seguidas, é indicado procurar o médico de sua confiança para realizar o diagnóstico. Exames de imagem como a ecografia transvaginal podem auxiliar na descoberta da doença, mostrando lesões ovarianas suspeitas”, explica Antonello. No entanto, ele reforça a importância da mulher ficar sempre em alerta, pois o exame papanicolau, conhecido também como pré-câncer, não detecta essa doença.

Tratamento

O tratamento do câncer no ovário depende do estágio e a situação clínica da paciente. Se detectada no início, é possível realizá-lo por meio de cirurgia minimamente invasiva. Porém, em casos mais avançados, é preciso cirurgia oncológica associada à quimioterapia. “É importante levar em consideração fatores de risco que aumentam a incidência da doença, como história familiar de câncer de mama ou ovário, endometriose, tabagismo, infertilidade, síndrome de ovário policístico. Além disso, mulheres nuliparas (que não tiveram uma gestação) apresentam maior risco de desenvolver a doença e devem ter um cuidado especial”, lembra.

Fonte: Jornal NH

Convocação: 20,6 milhões de adolescentes devem se vacinar contra o HPV

Mais de 20 milhões de adolescentes brasileiros devem buscar os postos de saúde para receber a vacina HPV. A convocação é do Ministério da Saúde, que lançou no dia 04/09 uma Campanha Publicitária de Mobilização e Comunicação para a Vacinação do Adolescente contra a doença. A expectativa é de vacinar 9,7 milhões de meninas de 9 a 14 anos e 10,8 milhões de meninos de 11 a 14 anos. Para garantir a vacinação deste público, o Ministério da Saúde investiu R$ 567 milhões na aquisição de 14 milhões de vacinas. A vacina HPV é eficaz e protege contra vários tipos de cânceres em mulheres e homens.

Desde a incorporação da vacina HPV no Calendário Nacional de Vacinação, 4 milhões de meninas de 9 a 14 anos procuraram as unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) para completar o esquema com a segunda dose, totalizando 41,8%. Com a primeira dose, foram imunizadas 4 milhões de meninas nesta mesma faixa, o que corresponde a 63,4%. “É importante alertar que cobertura vacinal só está completa com as duas doses, por isso quem tomou a primeira dose deve voltar aos postos após seis meses”, explicou a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, Carla Domingues.

Entre os meninos, que foram incluídos na vacinação contra HPV no ano passado, 2,6 milhões foram vacinados com a primeira dose, o que representa 35,7% do público alvo. Em relação à segunda dose, foram aplicadas 911 mil vacinas em meninos de 11 a 14 anos, completando, desta forma, o esquema de vacinação.

CAMPANHA HPV

Com o slogan “Não perca a nova temporada de Vacinação contra o HPV”, a campanha publicitária envolve várias peças e será veiculada no período de 4 a 28 de setembro. O filme mistura imagens reais e animação e traz dois jovens, um menino e uma menina, fugindo de um vírus em um cenário com inspiração nos seriados famosos que são de identificação do público jovem e dos pais. A fuga termina no momento em que os jovens entram em uma unidade de saúde e se vacinam.

Trata-se de uma campanha publicitária para mobilizar a população. A vacina contra o HPV faz parte do calendário de rotina disponível nas unidades do SUS, lembra Carla Domingues. “A campanha é importante para lembrar as pessoas sobre a necessidade da vacinação, esclarecendo o que é mito e boato, e informações verdadeiras, baseadas em estudos científicos”, observou a coordenadora.

HPV NO BRASIL

Segundo estudo realizado pelo projeto POP-Brasil em 2017, a prevalência estimada do HPV no Brasil é de 54,3 %. O estudo entrevistou 7.586 pessoas nas capitais do país. Os dados da pesquisa mostram que 37,6 % dos participantes apresentaram HPV de alto risco para o desenvolvimento de câncer.

O estudo indica ainda que 16,1% dos jovens tem uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) prévia ou apresentaram resultado positivo no teste rápido para HIV ou sífilis. Os dados finais deste projeto serão disponibilizados no relatório a ser apresentado ao Ministério da Saúde até o final do ano.

O projeto POP-Brasil é uma parceria do Ministério da Saúde, o Hospital Moinhos de Vento (RS), a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Universidade de São Paulo (Faculdade de Medicina (FMUSP) – Centro de Investigação Translacional em Oncologia), Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Secretarias Municipais de Saúde das capitais brasileiras e Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal.

Estudos internacionais também apontam o impacto da vacinação na redução do HPV. Nos EUA, dados mostram uma diminuição de 88% nas taxas de infeção oral por HPV. Na Austrália, redução da prevalência de HPV de 22.7% (2005) para 1.5% (2015) entre mulheres de 18–24 anos. Outro estudo internacional mostra que nos EUA, México e Brasil entre homens de 18 a 70 anos: brasileiros (72%) têm mais infecção por HPV que os mexicanos (62%) e norte-americanos (61%).

CÂNCER

A vacina HPV previne vários tipos de cânceres contribuindo com a redução da incidência de cânceres nas mulheres e homens. No mundo, dos 2,2 milhões de tumores provocados por vírus e outros agentes infecciosos, 640 mil são causados pelo HPV. A vacina utilizada no país previne 70% cânceres do colo útero, 90% câncer anal, 63% do câncer de pênis, 70% dos cânceres de vagina, 72% dos cânceres de orofaringe e 90% das verrugas genitais. Além disso, as vacinas HPV protegem contra o pré-câncer cervical em mulheres de 15 a 26 anos, associadas ao HPV16 /18. As vacinas é segura e não aumenta o risco de eventos adversos graves, aborto ou interrupção da gravidez.

VACINAÇÃO NAS ESCOLAS

O Ministério da Saúde enviou ao Ministério da Educação material informativo sobre as doenças. A ideia é estimular os professores a conversem com os alunos e familiares sobre o tema. O Brasil é o primeiro país da América do Sul e o sétimo do mundo a oferecer a vacina HPV para meninos em programas nacionais de imunizações. “A participação das escolas é imprescindível para reforçar a adesão dos jovens à vacinação e, consequentemente atingir o objetivo de redução futura do câncer de colo de útero, terceiro tipo de câncer mais comum em mulheres e a quarta causa de óbito por câncer no país”, completou Carla Domingues.

Para mais informações, acesse a página especializada sobre HPV no portal do Ministério da Saúde.

Fonte: Ministério da Saúde

Ginecologia no esporte

Durante muito tempo, a mulher foi poupada da prática esportiva pela crença de que, devido à “sua fragilidade”, isso poderia ser prejudicial à saúde. No entanto, nos últimos anos, cresceu o interesse feminino por atividades físicas, as mais diversas.

À medida em que a participação feminina em competições foi se estabelecendo e ganhando força, surgiu a percepção de que os treinamentos deveriam diferir entre homens e mulheres. E ninguém melhor que o ginecologista para entender o que se passa no corpo da mulher, seja ela atleta amadora ou profissional. É sempre recomendável uma avaliação médica pré-participação em atividades físicas, pois as mulheres esportistas necessitam de um atendimento diferenciado.

É necessário uma avaliação do condicionamento cardiorrespiratório; endurance e força muscular; composição corporal e flexibilidade. Por isso, é importante a avaliação cardiológica, nutricional, ortopédica e, no caso das atletas, um ginecologista especializado em Medicina Esportiva. A ginecologia do esporte aparece como aliada de atletas e esportistas que buscam por vida saudável e melhor performance no rendimento de seus exercícios, independentemente de eventuais problemas ginecológicos. Esse tipo de ginecologia tem como objetivos:

• minimizar o efeito do ciclo menstrual sobre o desempenho esportivo (seja ele físico ou psicológico);

• diminuir a ocorrência de alterações hormonais e osteoporose/ fraturas;

• identificar a incidência de incontinência urinária em atletas;

• monitorar o uso de medicações anticoncepcionais para o alívio de sintomas menstruais.

Existem diferenças no perfil hormonal, aumento de incidências de determinadas patologias e, até mesmo, da resposta ao exercício no sexo feminino. Sabe-se que o desempenho desportivo da mulher gira em torno de 6% a15% menor que o do homem; embora a capacidade de adaptação ao treinamento seja semelhante.

O exercício físico regular, realizado de maneira correta e associado à alimentação adequada, não costuma interferir na função hormonal nem no metabolismo feminino. Há relatos, inclusive, que destacam o alívio dos sintomas pré-menstruais em mulheres que se exercitam regularmente.

O que se costuma observar é que em mulheres que se submetem à atividade física intensa há uma incidência alta de distúrbios menstruais e, muitas vezes, amenorreia (ausência de menstruação). Entre outras complicações, uma das mais frequentes é a tríade da mulher atleta: irregularidade menstrual; distúrbios alimentares (pp. bulimia) e osteoporose. Essa tríade acontece devido ao overtraining (excesso de treinamento) e pode acometer 3% a 5% das frequentadoras de academia; e 3% a 66% de atletas.

O posicionamento da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte é que não existem restrições para a mulher, no que se refere a modalidades esportivas. Ela está apta a realizar quaisquer atividades, contanto que esteja sob a supervisão de profissionais qualificados e respeitando o seu limite.

Fonte: iSaúde

Mulheres que mudaram a história: Trota, a primeira ginecologista

Trota de Salerno, primeira ginecologista de que se tem notícia, escreveu tratados que orientaram os tratamentos médicos para mulheres ao longo de 400 anos.

O que foi: Médica
Onde viveu: Itália
Quando nasceu e morreu: ?-1097

Para se manter saudável, toda mulher precisa praticar exercícios físicos regularmente. Massagens com óleos aromáticos ajudam a evitar o estresse. A alimentação deve ser balanceada.

Os dentes vão permanecer brancos se a pessoa escová-los usando o líquido resultante da fervura da casca de noz em água. A combinação de mel, suco de beterraba e água de rosas ajuda a cuidar dos lábios e ainda funciona como batom de cor forte. E os cuidados com a higiene pessoal previnem problemas ginecológicos.

Essas são sugestões escritas em latim, no século 11. Sua autora, Trota, nasceu e viveu em Salerno, no sul da Itália. Era médica, especializada no público feminino. Escreveu e foi fonte primária de tratados que deram início à ginecologia. Suas lições foram publicadas para os médicos e médicas de toda a Europa, ao longo de pelo menos 400 anos.

MÉDICAS PIONEIRAS

Trota nasceu com o sobrenome Riggiero e se casou com Giovanni Plateario, médico e um dos líderes da Escola de Medicina da cidade de Salerno. Ela mesma seguiu carreira na medicina. O casal ainda teve dois filhos que também se revelaram médicos talentosos.

Na época, pelo menos na Europa, só mulheres cuidavam da saúde demulheres. Pouquíssimas delas eram letradas, e menos ainda eram as que levavam adiante os estudos de medicina. Era mais comum que monjas aprendessem o básico na prática e atuassem especialmente como parteiras.

Mas Trota não era a única pesquisadora do assunto. Ela participou decoletâneas de artigos sobre a saúde da mulher. Suas colegas de escola demedicina na época foram autoras de textos influentes, distribuídos em todo o continente por séculos.

O tratado mais famoso da pesquisadora foi dedicado ao período da gravidez e do pós-parto. Chama-se De Passionibus Mulierum ante in et Post Partum (Algo como “Sobre a saúde das mulheres durante e depois do parto”) e recomenda até mesmo fazer suturas no períneo em caso de haver machucados decorrentes do nascimento da criança.

As dicas de saúde mais gerais estão no livro De Curis Mulierum (“Do tratamento para mulheres”, em tradução livre). Ali ela ensina a fazer cosméticos em casa, a lidar com picada de cobra e a amenizar os desconfortos da tensão pré-menstrual.

ALÍVIO NO PARTO

As pesquisas de Trota eram focadas na prevenção de doenças e na atenção a situações críticas. O parto recebeu uma atenção especial. Apesar de a anestesia só ser aplicada para o nascimento de filhos no século 19, ela testou chás e medicamentos que amenizavam a dor. Ela foi mais longe e também realizou algumas poucas cesarianas, sempre em situações de grande risco para a mãe ou criança.

Ela ainda defendeu que a infertilidade podia ser um problema masculino, e não exclusivamente da mulher. Era, de fato, uma médica muito à frente de seu tempo.

SEUS MAIORES ACERTOS

  • Difundiu a ginecologia
    Além de pioneira na medicina para mulheres, ela divulgou seus insights em textos que se espalharam até a França e a Inglaterra
  • Debateu anatomia
    Dúvidas sobre a higiene íntima e os desconfortos da menstruação não eram debatidas abertamente antes de Trota escrever sobre o tema
  • Reuniu pesquisadoras
    Figura de referência da Escola de Medicina de Salerno, ela colocou especialistas em contato e estimulou o intercâmbio entre elas

SEUS MAIORES FRACASSOS

  • Repetiu preconceitos
    Ela não escapou de algumas noções comuns para a época, incluindo a de que o corpo feminino era mais sensível do que o masculino e mais facilmente exposto a doenças. Também seriam mais propensos a vícios com comida e bebida
  • Não deu crédito
    Salerno reunia literatura médica dos gregos, dos romanos e dos árabes. O resultado eram guias de fácil leitura e muito atualizados em relação às melhores técnicas da época. Mas nem sempre a médica italiana citou suas fontes. Muitos achados ficavam parecendo de sua autoria

Fonte: Mundo Estranho

Os riscos da pílula do dia seguinte: precisamos de uma ‘cultura do preservativo’

De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva, estima-se que mais de 6 milhões de mulheres sofrem de Endometriose no país. “Essa é uma enfermidade que tem início no sistema reprodutor, mas pode atingir intestino, bexiga… Quando é um caso de endometriose mais avançada, ela forma fibrose. Isso pode ainda levar à infertilidade. Sem falar que, quando é um quadro avançado, a mulher tem uma dor muito intensa na região pélvica, o que dificulta muito a qualidade de vida”, explicou a ginecologista. Confira a seguir a entrevista que a ginecologista Cristina Sá concedeu ao Bahia Notícias.

Quais sintomas devem criar um alerta para a possibilidade de endometriose?

O que mais vai criar um alerta é em relação à cólica. A mulher que passa a ter cólicas cada vez mais intensas deve ter muita atenção. Algumas meninas já têm uma predisposição à endometriose e, na adolescência mesmo, elas já começam com cólicas menstruais muito intensas. Isso aponta uma chance de desenvolver endometriose. Outro fator muito relevante é a dor durante a relação sexual. Mulheres que sempre sentem dor durante a relação sexual precisam investigar o que causa.

Como é feito o diagnóstico? Há fatores que aumentam o risco?

O fator hereditário é muito relevante. Com relação ao diagnóstico, é clínico e de imagem. Hoje a gente tem tanto a ressonância magnética quanto a ultrassonografia transvaginal para investigação de endometriose profunda, que é o procedimento padrão ouro para diagnóstico.

Existe alguma nova tecnologia que tenha facilitado o diagnóstico e também oferecido novas formas de tratamento para endometriose?

No caso do diagnóstico, há a ultrassom que investiga endometriose profunda. São poucos profissionais que fazem, realmente especializados nesse exame. É um exame muito demorado, tem que fazer um trabalho intestinal na paciente, para poder observar lesões de endometriose no útero,  ovário, bexiga, intestino… É um profissional extremamente capacitado. Com relação ao tratamento, a gente tem tratamento medicamentoso, com o objetivo de controlar e, em alguns casos, diminuir as lesões da endometriose. Alguns casos são cirúrgicos, mas hoje a gente já sabe que é a minoria. Antigamente, todo mundo operava de endometriose. Existem alguns fatores que podem melhorar a qualidade de vida das mulheres com endometriose, como alimentação saudável, aumentando a ingestão de alimentos com ação anti-inflamatória (como gengibre, alho macerado, açafrão, peixes ricos em ômega 3…) e atividade física regular.

Como funciona o tratamento cirúrgico?

Varia de caso a caso. Tem pacientes que precisam tirar um fragmento do intestino, outros têm endometriose no ovário, então precisam tirar. Realmente varia de caso a caso. A endometriose é uma doença que vai invadindo e se instalando nessa região. Cada mulher pode apresentar de forma diferente.

De que forma a mulher é afetada quando a endometriose se espalha para além do sistema reprodutor?

Essa é uma enfermidade que tem início no sistema reprodutor, mas pode atingir intestino, bexiga… Quando é um caso de endometriose mais avançada, ela forma fibrose. Isso pode ainda levar à infertilidade. Sem falar que, quando é um quadro avançado, a mulher tem uma dor muito intensa na região pélvica, o que dificulta muito a qualidade de vida.

É verdade que suspender a menstruação é positivo para mulheres com endometriose? Qual a relação entre as duas questões?

É porque, em todo período menstrual, a mulher sangra também onde existe foco de endometriose. Com isso, aumenta a inflamação desse local e aumenta a fibrose. Com a suspensão da menstruação dessa mulher, ela fica sem sangrar e reduz esse foco, então é realmente muito positivo.

Suspender a menstruação é uma questão muito controversa no geral. No caso de mulheres saudáveis, pode causar problemas?

No caso de mulheres saudáveis, a suspensão da menstruação é apenas desejo da mulher. Tem mulheres que não gostam de menstruar, outras não se sentem bem no período menstrual, têm alergia a absorvente… Suspender a menstruação nessas mulheres não vai causar transtorno nenhum. No entanto, não é uma indicação clínica, parte apenas de um desejo.

Como o uso de hormônios – seja em anticoncepcional, pílula do dia seguinte ou até mesmo tratamentos hormonais – pode influenciar na saúde da mulher? Há algum prejuízo, como para a fertilidade?

A pílula do dia seguinte tem que ser abordada de forma isolada, porque ela não pode ser considerada um método anticoncepcional. Tem adolescentes e adultas jovens, principalmente, que adotam a pílula do dia seguinte como método contraceptivo, mas não é. A taxa de eficácia é mais baixa, e a dose de hormônios é muito alta. Ela é para ser usada em uma emergência. Com relação aos anticoncepcionais, hoje a gente tem uma taxa de eficácia muito segura. Principalmente no caso dos orais, o retorno da fertilidade é muito rápida, então normalmente não causa nenhum prejuízo para a mulher.

No Carnaval deste ano, a prefeitura disponibilizou, nos postos de saúde, pílulas do dia seguinte. Esse tipo de ação pode ser considerada negativa, já que o uso frequente não é indicado?

O que eu acho que falta na nossa população é a cultura do preservativo. A população brasileira precisa ter a cultura do preservativo, principalmente nessas épocas de festa, quando se tem relação com parceiros desconhecidos e que talvez não veja nunca mais. Eu não acho negativa essa ação da prefeitura de disponibilizar pílula do dia seguinte, mas me pergunto se isso não seria um incentivo. A gente mora em um país onde o aborto é proibido, então uma gravidez originada de uma relação casual pode ser um problema muito grande para a mulher. Eu não acho que seja negativa essa ação, porque acredito que a mulher tem o direito de fazer o que quer com o corpo dela, mas o que acho que a gente precisa incentivar é o uso do preservativo. A gente tem, aqui em Salvador, um índice de HPV altíssimo. É a capital que tem a maior incidência de HPV e HTLV. A sífilis está voltando em todo o país também. Insistir no preservativo é fundamental.

Algumas jovens utilizam a pílula do dia seguinte após cada relação sexual. De que forma isso pode prejudicar a saúde?

Primeiro que ela vai causar um descontrole enorme no ciclo. Aquilo é uma dose de hormônio muito alta, que é feita para justamente parar a ovulação naquele ciclo ou, pelo menos, modificar rapidamente o muco cervical ou o endométrio. Só que ela tem uma taxa de eficácia baixa com relação ao anticoncepcional. Ela aumenta a incidência de gestação ectópica, que é a gestação na trompa. Ainda assim, mesmo usando pílula do dia seguinte, acontecem gestações. Muitas mulheres usam pensando que vai funcionar, mas não funciona como o uso de anticoncepcional. É apenas em casos de emergência.

Fonte: Bahia Notícias

Visitas ao ginecologista ainda são tardias entre jovens brasileiras, aponta pesquisa

Temas como educação sexual e cuidados com a saúde íntima merecem atenção, porém são negligenciadas, especialmente entre mulheres mais jovens no Brasil. Prova disso é o alto índice de gestação juvenil não planejada no País, maior do que a média na América Latina.

Não é de hoje que existe um tabu em torno da sexualidade, e isso acontece porque, em muitos casos, a conversa sobre o assunto, principalmente dentro de casa e no ambiente escolar, é tardia ou nem acontece. Uma boa notícia é que uma pesquisa recente, realizada pela Bayer, em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com 1.500 brasileiras entre 16 e 25 anos, em cinco capitais (Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo), mostrou que esse cenário vem melhorando, já que 83% das entrevistadas se considera suficientemente informada sobre métodos contraceptivos e cuidados com a saúde sexual.

O levantamento aponta também que 73% se sente confortável em falar sobre o assunto, e 93% afirmou saber se proteger de DSTs ou de uma gravidez não planejada. Com relação aos pais/responsáveis, 52% disse que foi com eles a primeira conversa sobre saúde sexual, percentual maior do que com amigos (18%) ou sozinha (11%). Para 59% das entrevistadas existe um diálogo aberto com os pais. Das que não conversam sobre sexualidade em casa (41%), boa parte (67%) gostaria de ter.

“A conversa aberta com os pais/responsáveis é extremamente importante para as jovens, já que são eles os principais disseminadores de valores e ensinamentos para os filhos, servindo como seu principal exemplo. São eles que podem fazer com que um assunto complicado se torne simples e natural, trazendo conforto e confiança para quem está iniciando a vida sexual”,
afirma Dr. Afonso Nazário.

Sobre o ambiente escolar, as notícias também são boas – a maioria (67%) teve acesso à educação sexual na escola. Isso mostra que conforme a discussão se torna mais transparente com pessoas confiáveis, maior o conforto e segurança das jovens. “É extremamente importante que as escolas estejam preparadas para dar continuidade à educação sexual iniciada dentro de casa. Dessa forma, o assunto passa a ser comum no dia a dia dos jovens e as dúvidas podem ser compartilhadas e sanadas de forma mais fácil”, reforça.

Relação com o ginecologista
Apesar dos dados positivos e avanço na discussão sobre sexualidade e contracepção, o último relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), referente ao período de 2010 a 2015, mostrou que o Brasil tem 68,4 bebês nascidos de mães adolescentes a cada mil meninas de 15 a 19 anos, índice acima da média latino-americana, que fica em torno de 65,5.
Segundo o Dr. Afonso, “isso pode ser um indicativo de que esse diálogo ainda precisa se expandir, por exemplo, para dentro do consultório, com o ginecologista, que é o principal responsável por dar orientações sobre exames e indicar os melhores métodos de acordo com o perfil de cada jovem”.

Dados da pesquisa comprovam, inclusive, que a relação entre as jovens e o ginecologista ainda não é bem estabelecida – eles apontam, por exemplo, que 7% das entrevistadas nunca se consultou com o especialista, e 11% só o visitou pela primeira vez após os 20 anos. Adicionalmente, apenas 17% o considera a principal fonte de informação sobre o assunto.

“O fato de uma pequena porcentagem considerar o ginecologista como o responsável por passar informações sobre educação sexual é um dado extremamente preocupante, pois somente ele é capaz de indicar os melhores métodos contraceptivos e orientações sobre os cuidados com a saúde íntima.

Esse também é um fator que deve entrar, anteriormente, na conversa da jovem com os pais, que por sua vez tem a missão de explicar o papel do médico nesse processo e oferecer todo o suporte necessário”, comenta.

O alinhamento entre a jovem, os pais/responsáveis e o médico propicia segurança e faz com que ela se sinta confortável em fazer, a partir disso, suas próprias escolhas, de forma consciente e madura. Além disso, dá a abertura para que tire dúvidas sempre que necessário, fazendo com que um assunto tabu se torne um tema mais leve.

Fonte: Diário do Nordeste

Você sabe o que é vaginite?

Um termo pouco conhecido pelas mulheres, até mesmo para aquelas que costumam ir ao ginecologista pelo menos uma vez por ano fazer aquela revisão que é recomendada por todos os ginecologistas. Pois é, estamos falando sobre vaginite, que nada mais é do que um termo usado para qualquer infecção ou inflamação na vagina.

Existem vários tipos de vaginite, causas e sintomas. Desde a infecção por cândida, a vaginose, que é bacteriana, a vaginite por tricomoníase e até mesmo a vaginite não infecciosa.

A infecção pelo fungo cândida é provavelmente a forma mais conhecida de vaginite. Ela ocorre quando o fungo cândida cresce na vagina. As infecções por fungos produzem corrimento vaginal branco e espesso que geralmente não tem odor. Infecções por cândida geralmente fazem a vagina e vulva ficarem vermelhas e coçando.

A vaginose bacteriana é a mais comum infecção vaginal em mulheres na idade reprodutiva. Ela é causada por supercrescimento de bactérias que, geralmente, estão presentes na vagina. Vaginose bacteriana frequentemente causa corrimento vaginal leitoso e fino com odor. Muitas mulheres com vaginose bacteriana não apresentam sintomas e somente descobrem que a têm durante exame ginecológico de rotina

Já a vaginite por tricomoníase é uma doença sexualmente transmissível que é causada por um parasita unicelular. Tricomoníase pode causar coceira, queimação e sensibilidade na vagina e vulva, assim como sensação de queimação ao urinar. Muitas mulheres com tricomoníase não desenvolvem sintomas.

Quando o assunto é vaginite não-infecciosa a especialista explica que essa forma de vaginite é geralmente causada por reação alérgica ou irritação por sprays, gels, espermicidas ou outros produtos aplicados na vagina. A vaginite não-infecciosa pode causar queimação, coceira ou corrimento vaginal, mesmo que não exista infecção.

Tratamento para vaginite

A chave para o tratamento de vaginite é descobrir o seu tipo. O tratamento deve ser específico para o tipo de vaginite da paciente. É importante procurar um médico para que ele prescreva o tratamento adequado para o tipo de vaginite da paciente. Como alguns casos de vaginite não apresentam sintomas, é importante fazer exames ginecológicos regulares

Veja os tipos de tratamento para cada caso de vaginite:

Tratamento de vaginite por cândida

As infecções por fungos geralmente são tratadas com cremes ou óvulos antifungos colocados dentro da vagina. 

Tratamento para vaginite por vaginose bacteriana

As vaginoses bacterianas são tratadas com antibiótico oral ou tópico.

Tratamento de vaginite decorrente de doenças sexualmente transmissíveis

As formas de vaginite por doenças sexualmente transmissíveis precisam de tratamento médico imediato. É importante evitar contato sexual até que esteja tratada para prevenir a transmissão da infecção. O parceiro sexual da mulher também precisará de tratamento. Clamídia e tricomoníase são tratadas com antibióticos. Já infecções por herpes genital e HPV não podem ser curadas, mas podem ser controladas com ajuda de medicamentos.

Tratamento de vaginite não-infecciosa

A vaginite não-infecciosa pode ser tratada interrompendo o uso do produto que causou a reação alérgica ou irritação. O médico também pode receitar pomada para ajudar a reduzir os sintomas.

É preciso atenção e cuidado. A prevenção é sempre o melhor caminho e existem algumas coisas que as mulheres podem fazer para reduzir o risco de vaginite. Se tiver infecções frequentes por fungos como a cândida, a mulher pode evitar roupas que acumulam calor e umidade. É importante também evitar sprays e produtos que podem causar irritação vaginal e praticar o sexo seguro para ajudar a prevenir as formas de vaginite decorrentes de doenças sexualmente transmissíveis.

Fonte: Tribuna Hoje

A importância da atividade física durante a gravidez

“Gravidez não é doença”. A frase é da funcionária pública Dalila Mattozo, de 30 anos. Grávida de sete meses de Bia, a potiguar segue firme nos exercícios físicos e treina cinco dias na semana, sob o acompanhamento de um profissional, o que lhe garante disposição para enfrentar o dia a dia. “É uma das coisas que tem ajudado a me manter de pé, com mais qualidade de vida”, dispara.

A atividade física garante benefícios para a mãe e o bebê e ainda contribui para o momento do parto. Melhora o condicionamento físico, fortalece a musculatura, facilitando o trabalho de parto, reduz o inchaço, ameniza desconfortos intestinais, diminui os riscos de hipertensão e obesidade, além de prevenir dores nas costas, sendo a lombalgia uma das mais comuns.

Porém, a gestante deve procurar um médico antes de dar início às atividades físicas. Lembrando que a prática da atividade física no período gestacional deve ser desenvolvida desde que a mulher apresente condições apropriadas e esteja liberada pelo obstetra.

Embora as benesses sejam muitas, é preciso redobrar os cuidados na hora do treino. De acordo com a instrutora de academia Raianny Alves, a mãe precisa respeitar as condições provenientes da gravidez e o profissional deve estar atento às limitações de cada gestante.

“Durante a gravidez, é importante atenuar a carga, a intensidade e a frequência de treinos, encurtando os riscos de complicações gestacionais. Estes cuidados são parâmetros para evitar redução de nutrientes para o feto, a hipóxia, que é a falta de oxigênio para o bebê, lesões musculares e problemas articulares, que podem surgir em detrimento da liberação da relaxina, hormônio que causa frouxidão articular e ligamentar”, explica Raianny, que está na reta final da gravidez e segue dando aula e mantendo os treinos.

Algumas atividades físicas mais recomendadas são as aulas coletivas de indoor cycling, musculação, dança, pilates, caminhada, yoga, hidroginástica e natação. “Estes exercícios são interessantes, pois ajudam as mamães a seguirem saudáveis durante toda a gestação”, afirma a profissional de educação física.

Fonte: Bebe.com.br