Setembro Amarelo: A Importância da Conscientização e Prevenção do Suicídio

O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, que acontece anualmente no Brasil desde 2015. Criada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), a campanha tem como objetivo principal sensibilizar a sociedade sobre a importância de discutir abertamente questões relacionadas à saúde mental e oferecer apoio a quem mais precisa.

Por que o Setembro Amarelo é Importante?

O suicídio é um problema de saúde pública que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano, e para cada pessoa que tira a própria vida, estima-se que outras 20 tentam. No Brasil, essa realidade não é diferente, e os números alarmantes mostram a necessidade urgente de promover uma maior conscientização.

O Setembro Amarelo busca quebrar o tabu em torno do suicídio e encorajar as pessoas a falarem sobre seus sentimentos e procurarem ajuda quando necessário. A campanha também visa educar a população sobre os sinais de alerta e como oferecer apoio a quem está passando por momentos difíceis.

Sinais de Alerta e Como Ajudar

Identificar os sinais de alerta pode ser crucial para a prevenção do suicídio. Algumas das indicações mais comuns de que uma pessoa pode estar em risco incluem:

  • Mudanças drásticas de humor ou comportamento
  • Isolamento social e afastamento de amigos e familiares
  • Falta de interesse em atividades que antes eram prazerosas
  • Aumento do uso de álcool ou drogas
  • Falar abertamente sobre querer morrer ou sentir-se sem esperança

Se você identificar esses sinais em alguém próximo, é importante oferecer apoio e encorajá-lo a buscar ajuda profissional. Escutar sem julgamento, mostrar empatia e estar presente pode fazer toda a diferença.

Como Participar do Setembro Amarelo

Há várias maneiras de se envolver na campanha do Setembro Amarelo:

  • Divulgação: Utilize suas redes sociais para compartilhar informações e mensagens de apoio, utilizando a hashtag #SetembroAmarelo.
  • Eventos e Palestras: Participe ou organize eventos, como palestras e rodas de conversa, que discutam a importância da saúde mental.
  • Uso de materiais informativos: Distribua cartazes, folhetos e materiais educativos que ajudem a conscientizar a população.
  • Apoio a organizações: Contribua com instituições que trabalham na prevenção do suicídio e oferecem suporte emocional.

Onde Buscar Ajuda

Se você ou alguém que você conhece está enfrentando dificuldades emocionais, lembre-se de que há recursos disponíveis para ajudar. O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece apoio emocional gratuito e sigiloso 24 horas por dia, pelo telefone 188, além de atendimento por chat e e-mail através do site cvv.org.br.

Conclusão

O Setembro Amarelo é um lembrete de que cuidar da saúde mental é essencial e que falar sobre isso pode salvar vidas. Todos nós podemos desempenhar um papel na prevenção do suicídio, seja oferecendo apoio, escutando, ou simplesmente sendo mais abertos e compreensivos em relação ao tema. Juntos, podemos fazer a diferença.

Infecção do Trato Urinário: Como Tratar

A Infecção do Trato Urinário (ITU) é uma das infecções mais comuns, afetando cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil, com uma incidência especialmente alta entre as mulheres. A ITU é causada por micro-organismos e pode ocorrer em diferentes partes do trato urinário, incluindo a bexiga, uretra e, em casos mais graves, os rins.

Sintomas e Gravidade

A ITU geralmente afeta a bexiga ou uretra, resultando em sintomas como:

  • Dores e ardência ao urinar
  • Urgência e frequência aumentada para urinar
  • Sensação de queimação
  • Dor abdominal inferior

Quando a infecção se espalha para os rins, a condição pode se tornar mais grave e potencialmente evoluir para sepse, uma infecção generalizada que requer atenção médica imediata.

Diagnóstico

O diagnóstico de ITU é realizado através de exames laboratoriais e de imagem, que podem incluir:

  1. Exame de Urina: Utilizado para detectar a presença de bactérias, leucócitos e nitritos, que indicam infecção.
  2. Hemograma: Ajuda a identificar sinais de inflamação e infecção.
  3. Exames de Imagem: Podem ser solicitados para avaliar o trato urinário e identificar complicações. Esses exames podem incluir ultrassonografia ou tomografia, dependendo da gravidade e dos sintomas.

Tratamento

O tratamento da ITU é definido pelo médico com base na gravidade da infecção e nos resultados dos exames. Em casos mais simples, o tratamento costuma ser eficaz e dura apenas algumas semanas. Os principais aspectos do tratamento incluem:

  • Antibióticos: Prescritos para combater a infecção bacteriana. A escolha do antibiótico e a duração do tratamento dependem do tipo de bactéria identificada e da gravidade da infecção.
  • Analgésicos: Podem ser recomendados para aliviar a dor e o desconforto.
  • Hidratação: Aumentar a ingestão de líquidos pode ajudar a eliminar a infecção mais rapidamente e aliviar os sintomas.

Conclusão

A Infecção do Trato Urinário é uma condição comum que pode causar desconforto significativo, mas é tratável com o diagnóstico e tratamento adequados. É importante buscar ajuda médica se você experimentar sintomas de ITU, especialmente se notar uma progressão dos sintomas ou se a infecção parecer mais grave. Seguir as orientações médicas e completar o tratamento prescrito são passos essenciais para garantir uma recuperação completa e prevenir recidivas.

Violência Contra a Mulher: Tipos de Violência e Como Buscar Ajuda

Toda mulher é única e especial, independente de sua classe social, local de residência ou aparência. Se você está passando por qualquer forma de abuso, é crucial lembrar que a culpa não é sua. A violência contra a mulher é uma realidade para muitas brasileiras e pode se manifestar de diversas formas, algumas das quais podem não ser imediatamente reconhecidas como sinais de alerta.

De acordo com o Art. 5º da Lei Maria da Penha, a violência doméstica e familiar contra a mulher é “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral e/ou patrimonial”. Essa violência pode ocorrer tanto em locais públicos quanto privados, e ser cometida por parceiros, pais, irmãos, colegas de trabalho e outras pessoas.

Tipos de Violência e Seus Graus

Grau 1: Ligue seu Alerta e Fique de Olho
  • Chantagens
  • Mentiras
  • Ridicularização/Ofensa
  • Humilhação em público
  • Ciúmes excessivos
  • Ameaças
  • Proibições
  • Assédio sexual

Esses comportamentos, embora possam parecer menos graves, são sinais de alerta que não devem ser ignorados. Eles podem evoluir para formas mais severas de abuso.

Grau 2: Denuncie e Peça Ajuda
  • Destruição de bens materiais
  • Xingamentos
  • “Brincadeiras” agressivas
  • Beliscões/Arranhões
  • Empurrões
  • Agressões
  • Chutes

Essas ações são mais evidentes e frequentemente incluem agressões físicas e verbais. É fundamental buscar ajuda imediatamente.

Grau 3: Alerta! Vida em Perigo
  • Confinamento
  • Lesões corporais graves
  • Ameaça com armas e objetos
  • Abuso sexual
  • Ameaça de morte
  • Espancamentos

Essas são as formas mais severas de violência e indicam um risco iminente à vida da mulher. Se você ou alguém próximo estiver passando por isso, a situação requer uma ação urgente.

Principais Tipos de Violência

  1. Psicológica: Qualquer ato que cause danos emocionais, diminuição da autoestima ou controle das ações, comportamentos, crenças e decisões da mulher. Isso pode incluir insultos, manipulação emocional e gaslighting (questionar a própria memória e sanidade).
  2. Moral: Envolve calúnia, difamação ou injúria, como fazer acusações falsas, xingar ou criticar a mulher injustamente.
  3. Patrimonial: Ocorre quando o cônjuge retém, subtrai ou destrói bens, objetos de trabalho, documentos ou outros itens pessoais. Também inclui o controle financeiro, como a retenção de pensão alimentícia e destruição de objetos pessoais.
  4. Virtual: Condutas que utilizam a internet e redes sociais para compartilhar fotos, vídeos ou mensagens sem autorização.
  5. Sexual: Envolve qualquer ato que force a mulher a participar de relações sexuais contra sua vontade, como coerção para práticas sexuais desconfortáveis, impedir o uso de métodos contraceptivos, forçar a gravidez ou abortos, e atos sexuais enquanto a mulher está inconsciente.
  6. Física: A forma mais conhecida, que inclui qualquer ato que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher, como empurrões, tapas, socos e chutes.

Como Denunciar e Procurar Ajuda

Se você está em uma situação de violência ou conhece alguém que esteja, é essencial buscar ajuda imediatamente. A Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência está disponível 24 horas por dia, todos os dias, através do número 180. Este serviço pode ser acionado em qualquer lugar do Brasil e em 16 outros países (Argentina, Bélgica, Espanha, EUA (São Francisco), França, Guiana Francesa, Holanda, Inglaterra, Itália, Luxemburgo, Noruega, Paraguai, Portugal, Suíça, Uruguai e Venezuela).

A ajuda está disponível e é fundamental buscar suporte para garantir sua segurança e bem-estar. Lembre-se: você não está sozinha e existem recursos para ajudar a enfrentar e superar a violência.

A Saúde das Mulheres na Olimpíada de Paris 2024: Um Olhar Profundo

A Olimpíada de Paris 2024 está se aproximando e, com ela, a expectativa de um espetáculo esportivo de alta qualidade. No entanto, um aspecto fundamental que merece destaque é a saúde das atletas mulheres. Desde o treinamento intensivo até a competição em si, elas enfrentam desafios únicos que exigem atenção especial. Este artigo explora as diversas facetas da saúde das mulheres atletas e a importância de promover um ambiente de competição seguro e saudável.

Desafios Físicos e Psicológicos
As mulheres atletas enfrentam uma série de desafios físicos que podem afetar seu desempenho e bem-estar. Questões como lesões musculoesqueléticas, saúde óssea e a tríade da atleta feminina (uma combinação de desordens alimentares, amenorreia e osteoporose) são preocupações comuns. Além disso, a saúde mental das atletas é igualmente importante. A pressão para performar, a exposição midiática e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional podem gerar estresse e ansiedade.

Importância do Suporte Médico
A presença de equipes médicas especializadas é crucial para garantir a saúde das atletas. Em Paris 2024, espera-se que haja um foco renovado na medicina esportiva para mulheres, incluindo fisioterapia, nutrição esportiva e suporte psicológico. A personalização dos cuidados de saúde para atender às necessidades específicas das mulheres pode prevenir lesões e melhorar o desempenho geral.

Nutrição e Desempenho
A nutrição adequada desempenha um papel vital no desempenho das atletas. Uma dieta equilibrada e rica em nutrientes é essencial para sustentar os níveis de energia, promover a recuperação e manter a saúde geral. Programas de nutrição personalizados, adaptados às demandas de cada esporte, podem fazer a diferença na performance e na longevidade da carreira das atletas.

Iniciativas de Inclusão e Igualdade de Gênero
A igualdade de gênero no esporte tem sido um tema recorrente e a Olimpíada de Paris 2024 promete ser um marco nesse aspecto. Iniciativas para promover a participação igualitária e o reconhecimento das mulheres no esporte são fundamentais. Isso inclui não apenas a igualdade de condições de competição, mas também o acesso a recursos, treinamentos e oportunidades de desenvolvimento.

Conclusão
A saúde das mulheres na Olimpíada de Paris 2024 é um tema de extrema importância que merece atenção contínua. Proporcionar um ambiente de competição seguro e saudável, com suporte médico adequado e iniciativas de inclusão, não só beneficia as atletas, mas também inspira futuras gerações de mulheres no esporte. À medida que nos aproximamos dos jogos, é essencial que todos os envolvidos, desde organizadores até fãs, reconheçam e apoiem a importância da saúde das atletas mulheres.

Relações Sexuais Após a Menopausa: Desafios e Soluções

A menopausa é uma fase natural na vida de todas as mulheres, marcando o fim dos ciclos menstruais e da capacidade reprodutiva. No entanto, a vida sexual não precisa terminar com a menopausa. Embora muitas mulheres experimentem mudanças que podem afetar sua vida sexual, existem várias maneiras de enfrentar esses desafios e manter uma vida sexual satisfatória e saudável após a menopausa.

Mudanças Físicas
A menopausa traz uma série de mudanças físicas que podem influenciar a sexualidade:

Diminuição dos níveis hormonais: A queda nos níveis de estrogênio pode levar a secura vaginal, tornando as relações sexuais desconfortáveis ou dolorosas.
Mudanças na elasticidade vaginal: A redução do estrogênio também pode afetar a elasticidade vaginal, causando uma sensação de aperto ou dor durante a penetração.
Diminuição da libido: Algumas mulheres podem perceber uma redução no desejo sexual, que pode ser influenciada por fatores hormonais, emocionais e psicológicos.
Mudanças Emocionais e Psicológicas
Além das mudanças físicas, a menopausa pode trazer desafios emocionais e psicológicos que afetam a vida sexual:

Autoestima: Mudanças no corpo, como ganho de peso, alterações na pele e cabelos, podem impactar a autoestima e a imagem corporal.
Ansiedade e depressão: Algumas mulheres experimentam mudanças de humor, ansiedade ou depressão durante a menopausa, o que pode diminuir o interesse sexual.
Estresse e fadiga: As responsabilidades do dia a dia, somadas às mudanças hormonais, podem resultar em estresse e fadiga, reduzindo a energia e o desejo sexual.
Soluções para Melhorar a Vida Sexual Após a Menopausa
Apesar dos desafios, existem várias estratégias e tratamentos que podem ajudar a melhorar a vida sexual após a menopausa:

Lubrificantes e hidratantes vaginais: O uso de lubrificantes à base de água durante as relações sexuais pode aliviar a secura vaginal. Hidratantes vaginais usados regularmente também podem ajudar a manter a umidade e a saúde vaginal.

Terapia hormonal: A terapia de reposição hormonal (TRH) pode ser uma opção para algumas mulheres, ajudando a aliviar os sintomas da menopausa, incluindo a secura vaginal e a diminuição da libido. É importante discutir os riscos e benefícios com um profissional de saúde.

Exercícios do assoalho pélvico: Os exercícios de Kegel fortalecem os músculos do assoalho pélvico, melhorando a elasticidade vaginal e potencialmente aumentando o prazer sexual.

Terapia sexual: Conversar com um terapeuta sexual pode ajudar a abordar questões emocionais e psicológicas, melhorar a comunicação com o parceiro e encontrar soluções para os desafios sexuais.

Estilo de vida saudável: Manter um estilo de vida saudável, incluindo alimentação balanceada, exercícios físicos regulares e técnicas de gerenciamento de estresse, pode melhorar o bem-estar geral e a energia, contribuindo para uma vida sexual mais satisfatória.

Comunicação com o parceiro: Manter uma comunicação aberta e honesta com o parceiro sobre desejos, preocupações e necessidades pode fortalecer a intimidade e melhorar a experiência sexual.

A menopausa traz mudanças significativas, mas não significa o fim da vida sexual. Compreender as transformações físicas e emocionais e buscar soluções adequadas pode ajudar as mulheres a manter uma vida sexual saudável e prazerosa após a menopausa. Cada mulher é única, e encontrar o que funciona melhor para si mesma, com o apoio de profissionais de saúde e parceiros compreensivos, é fundamental para viver plenamente essa fase da vida.

A Preocupação com o Período Pós-Parto: Desafios e Cuidados para a Saúde da Mulher

O nascimento de um bebê é um momento de alegria e celebração, mas também marca o início de uma nova fase cheia de desafios para a mulher. O período pós-parto, também conhecido como puerpério, envolve uma série de mudanças físicas, emocionais e sociais que podem impactar significativamente a saúde da mãe. Este artigo explora as principais preocupações do período pós-parto e destaca a importância de cuidados adequados para a saúde da mulher.

Mudanças Físicas e Recuperação
Após o parto, o corpo da mulher passa por várias mudanças enquanto se ajusta ao estado pós-gravidez. A recuperação do parto vaginal ou cesariana, a contração do útero e a cicatrização de eventuais lacerações são processos que podem causar desconforto e dor. Além disso, a amamentação pode trazer desafios como mamilos doloridos e mastite.

Para promover uma recuperação saudável, é essencial que as mulheres recebam orientação sobre cuidados pós-parto, incluindo exercícios leves para fortalecer o assoalho pélvico, uma alimentação equilibrada e hidratação adequada. Consultas médicas regulares ajudam a monitorar a recuperação e a prevenir complicações.

Saúde Mental e Emocional
O período pós-parto pode ser emocionalmente desafiador. A “depressão pós-parto” é uma condição comum que afeta muitas mulheres, caracterizada por sentimentos de tristeza, ansiedade e exaustão que podem interferir na capacidade de cuidar do bebê e de si mesma. Além disso, muitas mulheres experimentam a “baby blues”, uma forma mais leve e temporária de depressão.

É crucial que as novas mães tenham acesso a suporte emocional e psicológico. Conversar com profissionais de saúde, familiares e grupos de apoio pode fazer uma diferença significativa. Reconhecer os sinais de depressão pós-parto e buscar ajuda precoce é fundamental para o bem-estar da mãe e do bebê.

Ajustes na Vida Diária e Relações
A chegada de um bebê muda a dinâmica familiar e pode exigir ajustes significativos na rotina diária. A privação de sono, a adaptação às necessidades do recém-nascido e o equilíbrio das responsabilidades domésticas e profissionais são desafios comuns. A rede de apoio, incluindo o parceiro, familiares e amigos, desempenha um papel crucial na facilitação dessa transição.

A comunicação aberta com o parceiro e a divisão equitativa das tarefas podem aliviar o estresse e promover um ambiente familiar harmonioso. Além disso, encontrar tempo para o autocuidado, mesmo que breve, é essencial para a saúde mental e física da mãe.

Importância do Suporte Profissional
O acompanhamento profissional durante o período pós-parto é vital. Consultas com obstetras, pediatras e outros especialistas ajudam a monitorar a saúde da mãe e do bebê. Profissionais de saúde podem fornecer orientações sobre amamentação, nutrição, recuperação física e apoio emocional.

Programas de educação pré-natal que incluem informações sobre o período pós-parto podem preparar as mulheres para os desafios que virão, ajudando a reduzir a ansiedade e a melhorar a experiência pós-parto.

Conclusão
O período pós-parto é um tempo de grandes mudanças e adaptações para as mulheres. Com o suporte adequado e cuidados apropriados, é possível enfrentar os desafios dessa fase de maneira mais tranquila e saudável. Reconhecer a importância da saúde física e mental, buscar apoio e manter uma comunicação aberta são passos essenciais para garantir o bem-estar das novas mães e suas famílias.

O que é a Doença Falciforme e Quais Exames Identificam?

A Doença Falciforme é uma condição genética que afeta os glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os em forma de foice ou crescente, ao invés de sua forma normal, arredondada e flexível. Essa deformidade dificulta a passagem dos glóbulos vermelhos pelos vasos sanguíneos, resultando em bloqueios que podem causar dor e danos aos tecidos e órgãos. Neste artigo, exploramos o que é a Doença Falciforme, seus sintomas e os exames que ajudam a identificá-la.

O que é a Doença Falciforme?
A Doença Falciforme é causada por uma mutação no gene HBB, que codifica a hemoglobina, uma proteína responsável pelo transporte de oxigênio no sangue. A forma alterada dessa proteína, conhecida como hemoglobina S, faz com que os glóbulos vermelhos adquiram a forma de foice quando desoxigenados. Essa deformidade resulta em:

Bloqueio dos vasos sanguíneos: Os glóbulos vermelhos em forma de foice podem se agrupar e obstruir pequenos vasos sanguíneos, causando dor intensa e danos aos tecidos.
Anemia: Devido à destruição rápida dos glóbulos vermelhos deformados, ocorre uma diminuição na quantidade de glóbulos vermelhos saudáveis, levando à anemia.
Complicações de saúde: As crises dolorosas, infecções frequentes, danos a órgãos como rins, fígado e baço, entre outras complicações, são comuns em pessoas com Doença Falciforme.
Sintomas da Doença Falciforme
Os sintomas da Doença Falciforme variam de pessoa para pessoa, mas os mais comuns incluem:

Dor intensa (crises de dor)
Fadiga e cansaço
Infecções frequentes
Icterícia (pele e olhos amarelados)
Inchaço nas mãos e pés
Problemas de crescimento em crianças
Complicações respiratórias
Exames para Identificação da Doença Falciforme
A Doença Falciforme pode ser diagnosticada através de uma série de exames laboratoriais, que incluem:

Teste do Pezinho: Realizado em recém-nascidos, este teste de triagem é obrigatório no Brasil e pode identificar a presença de hemoglobina S, permitindo o diagnóstico precoce da Doença Falciforme.

Eletroforese de Hemoglobina: Este exame de sangue identifica e quantifica os diferentes tipos de hemoglobina presentes no sangue. A presença de hemoglobina S é um indicador da Doença Falciforme.

Teste de Solubilidade da Hemoglobina: Um teste rápido que detecta a presença de hemoglobina S no sangue. No entanto, este teste não distingue entre a Doença Falciforme e o traço falciforme.

Teste Genético: Analisa diretamente o DNA para identificar mutações no gene HBB. Este teste é mais preciso e pode confirmar o diagnóstico de Doença Falciforme e identificar portadores do traço falciforme.

Importância do Diagnóstico Precoce
O diagnóstico precoce da Doença Falciforme é crucial para o manejo adequado da doença. Com tratamento adequado e acompanhamento médico, é possível reduzir a frequência e a gravidade das crises de dor, prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. As estratégias de tratamento incluem:

Uso de medicamentos para controlar a dor e prevenir infecções
Transfusões de sangue em casos graves
Terapia com hidroxiureia para reduzir a frequência das crises
Suporte nutricional e cuidados gerais de saúde

A Doença Falciforme é uma condição genética grave que requer atenção e cuidado contínuo. Conhecer os sintomas e os exames de diagnóstico disponíveis é fundamental para o manejo eficaz da doença. Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, as pessoas com Doença Falciforme podem viver vidas mais saudáveis e produtivas.

Congelamento de Óvulos: O Que É e Quem Pode Fazer?

O congelamento de óvulos é uma técnica de preservação da fertilidade que tem ganhado popularidade nos últimos anos. Com avanços na medicina reprodutiva, muitas mulheres estão optando por congelar seus óvulos para adiar a maternidade sem comprometer suas chances de ter filhos no futuro. Neste artigo, exploramos o que é o congelamento de óvulos, o processo envolvido e quem pode se beneficiar dessa técnica.

O Que É o Congelamento de Óvulos?
O congelamento de óvulos, também conhecido como criopreservação de oócitos, é um procedimento que envolve a coleta e o armazenamento de óvulos não fertilizados em temperaturas muito baixas. O objetivo é preservar a qualidade dos óvulos para uso futuro, permitindo que a mulher possa tentar engravidar em um momento mais adequado para ela.

O Processo de Congelamento de Óvulos
O processo de congelamento de óvulos geralmente segue estas etapas:

Estimulação Ovariana: A mulher recebe medicamentos hormonais para estimular os ovários a produzir múltiplos óvulos em um único ciclo menstrual.

Monitoramento: Durante a estimulação, a mulher é monitorada regularmente através de ultrassons e exames de sangue para avaliar o desenvolvimento dos folículos ovarianos.

Coleta de Óvulos: Quando os folículos estão maduros, é realizada a punção ovariana, um procedimento minimamente invasivo em que os óvulos são coletados dos ovários utilizando uma agulha guiada por ultrassom.

Congelamento: Os óvulos coletados são rapidamente resfriados e armazenados em nitrogênio líquido, um processo chamado vitrificação, que previne a formação de cristais de gelo que poderiam danificar as células.

Quem Pode Fazer o Congelamento de Óvulos?
O congelamento de óvulos pode ser uma opção viável para diversas mulheres, incluindo:

Mulheres que desejam adiar a maternidade: Muitas mulheres escolhem congelar seus óvulos para focar em suas carreiras, educação ou por não terem encontrado o parceiro certo ainda. Congelar os óvulos em uma idade mais jovem pode aumentar as chances de uma gravidez bem-sucedida no futuro.

Pacientes com condições médicas: Mulheres diagnosticadas com câncer ou outras condições médicas que podem afetar a fertilidade, como doenças autoimunes, podem optar pelo congelamento de óvulos antes de iniciar tratamentos que podem prejudicar a função ovariana.

Histórico Familiar de Menopausa Precoce: Mulheres com histórico familiar de menopausa precoce podem considerar o congelamento de óvulos como uma forma de garantir a possibilidade de maternidade no futuro.

Mulheres em Transição de Gênero: Pessoas transgênero que desejam preservar sua fertilidade antes de iniciar a terapia hormonal ou cirurgias de confirmação de gênero também podem se beneficiar do congelamento de óvulos.

Considerações Importantes
Embora o congelamento de óvulos ofereça uma oportunidade de preservar a fertilidade, é importante considerar alguns pontos:

Idade: A qualidade e a quantidade dos óvulos diminuem com a idade, portanto, o congelamento de óvulos é mais eficaz quando realizado em mulheres mais jovens, idealmente antes dos 35 anos.

Custo: O procedimento pode ser caro, incluindo custos de medicamentos, coleta, armazenamento e futuros tratamentos de fertilização in vitro (FIV).

Taxas de Sucesso: Embora as técnicas de congelamento de óvulos tenham avançado significativamente, a garantia de uma gravidez bem-sucedida não é absoluta e pode variar de acordo com a idade da mulher e a qualidade dos óvulos congelados.

O congelamento de óvulos é uma opção valiosa para mulheres que desejam adiar a maternidade ou preservar sua fertilidade devido a condições médicas. Compreender o processo e as considerações envolvidas é crucial para tomar uma decisão informada. Consultar um especialista em fertilidade pode ajudar a determinar se o congelamento de óvulos é a escolha certa e o momento ideal para realizar o procedimento.

Cuidados com a pele durante o período menstrual

O período menstrual pode ser bastante sensível para algumas mulheres. Além das dores menstruais, é normal que nossa pele fique mais sensível, oleosa e com a aparição de comedões, por isso, é recomendado cuidados especiais com a pele durante o período menstrual.

Mas relaxa! O DermaBlog está aqui para te mostrar como cuidar da sua pele nesses dias! Antes de tudo, é importante entendermos que o período menstrual passa por algumas ‘fases’, e a pele vai mudando de acordo com elas.

Fase folicular (1º ao 14º dia)
Durante a fase folicular, os níveis de estrogênio começam a aumentar gradualmente. Isso pode ajudar a melhorar a aparência da pele durante o período menstrual, tornando-a mais iluminada. Por isso, nessa fase é importante manter uma rotina de limpeza regular da pele, além de investir em produtos hidratantes que mantém a pele macia e saudável. Você também pode realizar a esfoliação, para remover as células mortas e estimular a renovação celuar.

Fase ovulatória (14º dia)
Durante a fase ovulatória, o pico de estrogênio pode aumentar a produção de sebo, deixando a pele oleosa e propensa a acne. Por isso, é importante continuar com a rotina de limpeza da pele, utilizando produtos específicos para pele oleosa e evitando produtos que obstruem os poros. A Proteção Solar também é necessária durante esses dias, para evitar danos à pele.

Fase lútea (14º ao 28º dia)
Durante a fase lútea, o nível de progesterona começa a aumentar. Isso pode levar a retenção de líquidos, inchaço e acne. Ou seja, é importante continuar a rotina de limpeza regular da pele durante o período menstrual e investir em produtos específicos para reduzir a inflamação e controlar a oleosidade. Além disso, é recomendado evitar alimentos ricos em sal, que podem contribuir para a retenção de líquidos.

Dicas adicionais:
Beba bastante água durante todo o ciclo menstrual para ajudar a manter a pele hidratada.
Evite produtos químicos e fragrâncias fortes, que podem irritar a pele sensível durante o período menstrual.
Durma o suficiente para ajudar a reduzir o estresse e a fadiga, que podem afetar a saúde da pele.
Mantenha uma dieta saudável e equilibrada, rica em nutrientes que ajudam a manter a saúde da pele.
Utilize protetor solar toda vez que entrar em contato com o sol, para evitar o surgimento de manchas ou queimaduras.
Evite ficar tocando na pele, durante esse período sua derme está mais sensível, tocá-la com as mãos sujas pode entupir os poros e gerar mais acne ou inflamação por bactéria.
.

Cuidar da pele durante o período menstrual requer atenção às mudanças hormonais que ocorrem no corpo feminino. Por isso, é importante adaptar a rotina de cuidados com a pele para atender às necessidades específicas de cada fase do ciclo menstrual. Investir em produtos específicos e manter uma dieta saudável são algumas das formas de manter a pele saudável e bonita durante todo o ciclo menstrual. Se tiver dúvidas pessoais, um dermatologista também pode ser útil para orientações mais personalizadas e eficazes.

Entenda a relação entre a alimentação da mãe e a amamentação

Cuidados alimentares durante o puerpério

Após o parto, caso a mulher não tenha reservas ou o consumo de nutrientes e líquidos for inadequado, pode haver impacto na produção do leite materno. Essa produção é estimulada pela sucção do recém-nascido e a qualidade do leite tem relação com a composição da alimentação.

Dicas gerais sobre a alimentação materna

  • Mantenha a alimentação saudável e equilibrada. Evite períodos prolongados de jejum. Fracione as refeições, no máximo, entre 3 a 4 horas;
  • Hidrate-se ingerindo água e líquidos. A recomendação de consumo é, em média, 30 ml/kg/dia de líquidos;
  • Faça variações na composição do cardápio. Contemple todas as necessidades nutricionais: aumente o consumo de frutas e vegetais da época, produtos integrais, carnes magras e leite/derivados;
  • Consuma peixe, salmão ou sardinha, 2 a 3 vezes por semana para aumentar a ingestão de ômega 3, que é um tipo de gordura transferida para a criança pelo leite materno. Este nutriente está relacionado com o desenvolvimento neurológico satisfatório e também pode auxiliar no aumento do valor calórico do leite materno;
  • Garanta o consumo de fontes de cálcio (leite e derivados, vegetais de cor verde-escura) entre 3 a 4 porções/dia;
  • Consuma fontes de vitamina A e betacaroteno (vegetais e frutas vermelho/amarelo-alaranjados), em dias alternados;
  • Adoçantes compostos por aspartame, sucralose, neotame, sacarina, acesulfame K geralmente não apresentam contraindicação. Vale ressaltar que a sacarina, quando associada ao ciclamato, é contraindicada. Siga as recomendações de seu médico;
  • Evite o consumo de alimentos gordurosos, frituras e doces;
  • Reduza o consumo de cafeína (café, chá preto, chá mate, chá verde, chocolate, refrigerantes à base de cola), pois pode causar insônia ou hiperatividade nos lactentes;
  • O álcool não deve ser consumido, pois pode ser prejudicial ao bebê e afetar a produção do leite;
  • Modere o consumo de chocolate, pois pode causar irritabilidade ou aumento da movimento (peristalse) intestinal no lactente;
  • Atenção aos tabus alimentares, pois são de origem desconhecida e não apresentam explicação científica convincente. Procure manter a alimentação habitual, semelhante a que foi realizada durante a gestação, com ênfase nos hábitos saudáveis, observando a individualidade/sensibilidade do bebê;
  • Não faça restrições alimentares sem orientação do médico ou nutricionista.

Qual a recomendação de amamentação para mães vegetarianas?

Observe o risco de hipovitaminose B (falta de vitamina B) em crianças amamentadas por mães vegetarianas, pois a vitamina não pode ser encontrada em vegetais. É importante também certificar-se de que as mães vegetarianas estão ingerindo quantidade suficiente de proteínas.

Obesidade e sobrepeso, quais seus males e quando procurar ajuda

Os dados são alarmantes e as consequências, graves. Há uma tendência mundial de crescimento do número de pessoas obesas. No Brasil, 40% da população está na faixa da obesidade ou de sobrepeso. “A diferença entre ter sobrepeso e ser obeso é relacionada justamente ao risco maior de se ter problemas graves, relacionados a essa condição. E são muitas as complicações que podem surgir. Quem é obeso tem uma probabilidade maior de desenvolver doenças cardíacas, alguns cânceres, doenças articulares, apneia do sono (obstrução das vias aéreas), diabetes e doenças inflamatórias. Pesquisas indicam que mulheres obesas têm probabilidade maior de desenvolver o câncer de mama ou quadro de incontinência urinária, principalmente no período pós-menopausa”, explica a doutora Maria Celeste Osório Wender, professora titular de ginecologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Os fatores que causam a obesidade também são vários. “Temos a questão genética, é preciso conferir o histórico familiar, se existem casos de obesidade na família. É sabido que se houverem casos como esse no âmbito familiar, será mais provável desenvolver a obesidade. E temos também as questões ambientais, como hábitos alimentares ruins, sedentarismo e o metabolismo. Com relação a esse último, vale dizer que quanto mais rápido ele for, melhor, por gastar mais energia, mais calorias. Essa é outra desvantagem que a mulher carrega, porque o homem tem mais músculos, tecidos que consomem muita energia e que ajudam na questão metabólica”, diz Maria Celeste.

Abordagem clínica

Para a doutora Maria Celeste “o médico, seja ele um clínico geral, um endocrinologista ou um ginecologista, é a pessoa indicada para abordar o assunto. É preciso entender os hábitos alimentares da pessoa e reeducá-la nesse sentido. Aqui a participação de um nutrólogo também é essencial, porque cada caso tem suas particularidades. Em todos os aspectos da obesidade o princípio é o mesmo: os ganhos acontecem gradativamente, sem sobressaltos.


De nada adianta impor uma dieta extremamente rigorosa para quem tem o hábito de comer muito, ela não vai conseguir cumprir os objetivos. Bom senso e equilíbrio são as palavras de ordem. Então tudo tem que ser feito com calma, estabelecendo-se metas possíveis de serem conquistadas, progressivamente”, afirma a doutora.

Outro fator fundamental é a prática de atividades esportivas, que auxiliam no metabolismo. “O ideal é que a pessoa pratique 150 minutos semanais de atividades aeróbicas (caminhadas, corridas leves, pedalar, nadar) combinada com duas a três sessões de musculação, na mesma semana. Se a reeducação alimentar combinada com a prática esportiva não der resultados satisfatórios, podemos recorrer ao uso de medicamentos, que na sua essência são moderadores de apetite. Em último caso, temos a possibilidade da cirurgia bariátrica (redução do estômago), mas existem regras para sua realização. O que posso afirmar é que essa cirurgia evoluiu muito e hoje apresenta riscos menores”, explica Maria Celeste.

A doutora chama a atenção para outro fator importante, o corpo pode tornar-se seu próprio inimigo durante o tratamento. “O que acontece é que ao se reduzir o peso, o organismo reage para voltar ao status original. Isso ocorre por meio do aumento da grelina, hormônio que estimula o apetite. Então, além de todos os obstáculos já citados, é preciso enfrentar mais essa condição, de sentir fome e ter que se controlar, que pode sim aparecer durante a luta de ter que perder peso devido a obesidade”.

Saúde Mental

A condição da pessoa obesa traz outras complicações, podendo afetar a saúde mental do paciente. “A sociedade, de certa forma, condena o obeso. Isso pode desenvolver aspectos negativos como carregar dentro de si um sentimento de culpa, ansiedade excessiva ou ainda sofrer com um quadro depressivo, especialmente para quem é vítima do bullying. Essas condições podem pôr tudo a perder, fazer com que o paciente coma ainda mais, quando o necessário é justamente o inverso. A ajuda de médicos psiquiatras ou psicólogos pode ser relevante em alguns casos. É muito importante que a classe médica tenha consciência com relação ao tema; pessoas obesas precisam de ajuda. E, claro, o apoio de familiares e amigos nessa batalha também é requisitado. Evitar comparações e cobranças excessivas é recomendado, para que se minimize a possibilidade de frustração e o insucesso do tratamento”, finaliza a doutora.

A importância da Psico-oncologia

Em primeiro lugar, é importante definirmos a Psico-Oncologia como uma área de interseção entre a Psicologia e a Oncologia, que busca compreender e estudar as variáveis do comportamento relacionadas ao processo de adoecimento e cura, e as intervenções ao longo de todo este mesmo processo. Está área de atuação profissional surgiu na década de 1970, com a psiquiatra Jimmie Holland, no Memorial Sloan-Kettering Cancer Center em Nova Iorque. Ela criou um serviço de atendimento, pesquisa e treinamento para investigar os aspectos emocionais envolvidos no processo de doença e tratamento do câncer e avaliar a interferência na vida dos pacientes. Visando sempre a melhor forma de intervenção para reduzir o sofrimento do paciente durante o tratamento oncológico e aumentar sua qualidade de vida também.

O papel de um psicólogo em um ambulatório de Oncologia é oferecer suporte emocional para que o paciente possa expressar seus sentimentos, compreender as dificuldades do momento vivido, perceber as situações que lhe mobilizam emocionalmente e instrumentalizá-lo para lidar da melhor maneira possível com as alterações e limitações impostas pela doença e pelo tratamento. O acompanhamento psicológico é indicado, geralmente, quando notamos certa dificuldade de adaptação e adesão aos tratamentos propostos e quando ocorrem sintomas depressivos e/ou ansiosos.

Outro ponto importante a ser ressaltado é a família do paciente oncológico. Por ser tratar de uma doença complexa, o familiar normalmente está bastante envolvido no processo de tratamento, tanto do ponto de vista operacional quanto do ponto de vista emocional; e cabe à equipe de saúde a ter um olhar cuidadoso a essa família ao longo do período de tratamento do paciente. O psico-oncologista pode abordar o paciente e sua família, tanto individualmente como em grupo, dependendo de alguns aspectos clínicos e institucionais.

Um questionamento muito comum que surge a respeito da prática do psicólogo em Oncologia, é se ter tristeza e angústia é normal durante o tratamento. Posso afirmar que sim, é normal, mas dependendo da intensidade e da duração destes sentimentos. Se esses ficarem muito intensos, ao ponto de interferirem no funcionamento do paciente e na adesão ao tratamento, é importantíssimo buscar ajuda especializada.

Para finalizar, é também função do psico-oncologista dar apoio emocional e suporte aos profissionais de saúde que lidam diariamente e intensamente com os pacientes oncológicos. Algumas ações institucionais, como grupos de apoio, oficinas e aulas, são exemplos de ações de cuidado com o profissional.

A experiência do câncer é geralmente desafiadora, independente do local, da extensão, do prognóstico e dos resultados do tratamento. Todas essas transformações na rotina do paciente podem contribuir para o desequilíbrio psicológico dele e desencadear diversas reações emocionais. Por essas razões, o tratamento psicológico presta inestimável ajuda no enfrentamento do tratamento oncológico.”

Por: Laura Campos – Psicóloga-oncológica do Americas Centro de Oncologia Integrado

Frente a Frente com Bernardo – Como identificar o Câncer de Mama, com Drs. Ricardo e Patricia Faure

Revista Sempre Materna – “Pé na estrada”

Pro Matre 2007Pro Matre 2007_2

 

 

Revista Pais e Filhos – “O papel das contrações”

Pais e Filhos setembro 2005

 

Pais e filhos setembro 2005 a

Revista Pais e Filhos – “Peso acima do normal”

Pais e Filhos dezembro de 2004

Revista Pais e Filhos – “Infecção x Gravidez”

Pais e Filhos outubro 2003

Revista Pais e Filhos – “Silicone”

Pais e Filhos agosto 2003