Baixa Imunidade x Saúde Íntima

O nosso corpo é como se fosse um motor e tudo está interligado. Sendo assim, é de se esperar que quando algo não vai bem, outras partes também podem ser afetadas.

Por isso, cuidar da imunidade é essencial para cuidar da saúde íntima também. 
Vou explicar porquê:

A imunidade é a defesa do nosso organismo e, quando ela não vai bem, acaba abrindo as portas para a entrada de doenças e infecções.

No caso da saúde íntima, quando estamos com a imunidade baixa, temos mais chances de desenvolver infecções urinária, vaginais, entre outras.

Por isso, vou citar algumas dicas para a imunidade que você já deve ter ouvido ao longo da sua vida, mas é sempre bom reforçar:

  • Alimentação: optar por alimentos ricos em fibras, verduras, legumes, frutas e proteínas. Além disso, beber muita água é fundamental e, quando der vontade de fazer xixi, não segurar, hein?
  • Higiene íntima: lavar a região íntima com sabão neutro, de preferência de bebê. Lavar as roupas íntimas adequadamente e evitar duchas vaginais. Ir ao ginecologista pelo menos uma vez por ano é fundamental.
  • Probióticos: o uso de probióticos também ajuda demais a manter nossa flora vaginal e intestinal equilibradas.
  • Exames em dia: é essencial estar com o Check Up em dia .
  • Corpo e mente: exercícios físicos e saúde mental devem ser prioridade na nossa vida. Mexa-se e pratique o auto conhecimento.

Importancia de exames periodicos para mulheres

Os exames periódicos são essenciais para a detecção precoce de doenças e para a prevenção de complicações e riscos à saúde. Isso é especialmente importante para as mulheres, pois há muitas condições de saúde que afetam mais as mulheres do que os homens ou que podem ter consequências mais graves em mulheres.

Algumas das razões pelas quais os exames periódicos são importantes para as mulheres incluem:

  1. Rastreamento de doenças: exames de rotina podem ajudar a detectar doenças em estágio inicial, o que pode aumentar as chances de tratamento bem-sucedido. Alguns exemplos incluem câncer de mama, câncer de colo do útero e doenças cardíacas.
  2. Prevenção de doenças: exames regulares também podem ajudar a prevenir o desenvolvimento de doenças, através de orientações sobre mudanças no estilo de vida, como uma dieta saudável, atividade física e parar de fumar.
  3. Saúde reprodutiva: exames ginecológicos regulares, como o Papanicolau, podem ajudar a detectar alterações nas células do colo do útero que podem levar ao câncer. Além disso, a saúde reprodutiva também pode ser monitorada através de exames de sangue, ultrassonografia, entre outros.
  4. Monitoramento de condições crônicas: para mulheres que já têm condições crônicas de saúde, como diabetes ou hipertensão, exames periódicos são importantes para monitorar o controle da doença e evitar complicações.
  5. Saúde mental: os exames regulares também podem incluir uma avaliação da saúde mental, ajudando as mulheres a detectar e tratar problemas como depressão e ansiedade.

Em resumo, os exames periódicos são extremamente importantes para a saúde das mulheres. Eles podem ajudar a detectar doenças precocemente, prevenir o desenvolvimento de doenças, monitorar condições crônicas e promover a saúde mental. É importante que as mulheres conversem com seus médicos sobre quais exames devem ser feitos e com que frequência, para que possam garantir uma boa saúde ao longo da vida.

Câncer de pele: entenda sobre a doença e previna-se

Mas, afinal, o que é o câncer de pele?

O câncer de pele caracteriza-se pelo crescimento anormal e descontrolado das células que formam a pele. Elas se agrupam em camadas e, conforme a área e o tipo celular afetado, define-se o tipo de câncer.

A radiação ultravioleta é o principal fator causador de tumores cutâneos. Assim sendo, a doença está associada à exposição solar e ao bronzeamento artificial.

Há três tipos principais de câncer de pele. Veja quais são eles e como se diferenciam.

Carcinoma basocelular (CBC)

É o tipo mais comum de câncer de pele. Esse carcinoma afeta as células basais, localizadas na parte mais profunda da epiderme, que é a camada mais externa da pele. O CBC apresenta baixa mortalidade, raramente invade outros órgãos e pode ser totalmente curado quando o paciente recebe o diagnóstico precoce e segue o tratamento adequado.

Manifesta-se principalmente nas regiões que ficam mais expostas ao sol, como couro cabeludo, orelha, face, pescoço, costas e ombros. A aparência mais frequente é de uma tumoração róseo avermelhada, brilhante, que pode ter ulcerações e/ou crostas, que nunca cicatriza e sangra com facilidade.

Carcinoma espinocelular (CEC)

Apontado como o segundo câncer de pele  mais prevalente, o carcinoma espinocelular ocorre nas células escamosas da epiderme, que se localizam próximas à área mais superficial da pele. O CEC pode se desenvolver em qualquer parte do corpo, inclusive genitais, mas também tem maior ocorrência nas partes expostas ao sol como a face, pescoço, orelhas e couro cabeludo.

Apesar da relação à exposição crônica ao sol, ocorre também nas feridas e cicatrizes antigas, nas áreas da pele que foram expostas à radiação ionizante e agentes químicos e nos indivíduos imunodeprimidos que fazem uso de medicamentos para evitar a rejeição de órgãos transplantados. O aspecto mais comum é de uma tumoração rósea descamativa ou verrucosa, que pode ter uma área ulcerada com sangramento eventual e não cicatrização ao longo do tempo. É um tumor que precisa ser tratado precocemente, pois o seu crescimento aumenta o risco de disseminação a outras áreas do corpo.

Melanoma

Trata-se de um tipo de câncer de pele mais raro e que tem o maior índice de mortalidade devido sua habilidade de se espalhar a outros órgãos. Embora o diagnóstico do melanoma assuste, a doença pode ser curada quando identificada no estágio inicial.

Geralmente o melanoma surge em qualquer lugar da pele como um novo sinal ou pinta escura ou, mais raramente, a partir da alteração de uma lesão preexistente. O melanoma pode apresentar vários tons de castanho a preto, ser assimétrico na forma, ter contornos irregulares e raramente ter descamação, coceira ou sangramento.

Os indivíduos de pele clara e que se queimam com facilidade quando tomam sol estão mais sujeitos a esse tipo de tumor, originário dos melanócitos — células que atuam na produção de melanina, que dá cor à pele. A hereditariedade favorece o desenvolvimento do melanoma.

Por que é o câncer mais frequente no Brasil e no mundo?

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), 33% dos diagnósticos de câncer no Brasil são na pele. Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que ocorrem cerca de dois a três milhões de novos casos de câncer de pele não melanoma -CBC e CEC – anualmente no mundo.

A explicação para os altos índices da doença entre os brasileiros é o fato de vivermos em um país tropical, em que a incidência solar se estende praticamente o ano todo. Além disso, grande parte da população ainda não tem o hábito de usar proteção solar adequada.

Quais são as causas do câncer de pele?

A exposição excessiva à radiação ultravioleta proveniente do sol ou de cabines de bronzeamento artificial é a principal causa do desenvolvimento dos principais tipos de câncer de pele. Vale ressaltar que essa exposição é cumulativa, quanto maior a exposição desprotegida, maior o dano celular. Isso que significa que as consequências são permanentes, já que modifica o DNA da área afetada, podendo gerar a multiplicação celular anormal no futuro.

Sendo assim, as pessoas mais suscetíveis ao câncer de pele são aquelas que se expuseram muito ao sol na infância e adolescência, que tiveram vários episódios de queimaduras solares, que praticam esportes ou trabalham ao ar livre sem proteção e/ou têm pele clara e vivem em regiões ensolaradas. Outro fator relevante é a herança genética: quem tem histórico da doença na família também pode vir a desenvolvê-la.

Como o diagnóstico funciona?

Em primeiro lugar, é necessário ficar atento às alterações da sua pele. Ao perceber qualquer mudança semelhante aos sinais do câncer de pele, busque ajuda médica especializada o mais rápido possível. Na consulta o médico avaliará o histórico familiar e pessoal do paciente, a fim de verificar a presença de fatores de risco, e examinará toda a pele a procura de lesões suspeitas.

O exame físico consiste na observação das características clínicas das lesões como formato, cor, tamanho e textura. O médico dermatologista é o profissional mais habilitado a fazer esse diagnóstico. Ele pode usar no exame um instrumento com uma lente — chamado dermatoscópio — que permite visualizar cada lesão com um grande aumento e observar características específicas dessas, aumentando a chance do diagnóstico correto. Algumas vezes o profissional necessita realizar uma biópsia, que consta da retirada de uma pequena parte de material da área suspeita para análise laboratorial e confirmação do diagnóstico.

Como é o tratamento?

A maior parte dos cânceres de pele dos tipos basocelular e espinocelular são tratados por meio da remoção cirúrgica da lesão. Isso pode ser alterado de acordo com a localização do tumor, o estágio da doença e as condições físicas do paciente. As alternativas utilizadas à cirurgia ou concomitante a ela, principalmente nos casos avançados, incluem terapia local, radioterapia, terapia-alvo, quimioterapia e imunoterapia.

Em relação ao melanoma, o tratamento varia principalmente conforme o estágio da enfermidade. Nos estágios iniciais (0 e 1) é realizada a extração cirúrgica do tumor com margem de segurança, sendo isso normalmente suficiente para curá-lo. Nos demais estágios (2-4), é necessário saber a profundidade do tumor, o comprometimento dos linfonodos e de outros órgãos. A partir disso é feita uma programação de tratamento que pode compreender além da cirurgia, um tratamento adicional com radioterapia, imunoterapia e terapia alvo. Nos últimos anos novas opções de tratamento para pacientes com melanoma avançado têm revolucionado e alcançado resultados muito positivos.

A prevenção, porém, ainda é a melhor medida para evitar o câncer de pele. Para tanto, é preciso manter a proteção solar diariamente, mesmo quando o clima está nublado, e tentar expor-se ao sol antes das 10 horas e depois das 16 horas. A proteção solar deve ser física – através de roupas e chapéus que cobrem o corpo – e química – através do uso de protetores solares acima de FPS 15. O câncer de pele é uma tumoração visível e fácil de ser observada, assim é fundamental visitar o seu médico dermatologista pelo menos uma vez ao ano ou a qualquer sinal de alerta para um exame completo da sua pele.  Esses cuidados simples diminuem os riscos do desenvolvimento da doença e prolongam a sua vida.

O que a mulher grávida deve comer durante a gravidez? Desejo de grávida é verdade ou mito?

Como deve ser a dieta das gestantes?

Gestantes sem problemas de saúde não possuem grandes restrições alimentares. Entretanto, por conta das mudanças da gravidez, especialmente no início dela, a glicose do sangue é rapidamente absorvida pelos tecidos maternos, justamente para criar reservas que serão usadas pela mãe e pelo bebê em crescimento. Isso pode gerar hipoglicemia se houver longos períodos sem alimentação! Por isso, ingerir alimentos a cada 2 ou 3 horas é muito importante para as mulheres grávidas.

Quais alimentos são essenciais para o desenvolvimento do feto?

Todos os alimentos são importantes para o desenvolvimento fetal, assim não se deve excluir nenhum grupo alimentar. Pela quantidade de ômega 3, substância envolvida no desenvolvimento neurológico dos fetos, os peixes são alimentos recomendáveis. Igualmente importantes são os derivados de leite, pela quantidade de cálcio e as carnes, pelo nível de ferro. Vegetais e legumes ajudam no funcionamento do intestino, que fica mais lento durante a gestação.

A dieta ajuda na prevenção de doenças?

Dieta adequada e manutenção do peso ajudam a prevenir algumas doenças, especialmente o diabetes gestacional e a anemia. Adicionalmente, há indícios de que reduz a prematuridade, malformações, hipertensão e restrição de crescimento do feto.

O desejo de grávida realmente existe? Se sim, quais são as causas e o que ele provoca no corpo?

O desejo das grávidas existe, mas na maioria das vezes não provoca qualquer alteração física, seja ele atendido ou não. Todavia, é preciso ficar atento a algumas vontades, pois elas podem indicar deficiências de nutrientes. Um exemplo importante é a vontade de comer terra ou tijolo, que indicam anemia. Apetite muito anormal deve ser relatado ao obstetra.

Quais são as restrições alimentares?

Não existem grandes restrições alimentares para as gestantes, mas algumas substâncias devem ser abandonadas ou evitadas. Um exemplo clássico é o do álcool, contraindicado na gravidez, pois não há níveis seguros de seu uso neste período. Alimentos que contêm cafeína devem ser consumidos com moderação. Refrigerantes devem ser evitados porque estão associados à piora da azia, sintoma comum na gravidez. Com moderação, todas as demais substâncias podem ser utilizadas, exceto na presença de doenças específicas que devem ser analisadas junto ao obstetra.

Conheça as vitaminas do complexo B e suas funções

Quando falamos sobre alimentação saudável e temas relacionados, um dos tópicos mais frequentes é a importância das vitaminas. No entanto, esse é um tema relativamente complexo e muito extenso, o que faz com que boa parte do conhecimento seja parte do senso comum.

É hora de aprofundar o seu aprendizado e entender o que são as vitaminas do complexo B. Saber o porquê de sua importância para a saúde lhe ajudará a se cuidar cada vez melhor e ter mais atenção aos sinais do próprio organismo.

Sendo assim, continue a leitura e veja quais são as principais vitaminas do complexo B, a importância de cada uma, os sinais de carência e quais são as fontes mais abundantes desses compostos.

O que são vitaminas?

As vitaminas são substâncias essenciais para a vida. Elas participam de uma grande variedade de reações em nosso organismo e, sem esses nutrientes, muitas delas simplesmente não funcionam. Pense nas vitaminas como chaves essenciais para ligar as ações que acontecem em nosso corpo.

Elas são classificadas em 2 grupos, levando em consideração a solubilidade: lipossolúveis (solúveis em gorduras) e as hidrossolúveis (solúveis em água). As do primeiro grupo são as vitaminas A, D, E e K. E como exemplo de vitaminas hidrossolúveis temos a vitamina C e as vitaminas do complexo B.

É importante ter esse conhecimento por um detalhe: a toxicidade das vitaminas. Afinal, o excesso também pode ser prejudicial! Quando falamos sobre compostos lipossolúveis, nos referimos a um risco maior de hipervitaminose. As que são solúveis em água são mais facilmente eliminadas pela urina e, portanto, representam um risco menor para a saúde.

Quais são os sintomas da deficiência e carência de vitaminas do complexo B?

Deficiência e carência são termos diversos para um mesmo problema: a presença de níveis abaixo do esperado de certas substâncias em nosso organismo. A diferença está na forma de diagnóstico.

A deficiência é detectada apenas a partir de exames, enquanto a carência faz com que o paciente apresente sinais físicos do problema. No caso das vitaminas do complexo B, os sintomas são:

  • nervosismo;
  • dificuldade para dormir;
  • inquietação;
  • agressividade;
  • irritação;
  • mudanças de humor;
  • falta de energia;
  • depressão;
  • problemas com o foco e a memorização;
  • fraqueza muscular;
  • inchaço nos membros (braços e pernas);
  • redução do apetite;
  • emagrecimento;
  • palidez;
  • lesões nas mucosas (boca, por exemplo);
  • confusão mental;
  • problemas oculares;
  • formigamento nas mãos e pés;
  • ardência nas mãos e pés;
  • náuseas;
  • cãibras;
  • alterações na pele, entre outros.

Como podemos ver, boa parte dos sintomas associados à ausência de vitaminas do complexo B no organismo está relacionada a alterações neurológicas ou do sistema nervoso como um todo. Por isso, tenha atenção!

Quais são as vitaminas do complexo B?

Agora, chegou a hora de conhecermos as vitaminas do complexo B e compreendermos a sua importância para a nossa saúde. Confira!

B1 (tiamina)

A vitamina B1 está diretamente relacionada com o nosso metabolismo. Ela favorece o apetite (estimulando as pessoas a se alimentarem e, consequentemente, terem mais nutrientes à disposição) e ajuda a controlar o gasto energético das células, a partir da organização do uso de carboidratos pelo organismo.

B2 (riboflavina)

Enquanto a vitamina B1 está relacionada com o metabolismo dos carboidratos, a B2 é responsável pelo controle do uso das gorduras do nosso corpo. Além disso, participa da produção sanguínea e ajuda na imunidade.

B3 (niacina)

Está sentindo um pouco de desânimo? Pode ser deficiência de vitamina B3! Ela tem ação voltada para o sistema nervoso, nos deixando mais alertas e focados. Também tem importante participação na circulação sanguínea e em vários outros aspectos do organismo.

B5 (ácido pantotênico)

A vitamina B5 é uma verdadeira “faz tudo” do nosso organismo. Ela está relacionada com a saúde óssea (a partir da produção de vitamina D), cardíaca (com o controle dos níveis de colesterol no sangue) e com a produção de energia para o corpo.

B6 (piridoxina)

Essa é uma vitamina mais voltada para o bom funcionamento do sistema nervoso, atuando diretamente na produção de neurotransmissores (substâncias que enviam mensagens para os neurônios) e proteção dessas células cerebrais.

B7 (biotina)

É provável que você já tenha ouvido falar da biotina, muito utilizada em dermocosméticos e produtos capilares. Isso acontece porque uma das suas principais funções é a melhora dos aspectos desses anexos da pele, mas ela também participa da saúde do sistema nervoso.

B9 (ácido fólico)

O ácido fólico, também chamado de folato, é uma substância essencial para as gestantes. Na gravidez, participa do desenvolvimento do sistema nervoso do feto e deve ser suplementada. Além disso, participa da manutenção da saúde de vasos sanguíneos e outras estruturas do corpo.

B12 (cobalamina)

Por fim, temos a vitamina B12. Ela está relacionada com a produção (síntese) de neurônios (células do cérebro). Sua deficiência pode trazer sintomas bem graves, prejudicando a fala, a memória e até a movimentação dos pacientes afetados.

Quais são as principais fontes de vitaminas do complexo B?

Uma boa alimentação é o principal caminho para que possamos ter acesso a todas as vitaminas necessárias para o funcionamento do nosso corpo. Isso não é diferente quando o assunto envolve as vitaminas do complexo B.

Veja, a seguir, algumas das principais fontes alimentares dessas substâncias:

  • carnes vermelhas em geral;
  • bife de fígado;
  • leite;
  • ovos;
  • gérmen de trigo;
  • peixes;
  • cogumelos;
  • abacate;
  • tomate;
  • cereais integrais;
  • levedura de cerveja;
  • aves
  • vegetais folhosos verde-escuro.

Lembrando que alimentação e imunidade, energia e disposição têm tudo a ver. Por isso, uma dieta equilibrada e rica em alimentos que são fontes de vitaminas do complexo B também será benéfica para a sua saúde em outros aspectos!

Em alguns casos, é possível que as pessoas tenham dificuldades de absorção.

Nessas situações, não se preocupe. A suplementação é um caminho possível para quem precisa de doses extras de vitamina, mas deve sempre ser feita em parceria com um médico experiente, que possa acompanhar seus exames.

Gostou de saber mais sobre as vitaminas do complexo B? Agora, é hora de prestar atenção aos sintomas relacionados com a sua carência e, claro, incluir alimentos ricos nesses compostos em sua alimentação no cotidiano. Fique de olho nos sinais do seu corpo!

Aproveite e compartilhe este conteúdo em suas redes sociais. Assim, outras pessoas poderão entender melhor sobre as vitaminas do complexo B e implementar medidas para evitar a deficiência dessas substâncias essenciais no organismo. Faça a sua parte!

Cólica, sangramento e dificuldade para engravidar? Pode ser adenomiose

Você que é mulher pode até imaginar: de fato, existem diferentes problemas capazes de afetar o útero, muitos deles com sintomas parecidos. E estamos em um momento propício para fazer um alerta importante sobre uma condição frequentemente confundida com outras, adenomiose.

Neste mês de conscientização, o Abril Roxo, temos a oportunidade de falar sobre o controle dessa doença, que, segundo estimativas, atinge mais de 150 mil brasileiras por ano.

A adenomiose ocorre quando a camada do endométrio, o tecido que reveste o útero, cresce de forma anormal na musculatura uterina. Pense no abdômen como se fosse uma casa e no útero como o quarto. Quanto a tinta da parede descama, é o endométrio cumprindo seu papel natural associado ao ciclo menstrual. Porém, quando essa tinta impregna os tijolos, temos a adenomiose.

Seus sintomas são facilmente confundidos com outra condição que acomete a região, a endometriose. Nesse caso, é preciso consultar o ginecologista quanto antes. O sangramento uterino com fluxo aumentado e a presença de sangue fora do período menstrual são sinais de adenomiose. Da mesma forma, cólicas mais fortes e dificuldade de engravidar e manter a gestação são reflexos do quadro.

Mas o que pode causar adenomiose? Os principais fatores de risco são traumas uterinos (ocasionados por procedimentos como cesárea e curetagem), menstruação antes dos 10 anos de idade e histórico de mais de duas gestações.

Embora seja mais comum mulheres apresentarem os sintomas a partir dos 40 anos, também encontramos aquelas que desenvolvem o problema a partir dos 20 anos.

Feito o diagnóstico correto, a primeira pergunta que ouço no consultório é: “terei que passar por uma cirurgia?” Como falamos de uma doença progressiva, é essencial tratá-la o mais rápido possível. É por isso que nós, ginecologistas, reforçamos a necessidade do vínculo com as pacientes e orientamos consultas anuais.

O tratamento é feito em dois pilares: o uso de remédios e o procedimento cirúrgico. Inicialmente, os medicamentos controlam os sintomas, como dor e sangramento. O bloqueio da menstruação com hormônios, por sua vez, melhora a qualidade de vida e pode estabilizar a evolução da adenomiose.

Câncer de colo de útero e a luta pela vacinação, rastreamento e tratamento precoce

Em agosto de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovou uma resolução defendendo a erradicação do câncer de colo do útero até 2030. De acordo com a OMS, se todos os países conseguirem manter um índice de casos menor do que quatro a cada 100 mil mulheres, o câncer de colo de útero será eliminado do planeta. Desde então, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) aderiu à campanha e vem promovendo ações de amplo engajamento neste sentido.

O tema é de extrema importância no Brasil, que contabiliza o diagnóstico de 16 mil novos casos por ano, e desses, sete mil vão à óbito. Os números são do Instituto Nacional do Câncer (INCA), que confirma que este tipo de câncer é uma das principais causas de morte entre mulheres. “O câncer do colo do útero é ligado ao HPV, um vírus sexualmente transmissível. Porém, ele pode ser erradicado e, para tanto, estamos participando de uma estratégia para todo território nacional, cuja atuação se baseia em três pilares: vacinação, rastreamento e tratamento precoce. Na questão da vacinação contra o HPV, a meta é que 90% das meninas entre 9 e 15 anos sejam vacinadas. Seria importante também que ao menos 70% dos meninos entre 11 e 14 anos sejam vacinados, apesar desse objetivo não constar oficialmente das metas da OMS e da campanha, já que ela é dirigida predominantemente ao público feminino. Duas doses em um intervalo de seis meses são suficientes para a prevenção do HPV maligno, que causa o câncer, e também do HPV benigno, que causa verrugas pelo corpo. A vacina está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS)”, fala a doutora Cecília Maria Roteli Martins, presidente da Comissão Nacional Especializada em Vacinas da Febrasgo, doutora em ginecologia e obstetrícia pela Unicamp e pesquisadora da Faculdade de Medicina do ABC.

“Sobre a questão do rastreamento, o que almejamos é que 70% das mulheres realizem um exame diagnóstico com teste efetivo até os 35 e outro até os 45 anos de idade. Nesse pilar, consta também a intenção da substituição do exame do Papanicolau, o único disponível hoje no SUS, pelo teste efetivo contra o HPV, que faz a leitura do DNA do vírus e é muito mais preciso. Queremos ainda que 90% das mulheres identificadas com lesões precursoras ou câncer invasivo recebam tratamento adequado”, completa Dra. Cecília.

Evitando o pior

Apesar de ser passível de erradicação e tratamento, o câncer do colo do útero apresenta algumas características que o tornam perigoso. A principal delas é de que ele é assintomático, ou seja, os sintomas só aparecem quando a doença já se encontra em estágio avançado. “A aplicação da vacina já seria uma solução definitiva. E a importância do rastreamento e o consequente tratamento precoce evitam que ele chegue nesse ponto. Mulheres que têm o hábito de fazer o Papanicolau certamente não terão a doença ou, se terão, poderão tratá-la como uma lesão precursora, quando uma simples intervenção cirúrgica basta para a cura. Em estágios mais avançados o tratamento é muito agressivo, com a aplicação de quimioterapia, radioterapia e intervenções cirúrgicas muito mais invasivas”, explica a doutora Neila Maria de Góis Speck, presidente da Comissão Nacional Especializada do Trato Genital Inferior da Febrasgo, professora adjunta do departamento de ginecologia da Unifesp e coordenadora científica da Associação Brasileira do Trato Genital Inferior.


Quando o câncer não é tratado no início, a mulher pode apresentar sangramento durante a relação sexual, sangramento espontâneo que não corresponde a menstruação, além de dor, secreções incomuns e forte odor vaginal. “Estamos nessa luta há mais de 20 anos sem conseguir mudar essa triste realidade. E apesar do câncer não escolher idade ou classe social, é verificada uma incidência maior em mulheres não brancas (60%) e mais de 2/3 delas com menos de 8 anos de escolaridade. Ou seja, é um problema social também, que atinge mulheres que moram na periferia, ou ainda em regiões remotas do país”, comenta a Dra. Neila.

Câmara Técnica

Uma ferramenta que pode ser utilizada, especialmente para mulheres que vivem longe dos grandes centros, é a autocoleta. Um kit contendo uma escova para raspagem intravaginal e frasco com líquido apropriado pode ser obtido no SUS. O material proveniente da raspagem é encaminhado ao laboratório, podendo inclusive ser enviado pelo correio. Sua análise poderá constatar se existe o DNA do HPV, o que levaria, em caso afirmativo, a outros exames mais específicos.

Além da campanha de erradicação estar voltando ao protagonismo que merece, já que a pandemia da Covid-19 também interferiu nesse processo, outra boa notícia é a iniciativa do Ministério da Saúde em criar uma Câmara Técnica voltada exclusivamente para essa questão. O objetivo é que profissionais da saúde especializados no tema, entre eles a doutora Yara Lúcia Mendes Furtado de Melo, membro da Comissão Nacional Especializada do Trato Genital Inferior da Febrasgo, possam dar à pasta o devido apoio técnico na atualização das ações de prevenção, detecção e tratamento precoce do câncer de colo de útero com foco na garantia de acesso e atenção integral às mulheres.

A doutora Cecília Maria Roteli Martins completa dizendo que “o desafio é enorme. Em 2014, quando a vacinação contra o HPV foi introduzida na rede pública de ensino, sua adesão foi fantástica. Porém, quando passou para o SUS, o resultado não foi o mesmo. Dados recentes mostram que 73,3% de meninas entre 9 e 15 anos tomaram a primeira dose, mas apenas 46,6% têm a segunda dose. Entre os meninos de 11 a 14 anos, as taxas são piores – 36,6% tomaram a primeira dose e apenas 19,2% a segunda – isso é muito pouco”.

Sobre a ampliação de informações acerca da prevenção do câncer de colo de útero a doutora Neila Maria de Góis Speck, afirma que “existe também a preocupação de disseminar conhecimento para todas as mulheres no Brasil, para que entendam o problema como um todo e pratiquem a prevenção. Até mesmo a classe médica necessita de capacitação; muitos profissionais nem ao menos seguem o protocolo sugerido pela OMS, tampouco a diretriz de rastreamento do câncer de colo uterino do INCA, com relação ao exame do Papanicolau. Acabar com tabus e preconceitos e incentivar o apoio familiar a quem tem o câncer do colo de útero são outras questões importantes que necessitam ser postas em prática o mais rápido possível”, conclui.

Câncer de colo de útero e a luta pela vacinação, rastreamento e tratamento precoce

Em agosto de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovou uma resolução defendendo a erradicação do câncer de colo do útero até 2030. De acordo com a OMS, se todos os países conseguirem manter um índice de casos menor do que quatro a cada 100 mil mulheres, o câncer de colo de útero será eliminado do planeta. Desde então, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) aderiu à campanha e vem promovendo ações de amplo engajamento neste sentido.

O tema é de extrema importância no Brasil, que contabiliza o diagnóstico de 16 mil novos casos por ano, e desses, sete mil vão à óbito. Os números são do Instituto Nacional do Câncer (INCA), que confirma que este tipo de câncer é uma das principais causas de morte entre mulheres. “O câncer do colo do útero é ligado ao HPV, um vírus sexualmente transmissível. Porém, ele pode ser erradicado e, para tanto, estamos participando de uma estratégia para todo território nacional, cuja atuação se baseia em três pilares: vacinação, rastreamento e tratamento precoce. Na questão da vacinação contra o HPV, a meta é que 90% das meninas entre 9 e 15 anos sejam vacinadas. Seria importante também que ao menos 70% dos meninos entre 11 e 14 anos sejam vacinados, apesar desse objetivo não constar oficialmente das metas da OMS e da campanha, já que ela é dirigida predominantemente ao público feminino. Duas doses em um intervalo de seis meses são suficientes para a prevenção do HPV maligno, que causa o câncer, e também do HPV benigno, que causa verrugas pelo corpo. A vacina está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS)”, fala a doutora Cecília Maria Roteli Martins, presidente da Comissão Nacional Especializada em Vacinas da Febrasgo, doutora em ginecologia e obstetrícia pela Unicamp e pesquisadora da Faculdade de Medicina do ABC.

“Sobre a questão do rastreamento, o que almejamos é que 70% das mulheres realizem um exame diagnóstico com teste efetivo até os 35 e outro até os 45 anos de idade. Nesse pilar, consta também a intenção da substituição do exame do Papanicolau, o único disponível hoje no SUS, pelo teste efetivo contra o HPV, que faz a leitura do DNA do vírus e é muito mais preciso. Queremos ainda que 90% das mulheres identificadas com lesões precursoras ou câncer invasivo recebam tratamento adequado”, completa Dra. Cecília.

Evitando o pior

Apesar de ser passível de erradicação e tratamento, o câncer do colo do útero apresenta algumas características que o tornam perigoso. A principal delas é de que ele é assintomático, ou seja, os sintomas só aparecem quando a doença já se encontra em estágio avançado. “A aplicação da vacina já seria uma solução definitiva. E a importância do rastreamento e o consequente tratamento precoce evitam que ele chegue nesse ponto. Mulheres que têm o hábito de fazer o Papanicolau certamente não terão a doença ou, se terão, poderão tratá-la como uma lesão precursora, quando uma simples intervenção cirúrgica basta para a cura. Em estágios mais avançados o tratamento é muito agressivo, com a aplicação de quimioterapia, radioterapia e intervenções cirúrgicas muito mais invasivas”, explica a doutora Neila Maria de Góis Speck, presidente da Comissão Nacional Especializada do Trato Genital Inferior da Febrasgo, professora adjunta do departamento de ginecologia da Unifesp e coordenadora científica da Associação Brasileira do Trato Genital Inferior.


Quando o câncer não é tratado no início, a mulher pode apresentar sangramento durante a relação sexual, sangramento espontâneo que não corresponde a menstruação, além de dor, secreções incomuns e forte odor vaginal. “Estamos nessa luta há mais de 20 anos sem conseguir mudar essa triste realidade. E apesar do câncer não escolher idade ou classe social, é verificada uma incidência maior em mulheres não brancas (60%) e mais de 2/3 delas com menos de 8 anos de escolaridade. Ou seja, é um problema social também, que atinge mulheres que moram na periferia, ou ainda em regiões remotas do país”, comenta a Dra. Neila.

Câmara Técnica

Uma ferramenta que pode ser utilizada, especialmente para mulheres que vivem longe dos grandes centros, é a autocoleta. Um kit contendo uma escova para raspagem intravaginal e frasco com líquido apropriado pode ser obtido no SUS. O material proveniente da raspagem é encaminhado ao laboratório, podendo inclusive ser enviado pelo correio. Sua análise poderá constatar se existe o DNA do HPV, o que levaria, em caso afirmativo, a outros exames mais específicos.

Além da campanha de erradicação estar voltando ao protagonismo que merece, já que a pandemia da Covid-19 também interferiu nesse processo, outra boa notícia é a iniciativa do Ministério da Saúde em criar uma Câmara Técnica voltada exclusivamente para essa questão. O objetivo é que profissionais da saúde especializados no tema, entre eles a doutora Yara Lúcia Mendes Furtado de Melo, membro da Comissão Nacional Especializada do Trato Genital Inferior da Febrasgo, possam dar à pasta o devido apoio técnico na atualização das ações de prevenção, detecção e tratamento precoce do câncer de colo de útero com foco na garantia de acesso e atenção integral às mulheres.

A doutora Cecília Maria Roteli Martins completa dizendo que “o desafio é enorme. Em 2014, quando a vacinação contra o HPV foi introduzida na rede pública de ensino, sua adesão foi fantástica. Porém, quando passou para o SUS, o resultado não foi o mesmo. Dados recentes mostram que 73,3% de meninas entre 9 e 15 anos tomaram a primeira dose, mas apenas 46,6% têm a segunda dose. Entre os meninos de 11 a 14 anos, as taxas são piores – 36,6% tomaram a primeira dose e apenas 19,2% a segunda – isso é muito pouco”.

Sobre a ampliação de informações acerca da prevenção do câncer de colo de útero a doutora Neila Maria de Góis Speck, afirma que “existe também a preocupação de disseminar conhecimento para todas as mulheres no Brasil, para que entendam o problema como um todo e pratiquem a prevenção. Até mesmo a classe médica necessita de capacitação; muitos profissionais nem ao menos seguem o protocolo sugerido pela OMS, tampouco a diretriz de rastreamento do câncer de colo uterino do INCA, com relação ao exame do Papanicolau. Acabar com tabus e preconceitos e incentivar o apoio familiar a quem tem o câncer do colo de útero são outras questões importantes que necessitam ser postas em prática o mais rápido possível”, conclui.

Body Shaming um problema que afeta principalmente as mulheres

O Body Shaming significa algo como vergonha do corpo, mas uma vergonha causada principalmente por outra pessoa, ou através de algum comentário ou atitudes comportamentais, como um olhar estranho e preconceituoso. O Body Shaming também pode ser causado de forma não intencional, através de comentários nada simpáticos e depreciativos, como “nossa, você engordou muito!”, ou “você está muito magra, parece doente”. Entretanto, em outras situações, nem é necessário a pessoa ser questionada por um terceiro. O espelho passa a ser seu inimigo.

“A valorização do corpo, da imagem corporal, sempre existiu na humanidade. Porém, com o advento das redes sociais, essa valorização está cada vez maior. A exposição da imagem é estimulada, como se nós estivéssemos numa grande vitrine. Somos todos produtos, querendo ‘vender’ a nós mesmos. Isso por si só já é muito ruim, mas o pior é que muitas vezes aquela imagem não é real. Nesses casos, são dois os complicadores: O primeiro é a busca por uma estética corporal que simplesmente não existe. E o outro é se defrontar com seu eu ‘real’. Portanto, fica difícil, no íntimo, gostar da realidade, de quem você realmente é”, explica Adriana Drulla, mestre em psicologia positiva pela Universidade da Pensilvânia (EUA).

Julgamentos

A indústria da beleza é outro fator complicador. Ao eleger estereótipos estéticos “perfeitos”, ela contribui para que um mundo irreal, praticamente inatingível, se estabeleça na mente das pessoas. “É por isso que o Body Shaming está intimamente ligado às mulheres. Elas são as que mais sofrem com os padrões de beleza, além de serem as mais cobradas, e que consequentemente cobram a si mesmas na busca do corpo dito perfeito”, completa Drulla.

Outro fator negativo é a própria natureza humana. “Julgar os outros é inerente do ser humano. A formação da personalidade de cada um é baseada na comparação. Em certas situações, o ataque, a crítica, é, na verdade, uma defesa. Eu ‘pioro’ o outro, para ‘melhorar’ a mim mesmo. O terrível dessa história toda é que quanto mais você julgar alguém, mais vai julgar a si próprio, criando um círculo vicioso que pode levar a péssimas consequências”, afirma a psicóloga.

Apoio Familiar

No Brasil não existem dados estatísticos sobre esse tipo de comportamento e suas implicações, mas, nos EUA, pesquisas mostram que de 2009 a 2015, a automutilação entre meninas cresceu quatro vezes, e os casos de depressão aumentaram em até 70%.
“A automutilação e a depressão são dois transtornos intimamente ligados ao Body Shaming, mas não são os únicos. Transtornos alimentares, como a anorexia e a bulimia, e ainda a ansiedade e a baixa autoestima também podem ter tudo a ver. Nesses cenários, contar com apoio profissional de psiquiatras e psicólogos é essencial. Mas a família é quem terá um papel preponderante na busca por uma melhora. Não adianta nada ficar falando ‘olha, você tem tudo, não reclame’ ou ‘preocupe-se com outras coisas mais importantes’. É preciso que os pais validem o sofrimento dos filhos e não o minimizem. Muitas vezes, os próprios pais necessitam de um apoio profissional psicológico. A escola também pode ter um papel importante no processo. E as meninas adolescentes são as mais suscetíveis porque ainda não têm a identidade formada. E é necessário afirmar que quanto maior for o isolamento, maior será o sofrimento”, explica Drulla.

Body Positive

Existe um movimento chamado Body Positive, que atua no sentido contrário ao Body Shaming. Ele prega que a indústria da beleza e outros segmentos valorizem todo e qualquer tipo de corpo. Porém, para Adriana Drulla, esse caminho também é equivocado. “Podemos, no máximo, dizer que é “menos pior”. Apesar da boa intenção, da busca pela diversidade nas mídias e redes sociais, o corpo continua sendo o protagonista da história, só é mudado o paradigma. Claro que é melhor do que só ter a hegemonia de um ideal, mas o caminho correto é a valorização de outros aspectos humanos e não apenas o estético”, conclui a psicóloga.

Setembro amarelo: por que as mulheres sofrem mais com depressão e ansiedade?

Nos últimos anos, os transtornos mentais ganharam mais atenção, especialmente, a depressão e ansiedade, que tem afetado cada vez mais pessoas. Estima-se que mais de 300 milhões de pessoas no mundo são acometidas pela depressão, segundo a Organização Mundial da Saúde. No Brasil, 5,8% das pessoas sofrem com a doença, que representa 11,5 milhões de pessoas. É a maior taxa da América Latina.

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O quadro é ainda mais alarmante para as mulheres que são duas vezes mais propensas ao diagnóstico de depressão do que os homens. A doença é mais comum entre 5,1% das mulheres do que os homens 3,6%, de acordo com a OMS. Em relação à ansiedade, 18,6 milhões (9,3%) de brasileiros sofrem com o transtorno. No recorte de gênero, o transtorno de ansiedade atinge 7,7% da população feminina e 3,6% dos homens.

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Diversos estudos apontam os fatores do número elevado para as mulheres, que podem estar relacionados com questões sociais que envolvem o mercado de trabalho, a sobrecarga de tarefas e as mudanças hormonais.

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Sobrecarga de trabalhos e machismo

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Trabalhar fora e encarar a desigualdade de gênero no mercado de trabalho é um teste de resistência diário vivenciado por muitas mulheres. Somado a isso, as mulheres ainda dedicam, em média, 21,3 horas por semana com tarefas domésticas e o cuidado de pessoas, segundo o IBGE. Sendo assim, todo o trabalho de planejamento, organização e tomada de decisões fica sob responsabilidade da mulher.

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“Vivemos numa sociedade machista e regida pelo patriarcado. Diante disso, recai sobre a mulher muitas responsabilidades, tarefas e muitas vezes a desvalorização no mercado de trabalho. A mulher não se preocupa só com o seu trabalho, mas com os filhos que deixou em casa e todas as atribuições que terá quando chegar em casa. Tudo isso gera um excesso de cobranças e a pessoa acaba ficando doente”, pondera a psicóloga Alexandra Lelis dos Santos.

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A sobrecarga de trabalhos e o acúmulo da função social, acabam proporcionando poucas horas de sono e má alimentação que podem contribuir com o aparecimento da depressão e ansiedade, alerta Melina Cury Haddad, psicóloga e instrutora de Mindful Eating da Care Plus. “Com mais funções e menos tempo para se cuidar, você acaba pensando nas necessidades dos outros e adoecendo”, completa.

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Qual a relação com os hormônios?

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As fases hormonais do ciclo das mulheres também colaboram com o aparecimento da depressão e outros transtornos mentais. “No período menstrual começa uma alteração hormonal e muitas mulheres tem uma síndrome muito parecida com a depressão, no período que antecede a menstruação. Isso altera o humor, a irritabilidade aumenta, ela fica mais impaciente e  depois passa quando ela menstrua”, explica Haddad.

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Durante a gestação, os hormônios também passam por mudanças importantes que podem levar a transtornos mentais. Após o nascimento da criança, cerca de 25% das mães brasileiras podem desenvolver depressão pós-parto, segundo pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

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Suicídio e transtornos mentais

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A depressão pode causar grande sofrimento e afetar o desempenho no trabalho, escola e nas relações sociais. No pior cenário, a depressão é responsável pelo suicídio. Aproximadamente 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano e estima-se que em 90% dos casos, as pessoas tinham algum transtorno mental, como depressão.

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O suicídio é a segunda principal causa de morte das meninas adolescentes de 15 a 19 anos, após condições maternas,  entre os jovens de 15 a 29 anos também. “Acredito que mais importante do que falar dos números, é pensar o que podemos fazer enquanto política pública e tratamento para depressão. As pessoas precisam olhar para o tema quebrando o tabu, tirando esse estigma social de que a depressão é preguiça, frescura e falta de força de vontade. Não é assim, a gente sabe que tem uma mudança neuroquímica no cérebro. É uma doença que precisa de cuidados e tratamento adequado”, enfatiza Haddad.

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Para debater o assunto sem medo e  conscientizar as pessoas sobre a prevenção do suicídio, surgiu a campanha Setembro Amarelo em 2015, idealizada pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Durante todo o mês são realizadas inúmeras ações no país para divulgar informações sobre o suicídio, como ajudar alguém que está passando por uma situação difícil e estimular o debate para evitar mais mortes.

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Quais os sintomas da ansiedade e depressão?

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A depressão pode ser resultante de fatores sociais, genéticos e bioquímicos. A pessoa que está deprimida perde o prazer e o interesse, sente culpa, desesperança em relação ao futuro e pode ter alterações no sono e apetite. “Ela acaba ruminando muitos pensamentos e têm uma tendência a ficar se culpando por coisas que já aconteceram”, destaca.

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Já o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é caracterizado pela preocupação excessiva com o futuro e muitas vezes com situações que, talvez, não aconteçam. Sentir um pouco de ansiedade é bom, porque te coloca fora da zona de conforto e em busca de coisas novas para a vida. Contudo, em excesso prejudica o desenvolvimento das tarefas cotidianas.

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A TAG também pode provocar sintomas físicos como palpitações, taquicardia, suor excessivo, mãos e pés frios. Também deixa a pessoa apreensiva, achando que alguma coisa vai acontecer e com medo. “No TAG, a preocupação é desproporcional e isso realmente interfere na qualidade de vida e no social, ela não consegue trabalhar, se relacionar com outras pessoas e isso é sinal de que precisa de ajuda”, diz Haddad.

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Como eu posso te ajudar?

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A pessoa que apresentar sintomas de depressão ou ansiedade por mais de três semanas, com dificuldade de realizar atividades rotineiras, deve buscar apoio de um psicólogo. A depressão sempre começa devagar e aumenta lentamente.

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Se você tem alguma amiga ou familiar passando por essas situações, é importante ter uma conversa livre de julgamentos e acusações. Seja empática e escute o que a pessoa tem a dizer. “Como eu posso te ajudar? É uma pergunta muito boa para iniciar um diálogo, porque muitas vezes ela não tem força para procurar um médico, por isso, é importante estar ao lado de quem precisa, marcar a consulta e, se necessário, ir junto ao médico”, orienta.

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Onde procurar ajuda?

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O primeiro passo é buscar ajuda de um profissional de saúde, seja um psicólogo ou um psiquiatra. Em geral, o tratamento envolve terapia medicamentosa junto com a psicoterapia. Mudanças no estilo de vida, alimentação e inclusão de atividade física também podem colaborar com a saúde mental.

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É muito importante dar apoio a quem precisa para superar essa dificuldade.

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Entre em contato com o CVV (Centro de Valorização da Vida)
Telefone: 188 – ligações gratuitas a partir de qualquer linha fixa ou de celular.

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Site: www.cvv.org.br/quero-conversar

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Setembro Amarelo e a saúde da mulher

No Brasil, uma pesquisa realizada em São Paulo, mostrou que 20% das mulheres apresentaram episódios depressivos pelo menos uma vez ao longo da vida, enquanto para os homens o índice cai para 12%. Entende-se que a mulher, tem muito mais condições de enfrentar as situações emocionais e superar as dificuldades devido a uma maior capacidade afetiva.

Essa capacidade pode, muitas vezes, estar ligada em função da maternidade, quando as mulheres desenvolvem uma comunicação com seus filhos, principalmente nos primeiros anos de vida, onde ainda não existe a comunicação verbal ou gestual. Ou seja, isso desenvolve na mulher um sentido especial, o famoso “sexto sentido”, mas que na realidade é apenas um aprimoramento de sensibilidade emocional

Segundo a psicóloga e especialista em avaliação psicológica, Ana Cordovil, os sintomas da depressão estão ligados à tristeza em relação à vida pessoal e profissional. Nas mulheres esses sintomas podem aumentar, pois passam por alterações hormonais com uma maior frequência do que os homens. A menopausa, gravidez e o período menstrual, são fases principais em que a mulher pode passar por grandes alterações emocionais, e, por esse motivo, é importante o acompanhamento médico de outras especialidades além do ginecologista, no diagnóstico da depressão feminina.

O movimento Setembro Amarelo, é o mês mundial de prevenção do suicídio. Já está acontecendo e desmistificando o assunto, que ainda não é abordado por muitos. Ainda que a prevalência da depressão seja maior nas mulheres se comparado ao público masculino, o suicídio é muito mais comum entre os homens em todo o mundo. Os números apenas provam a necessidade de médicos e pacientes debaterem mais sobre o tema, buscando sempre soluções efetivas para priorizar a saúde e a vida.

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Referência:
1. https://www.mulheres.org.br/depressao-e-ansiedade-na-vida-das-mulheres/
2. https://jornal.usp.br/atualidades/brasil-vive-surto-de-depressao-e-ansiedade/
3. https://d.emtempo.com.br/entre-elas/167537/por-que-a-depressao-e-mais-comum-em-mulheres-especialistas-respondem_
4. http://www.pelotas13horas.com.br/noticia/setembro-amarelo–mulheres-tem-mais-depressao–mas-homens-se-suicidam-mais-1bb100f9-9bd7-4e4b-bc5d-24a9e3c8d62d

18 anos: a idade mais perigosa para mulheres no Brasil

Dezoito anos de idade, negra e morta dentro de casa. A frase descreve um perfil comum das mulheres vítimas de violência no Brasil, segundo dados de um estudo publicado nesta segunda-feira pela Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais (Flacso).

De autoria do sociólogo argentino Julio Jacobo Waiselfisz, radicado no Brasil, o Mapa da Violência 2015 – Homicídio de Mulheres no Brasil analisa dados oficiais nacionais, estaduais e municipais sobre óbitos femininos no Brasil entre 1980 e 2013, passando ainda por registros de atendimentos médicos.

Em 2013, no último ano levado em conta pelo estudo, o maior índice de mortes registrado foi entre mulheres de 18 anos: 3,6% dos 4.762 dos óbitos (168 mulheres). É a incidência mais alta de assassinatos dentro do que foi traçado pelo estudo como a faixa etária mais perigosa para as mulheres – que vai dos 18 aos 30 anos de idade e responde por 39% do total de homicídios.

O que o autor chama de “domesticidade” da violência contra a mulher é ilustrada pelo perfil dos agressores, com base em dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, que registra os atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) ligados à violência. Parentes imediatos, parceiros e ex-parceiros são responsáveis por quase sete em cada dez atendimentos médicos. Entre mulheres jovens, namorados e maridos são responsáveis por 50,7% das agressões.

Essa nova geração de vítimas, em que parte das mulheres atingiu a maioridade após a Lei Maria da Penha, parece não estar se beneficiando da maior proteção oferecida pela legislação. Para Waiselfisz, as estatísticas mostram a necessidade de mais esforços na aplicação da lei, sobretudo no que diz respeito aos passos posteriores às denúncias e ocorrências.

Domesticidade

O Mapa da Violência sugere que o impacto da Lei Maria da Penha, cuja entrada em vigor completa 10 anos em 2016, foi diluído pela ausência de políticas públicas e mecanismos judiciários mais extensos para coibir as agressões, em especial a punição de agressores. Embora a legislação tenha registrado um efeito “inibidor” promissor imediato nos índices de violência, simbolizado por uma queda no índice de mortes – de 4,2 óbitos por 100 mil habitantes para para 3,9 entre 2006 e 2007 -,os casos de violência voltaram a crescer a partir de 2008 e e atingiram 4,8 mortes por 100 mil habitantes em 2013.

Tal número coloca o Brasil como o quinto país que mais mata mulheres no mundo, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde citados no Mapa da Violência. Apenas El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia são mais letais em grupo de 83 nações estudadas.

“A Lei Maria da Penha é um marco importante, especialmente porque facilitou a forma de se denunciar abusos e transferiu o ônus da prova para o agressor. Mas ela precisa ser implementada de forma apropriada, e o caminho é longo. Estamos falando de questões como o estabelecimento de centros de proteção para as vítimas e mesmo um sistema judiciário que aja com mais eficiência na punição e apuração dos crimes, bem como a mudança de uma mentalidade machista no país de uma forma geral”, afirma o sociólogo.

É importante ressaltar que os números gerais levam em conta casos em que mulheres foram vítimas também da violência urbana, que ainda é responsável pela maioria das mortes registradas nos dois sexos. Porém, enquanto quase metade dos homicídios masculinos ocorre na rua (48,2%) e apenas 10% no domicílio, entre as mulheres a proporção é assustadoramente mais equilibrada: 31,2% e 27,1%, respectivamente.

“Isso revela a alta domesticidade dos homicídios de mulheres. Elas são muitos mais agredidas no lar”, afirma Waiselfisz.

O número de mortes cresceu 22% entre 2003 e 2013, mas houve alargamento desproporcional também no que diz respeito ao perfil racial das vítimas: enquanto o número de mortes de mulheres brancas caiu quase 10% entre 2003 e 2013 (de 1747 para 1576), os casos de mulheres negras saltaram mais de 54% no mesmo período, passando de 1864 para 2875.

Segundo o sociólogo, os números mais recentes mostram que morrem 66,7% mais mulheres negras do que brancas no Brasil.

Waiselfisz apresentou também uma panorama de certa forma surpreendente da distribuição geográfica da violência contra a mulher no país: há enorme diversidade de situações entre regiões e Estados. Roraima, por exemplo, foi o Estado “mais violento” contra mulheres, apresentando um índice de 15,3 homicídios femininos por 100 mil habitantes, mas que o triplo da média nacional. São Paulo, Santa Catarina e Piauí, por outro lado apresentaram apenas 3/100 mil, ficando no fundo da lista.

O argentino também notou que o “efeito Maria da Penha” reduziu as taxas de mortalidade em apenas cinco Estados brasileiros (Rio de Janeiro, Rondônia, Espírito Santo, Pernambuco e São Paulo), enquanto as unidades de federação restantes cresceram em ritmos extremamente variados.

Outra disparidade acentuada foi no plano municipal: ainda que algumas capitais brasileiras apresentem índices bem altos de homicídios femininos, são os pequenos municípios em que as mulheres se encontram mais vulneráveis. Barcelos (AM), que tem população feminina em torno de 12 mil pessoas, registrou uma assustadora marca de 45,2 homicídios por dez mil mulheres e foi o mais violento do país. Nenhuma capital apareceu nas primeiras 100 posições.

“É difícil indicar uma tendência nacional, e as oscilações estão relacionadas a circunstâncias locais, que precisam ser estudadas particularmente. O que parece estar ocorrendo aqui é que políticas de contenção da violência feminina parecem estar funcionando mais apropriadamente em grandes cidades, onde na teoria há melhor aparelhamento do Judiciário” , pondera Waiselfisz.

Para o sociólogo argentino, porém, há um culpado claro: a impunidade.

” Pesquisas especializadas mostram que o índice de elucidação dos crimes de homicídios é baixíssimo no Brasil, variando entre 5 e 8%. Apenas nos EUA, ele é de 65%. Se a impunidade prevalece amplamente nos homicídios em geral, ela deve ser norma também nos casos de homicídios de mulheres. Existe uma certa normalidade da violência contra a mulher no Brasil “.

Sintomas mais frequentes de DSTs na mulher

Falar sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) tem deixado de ser tabu e isso é muito importante para ajudar no diagnóstico e no tratamento dessas doenças.

Tanto homens como mulheres, todos que possuem uma vida sexual ativa podem contrair DSTs. Neste texto vamos falar especificamente sobre sintomas que são identificados na mulher. Mas afinal, o que são as DSTs?

O que são as DSTs?

As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), que também podem ser chamadas de infecções sexualmente transmissíveis (IST) são infecções transmitidas através de uma relação sexual com alguém que já seja portador da infecção. Existem aproximadamente 13 tipos de DSTs, a grande maioria provocadas por vírus e bactérias.

Como comentamos, as DSTs são geralmente transmitidas através da relação sexual (coito), mas também podem ocorrer por meio de outros tipos de contato sexual, como a relação sexual anal e oral.

As DSTs podem ser causadas por parasitas, bactérias ou vírus. Precisamos estar atentos a essas doenças pois, além do alto risco de disseminação, elas podem gerar graves danos à saúde da pessoa.

Os danos causados pelas DSTs vão desde distúrbios emocionais, doença inflamatória pélvica (DIP), infertilidade, lesões fetais, até câncer, além de facilitar a transmissão do vírus da AIDS (HIV).

Atenção ao HIV!

Aqui vale um destaque, pois recentemente foi divulgado que na última década, o número de infecções por HIV (vírus da AIDS) entre pessoas de 15 a 24 anos saltou 700%.

O uso da camisinha é uma das principais formas de combate ao vírus. Por isso o uso de preservativos é tão importante no combate a essa doença.

Quem pode pegar uma DSTS?

Já comentamos no início que qualquer pessoa que tenha vida sexual ativa corre o risco de contrair uma DST.

De modo geral, o risco maior ocorre quando a pessoa tem relação com vários parceiros, quando o parceiro teve ou tem parceiros múltiplos e principalmente quando a relação sexual acontece sem camisinha.

Quais os sintomas mais frequentes de DST na mulher?

As doenças sexualmente transmissíveis causam sintomas muito desconfortos na mulher, entre eles está a ardência, o corrimento vaginal, mau cheiro ou surgimento de feridas na região íntima.

Caso observe algum destes sintomas, a mulher precisa ir ao ginecologista para uma observação clínica, que pode identificar a presença de infecções como Tricomoníase, Clamídia ou Gonorreia, por exemplo.

Após a relação sexual sem preservativo, a infecção pode levar algum tempo para se aparecer, que pode ser por volta de 5 a 30 dias, o que varia de acordo com cada micro-organismo.

Depois que o médico identificar o agente causador, ele irá confirmar o diagnóstico e informar sobre o tratamento, que poderá ser feito com antibióticos ou antifúngicos, dependendo da doença em questão.

É importante destacar que, por vezes, alguns sintomas dos que citamos acima não estão diretamente relacionados à DST. Eles podem ser por uma infecção causada pela alteração da flora vagina, como é o caso da candidíase, por exemplo.

Para ficar de uma forma mais resumida, colocamos os principais sintomas em tópicos.

Os principais sintomas das DSTs são:

  • Verrugas cor da pele na área genital;
  • Febre, dor no corpo, gânglios linfáticos aumentados;
  • Coceira ao redor da vagina e/ou corrimento vaginal;
  • Corrimento/secreção na uretra peniana no homem;
  • Dor durante o sexo, ao urinar, ou na região da pelve;
  • Dores de garganta após sexo oral;
  • Dores no ânus após sexo anal;
  • Lesões não dolorosas na área genital, ânus, língua e/ou garganta;
  • Urina escura; urinar a todo momento; fezes mais claras;
  • Pequenas vesículas ou nódulos que se rompem na área genital;
  • Perda de peso, suores noturnos, cansaço inexplicável, infecções raras acontecendo.

Outros tipos de sintomas

É fundamental destacar que existem outras DSTs, como AIDS, a infecção pelo HIV, que não apresentam sintomas genitais, podendo apresentar alguns sintomas variados, como febre, mal estar e dor de cabeça. Outro exemplo é a hepatite, que causa febre, mal-estar, cansaço, dor abdominal, dor nas articulações e erupções na pele.

Essas doenças podem evoluir de forma silenciosa, podendo até atingir quadros graves e que colocar em risco a vida da pessoa. Por isso, é muito importante que a mulher visite regularmente o médico e faça periodicamente exames que possam identificar esse tipo infecção.

Mais uma vez lembramos que a principal forma de evitar as DSTs é com uso do preservativo. Além da camisinha masculina, existe a feminina, que também confere uma boa proteção contra DSTs.

Como tratar as DSTS?

Caso seja percebido pela mulher sintomas que indiquem uma DST, é fundamental ir ao ao ginecologista, para confirmar se é de fato uma infecção.  Após o exame clínico e a confirmação será possível dar início ao tratamento.

A maioria das DSTs pode ser curada com o tratamento envolve uso de medicamentos como antibióticos, antifúngicos e antivirais, em pomadas, comprimidos ou injeções, de acordo com o tipo e o micro-organismo causador da infecção.

Em alguns casos, como HIV, hepatite e HPV, a cura nem sempre é possível, mas existem tratamentos para amenizar a doença e ajudar a pessoa a conviver com ela.

Em alguns casos, o parceiro também precisa fazer o tratamento, para evitar reinfecções.

Caso você identifique algum dos sintomas citados, no centro medico saúde da família você pode marcar uma consulta com ginecologista até para o mesmo dia.

Atenção, mulheres!

Você tem preguiça de ir ao banheiro para fazer xixi? Fique atenta! As mulheres que ignoram o sinal de que a bexiga está cheia são as principais vítimas da infecção urinária, doença que afeta mais o sexo feminino, principalmente, a faixa etária de 20 a 40 anos e grávidas. A infecção urinária pode causar dor, coceira, corrimento, ardência, febre, vontade constante de ir ao banheiro e, nos casos mais graves, o aparecimento de sangue na urina. Para se prevenir, é extremamente necessário que a mulher beba água para evitar inflamações e infecções. Além disso, é preciso manter a higiene íntima e ir ao banheiro com frequência. Outra dica importante é prestar atenção na cor da urina, que precisa ser clara. Caso apareça sangue na urina, a pessoa deve procurar o médico com urgência. Ouça dicas na Web Rádio Saúde. Mônica Plaza/Blog da Saúde

Maioria das grávidas não faz pré-natal

Apesar do bombardeio de informações e do acesso a médicos cada vez mais fácil, a maioria das gestantes não realiza o pré-natal, uma série de consultas e exames que verificam a saúde do bebê e da própria mulher. No Paraná, somente 30% das grávidas fazem o acompanhamento. Essa baixa incidência dá origem a outro dado alarmante: o da mortalidade materna. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, são 57 mortes a cada cem mil bebês nascidos vivos. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de, no máximo, 20 mortes a cada cem mil nascidos vivos. No Brasil, neste mesmo parâmetro, ocorrem 74,5 óbitos.

O coordenador dos programas de saúde da mulher da Secretaria, Gleden Teixeira Prates, explica que há muitas razões para o grande número de mortalidade materna. Entre elas estão a realização inadequada do pré-natal, médicos não capacitados para fazer o acompanhamento e hospitais despreparados para atender os casos de gravidez de alto risco. Esse quadro gera as principais causas desses óbitos: hipertensão, hemorragias, infecções e abortos. As mortes acontecem durante a própria gestação, no parto e no puerpério (período pós-parto).

A grande ocorrência de gestação na adolescência também é um dos fatores que contribui para o índice de mortalidade. “O fato de ser adolescente por si só já é um motivo de risco porque o corpo nessa idade ainda é imaturo”, explica Prates. Os conflitos familiares que podem surgir com a notícia da gravidez de adolescentes também geram problemas. Por muitas vezes, elas tentam esconder que estão grávidas e não procuram orientação médica. Algumas também fazem abortos, que podem resultar em graves lesões para a mulher, causando hemorragia. O resultado final pode ser a morte da adolescente.

Qualidade de vida

As mortes de mulheres decorrentes da gravidez, aborto ou parto são entendidas pelos especialistas como indicadores da qualidade de vida dessas pessoas. Para Prates, o baixo nível sócio-econômico e o ambiente em que a grávida vive também influenciam no processo. “As mulheres que vivem em lugares inóspitos estão mais sujeitas a infecções, têm acesso a produtos químicos que podem causar deformações do feto, não se alimentam direito e não fazem uma higiene pessoal correta”, afirma o coordenador. “A população que vive abaixo da linha da pobreza tem uma qualidade de vida muito baixa e não possui acesso facilitado aos hospitais, causando muitos casos de alto risco.” Prates também destaca que a incidência de várias doenças, como as DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis), durante a gravidez, aumentam ainda mais o risco de vida para a mulher e o bebê.Ações de combate à mortalidade

A Secretaria de Estado de Saúde está colocando em prática diversas ações, desde o ano passado, para diminuir os índices de mortalidade materna. “Estamos capacitando os médicos de saúde familiar, que não são obstetras, a realizar o pré-natal”, comenta Gleden Teixeira Prates.

De acordo com ele, as unidades de gravidez de alto risco de alguns hospitais também estão sendo melhor estruturadas. “Com esses novos equipamentos, muitas mulheres não vão precisar sair da cidade onde morar para os grandes centros. Isto também evita a perda da mãe e do bebê enquanto se espera por uma vaga em hospital”, conta Prates.

Para esclarecer as gestantes quanto à importância do pré-natal, a Secretaria vai lançar uma campanha ainda no primeiro semestre deste ano. Já o governo federal, por meio do Ministério da Saúde, divulgou anteontem um pacto com as secretarias municipais e estaduais e organizações civis para reduzir em 15% os índices atuais de mortalidade materna até 2006. A intenção é diminuir os números em 75% até 2015. O ministério pretende investir R$ 120 milhões na extensão do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência para 152 cidades do País. Os oito municípios que integram o programa já estão contando com equipamentos para emergências obstétricas. (JC)