O elo entre envelhecimento precoce e complicações na gestação

Pesquisadores norte-americanos descobriram que alguns fatores podem acelerar o envelhecimento celular das mulheres e, possivelmente, aumentar o risco de complicações na gestação. Para chegar a esse resultado, o grupo da Universidade de Ohio analisou 81 gestantes com 25 anos de idade em média.

As participantes receberam questionários com dados sobre a infância, o status econômico, a depressão e o apoio familiar que recebiam. Depois, mediu-se o tamanho dos telômeros delas, espécie de capa que cobre as extremidades dos cromossomos – estrutura que a ciência acredita estar ligada ao envelhecimento.

No final, as mulheres mais expostas a situações como baixo status socioeconômico na infância e falta de apoio familiar tinham telômeros mais curtos. Portanto, eram biologicamente mais velhas. O mesmo fenômeno foi observado nas que passaram por traumas quando eram mais novas.

“Suporte e acesso à saúde são muito importante para gestantes e esse achado pode ser uma das razões para isso”, disse Lisa Chrystian, autora do estudo e psicóloga da instituição, em comunicado à imprensa.
O papel dos telômeros

“Com a idade ou com o estresse, essas capas tendem a se desgastar”, explicou no mesmo comunicado Amanda Mitchell, psicóloga que participou da investigação nos Estados Unidos. Os telômeros menores estão associados ao aparecimento de diabetes tipo 2, maior risco de acidentes vasculares cerebrais, problemas cardiovasculares e outras doenças típicas do envelhecimento.

É um campo que ainda está sendo desvendado pelos cientistas, mas a hipótese do grupo é a de que o encurtamento precoce dessas estruturas ajude a explicar porque fatores psicológicos e de baixo nível socioeconômico aumentam as chances de complicações no parto e na gestação. Essa relação, sim, bem mais conhecida e comprovada.

“É difícil mensurar o envelhecimento, mas sabemos que estresse, falta de apoio, situação financeira ruim estão ligadas a problemas como baixo peso ao nascer e maior incidência de pressão alta, por exemplo”, aponta Ricardo Luba, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros, em São Paulo.

Outro trabalho, de 2016, já havia mostrado que a falta de apoio conjugal pode estar ligada ao desgaste dos telômeros e envelhecer mulheres antes da hora.

Fonte: Bebê.com.br

5 superpoderes da gravidez que toda mulher ganha durante a gestação

A gestação é um momento mágico, mas também de muitas mudanças físicas e mentais para a mulher. Por causa disso, é possível dizer até mesmo que existem alguns superpoderes da gravidez que toda mulher que espera um bebê acaba adquirindo, mesmo que inconscientemente.

Por exemplo, você já ouviu dizer que a uma mulher em “estado interessante” consegue descobrir o que você almoçou só pelo cheiro? Apesar de parecer um grande exagero, essa praticamente uma verdade, devido ao olfato aguçadíssimo que elas desenvolvem.

E essa não é o único talento que elas ganham. Na lista abaixo, como você vai ver, estão alguns dos superpoderes da gravidez que toda mulher ganha e que podem ser muito úteis nesse período da vida, especialmente para que elas aprendam mais sobre si mesmas e sobre a maternidade.

Conheça 5 superpoderes da gravidez que toda gestante ganha:

1. Olfato apurado

Um dos superpoderes da gravidez, com certeza, é o olfato apuradíssimo da futuras mamães.

Odores diferentes, bons ou ruins são passam despercebidos aos narizes das gestantes, mesmo que a distâncias consideráveis.

2. Beleza aguçada

Apesar da barriguinha que cresce, o equilíbrio na alimentação, as vitaminas e os cuidados extras fazem com que as grávidas pareçam especialmente bonitas.

Cabelos e unhas são dois pontos que mais agradecem e se fortalecem nesse período.

3. Sensibilidade a flor da pele

Sim, grávidas choram por qualquer coisa. Essa sensibilidade também é considerado um dos superpoderes da gravidez por causa dos hormônios em alta.

E, apesar do tom de melodrama que a gestação pode adquirir, especialistas apontam esse aspecto da sensibilidade extremamente importante para o autoconhecimento e o aumenta da confiança e da força da mulher.

4. Aprendizado facilitado

Como os interesses da mulher mudam muito nessa fase e ela passa a se interessar sobre a gestação e os assuntos relacionados à maternidade, elas passam a estudar mais, a pesquisar mais e, com isso, também aprendem mais.

5. Criatividade em alta

Outro dos superpoderes da gravidez, com certeza, é a criatividade aguçada.

Nessa fase, a mulher tende a descobrir seus talentos mais escondidos, como o tato para a decoração, a organização de festas, criatividade na hora de fazer fotos e, claro, na hora de decorar o quartinho e de formar o enxoval do bebê.

Fonte: Vix

O que é o pré-natal de alto risco?

Um pré-natal de alto risco se refere ao acompanhamento que será feito com uma gestante que tem uma doença prévia ou durante a sua gravidez, que sugere que essa seja uma gravidez de risco. Assim, basicamente se enquadram em pré-natal de risco três condições: as mulheres com doenças crônicas prévias à gestação, aquelas que tiveram uma gestação anterior de alto risco e aquelas que identificam, no curso da gravidez, uma condição ou doença que vai oferecer risco para ela e a para o bebê.

No primeiro caso, se enquadram mulheres que sofrem de hipertensão arterial, diabetes, lúpus, doenças psiquiátricas, neurológicas ou cardíacas ou infecções crônicas, como Hepatite e HIV. As pacientes com essas condições devem compartilhar com seu especialista o desejo de engravidar, antes de interromper o método anticoncepcional. Dessa forma, o médico que a acompanha, como cardiologista, neurologista, infectologista ou outro especialista, já deve alinhar com o obstetra as medicações e condutas que devem ser tomadas antes da concepção e durante a gestação.

Para o segundo grupo, é recomendado o acompanhamento de alto risco quando houve uma gravidez anterior com histórico de hipertensão, abortos de repetição, descolamento prévio da placenta, por exemplo. Tudo isso deve ser observado pelo obstetra para colocar essa futura mamãe sob um olhar mais criterioso.

E ainda, se no decorrer da gestação acontecer um quadro de diabetes que não existia antes, ou a descoberta da pré-eclâmpsia, bem como ter uma infecção viral ou bacteriana, o obstetra mudará o olhar para essa grávida e ela se torna uma gestante de alto-risco.

A depender dessas três classificações – e outras que possam ser diagnosticadas pelo médico no início ou no decorrer da gravidez – a avaliação pré-natal será diferente de uma avaliação normal. Por exemplo, uma diabética pode ter que fazer mais consultas do que uma mulher sem essa condição. Um pré-natal normal tem uma consulta por mês, começando o mais cedo possível, até a 32a semana. A partir daí e até a 36a semana, uma consulta a cada 15 dias e depois, até o parto, uma consulta semanal. São mais do que as seis consultas mínimas preconizadas pelo SUS – que trata mesmo do mínimo necessário para qualquer pré-natal.

Condições prévias pedem consultas mais frequentes ao obstetra e, a depender da doença, o acompanhamento também do especialista. Avaliações laboratoriais e de imagem também podem ser solicitadas em maior número para se saber se o bebê está sofrendo com a condição da mãe.

Lembrando sempre que o pré-natal bem feito garante a saúde e a segurança da mãe, o bom desenvolvimento do bebê e um encontro tranquilo dos dois durante o parto.

Fonte: Febrasgo

O pré-natal começa antes da gravidez

As consultas de pré-natal devem começar tão logo a mulher deseje engravidar. É nessa consulta que a futura gestante vai tirar suas dúvidas e verificar se tem alguma doença prévia ou condição que possa oferecer risco à sua gestação e ao seu bebê. Boa parte dessas condições, se verificadas previamente, podem ser corrigidas e garantem tranquilidade para a futura mamãe.

Hoje são preconizadas no mínimo seis consultas pré-natais ao longo da gravidez, mas o ideal é que haja consultas mensais até o sétimo mês de gestação, depois quinzenais e, chegando perto do parto, após o oitavo mês, essas consultas devem se tornar semanais.

Como o pré-natal contempla possíveis intercorrências, é uma proteção para a saúde da mulher. A gravidez é uma condição especial e, por isso, o pré-natal pode ser dividido em dois tipos: o acompanhamento de baixo risco e o acompanhamento de alto risco – não existe o risco zero!

Durante a consulta pré-natal, o ginecologista irá fazer um exame clínico, verificar batimentos cardíacos do bebê e pressão arterial, peso da paciente e acompanhar as queixas comuns da gravidez, estando atento às condições extermas, ao histórico da paciente e às mudanças relatadas.

O mínimo indicado são dois exames de ultrassom: um logo no início da gestação, no primeiro trimestre e o outro, entre 20 e 24 semanas. Esses exames conferem se há alterações no desenvolvimento do feto.

Exames de sangue também são solicitados para o controle da glicemia, afastando riscos de diabetes gestacional e também para verificação de doenças infecto-contagiosas, como sífilis, toxoplasmose, hepatite B e C, rubéola e HIV. Essas doenças devem ser observadas, pois podem levar a sequelas para o bebê.

O médico também avalia as vacinas que devem ser feitas, como a contra o vírus influenza, que tem campanha nacional na rede pública todos os meses de maio.

Após o parto, a paciente, agora chamada de puérpera, continua tendo que fazer consultas no ginecologista, principalmente com a preocupação da anticoncepção, já que uma gravidez indesejada pode acontecer. A periodicidade irá depender de como está a saúde da mãe após o parto e sua adaptação à nova vida.

Embora a amamentação proteja a mãe de uma nova gravidez, ela não tem 100% de segurança e métodos anticoncepcionais devem ser introduzidos de acordo com a avaliação do médico, em consonância com o casal. As mães que não amamentam, em geral, voltam a ovular em 45 dias após o parto.

Outra preocupação das novas mamães é com a volta à forma física. Por isso, nas consultas são discutidas a dieta da paciente, especialmente a que amamenta, o repouso moderado, principalmente nos casos em houve o parto por cesárea e o retorno à atividade física.

As mortalidades materna e fetal estão diretamente ligadas à qualidade do pré-natal, por isso, nenhuma mãe ou futura mãe pode deixá-lo de lado.
Fonte: Febrasgo

Websérie: Amamentação sem culpa

Série do Site Drauzio Varella aborda aleitamento materno por meio de histórias de mulheres reais:

A vacinação da gestante

Vacinação é um assunto de extrema importância. Não só para as crianças, mas também para as gestantes, visto que passarão os primeiros anticorpos para o bebê. Além da proteção do próprio indivíduo, a vacinação é um ato de civilidade, que contribui para a diminuição de diversas doenças entre a população em geral.

As vacinas que a mulher deve observar durante o período de gestação são: DTPa (tríplice acelular), Hepatite B e Gripe.

Vacina contra a gripe
A vacinação contra a gripe consta no calendário oficial e é aplicada gratuitamente às mães nos postos de saúde. Ela deve ser tomada antes ou durante o inverno, independentemente do período em que a mulher tomou no ano anterior. Lembrando apenas que, no final do ano, costuma ser difícil achar a vacina, já que as clínicas aguardam o lançamento do novo lote da vacina para o próximo ano e não renovam seus estoques.

A vacina contra a gripe é a única que pode ser tomada em qualquer período da gestação e deve ser aplicada mesmo que a mulher já tenha sido vacinada na gravidez anterior.

É importante lembrar também o quanto a gripe é uma doença grave, pois a mulher grávida tem quatro vezes mais chance de desenvolver uma condição crítica, podendo até vir a óbito. Além disso, a gripe também pode aumentar em 30% o risco de nascimento prematuro do bebê.

Vale dizer que a gripe não é a mesma coisa que o resfriado, pois ela é causada pelo vírus Influenza, podendo levar a quadros graves durante a gravidez.

Tríplice Bacteriana Adulta (DTPa)
A vacina Tríplice Bacteriana Adulta (DTPa) protege contra Coqueluche, Tétano e Difteria. A Coqueluche é a quinta maior causa de morte em crianças, sendo especialmente grave em bebês até seis meses. O Tétano é uma doença conhecida no período pré-natal, possuindo alta taxa de letalidade devido à contaminação do cordão umbilical durante o parto. Já a Difteria é uma doença que pode causar obstrução respiratória, tendo alta taxa de mortalidade entre os recém-nascidos.

A gestante deve tomar essa vacina no período entre a 27ª e a 36ª semanas, pois qualquer vacina demora de 7 a 15 dias para poder desenvolver os anticorpos no indivíduo. É fundamental que a mãe tome a vacina no prazo, para que haja tempo de criar e transmitir os anticorpos para o feto. Se acontecer de ela ter seu bebê prematuramente, este já terá recebido a proteção da mãe.

Hepatite B
A vacinação contra a Hepatite B também é muito importante. No caso de transmissão perinatal, quase 25% das crianças contaminadas desenvolverão infecção hepática crônica. Os bebês podem vir a morrer de carcinoma hepato-celular (um tipo de câncer que acomete o fígado) ou de uma cirrose.

A vacinação contra Hepatite B está no calendário oficial infantil e quem toma as três doses, em geral, já está protegido por toda a vida. Entretanto, é importante a mulher, até mesmo antes de engravidar, ter certeza se já foi ou não vacinada. Caso não tenha tomado as três doses (ou não tenha certeza disso), ela deve realizar a sorologia da doença para se certificar se está imunizada.

Cada esquema vacinal tem seu intervalo específico, sendo que no posto de saúde ou clínica de vacinação ela será informada sobre quando deverá tomar a próxima dose. Caso a grávida ainda não tenha tomado nenhuma dose e precise tomar as três durante a gravidez, provavelmente a terceira será aplicada após o parto.

Vacinas que a grávida não pode tomar
As mulheres gestantes não podem tomar vacinas de vírus e bactérias vivos, como é o caso da Tríplice Viral – que combate o Sarampo, a Caxumba e a Rubéola –, Varicela (Catapora), Febre Amarela e BCG (contra a Tuberculose). Essas vacinas são elaboradas a partir do vírus ou da bactéria (no caso da BCG) vivos e atenuados, por isso há o risco, mesmo que seja baixo, de a mulher grávida, que já está com a imunidade alterada por conta da gestação, desenvolver a doença.

No entanto, há exceções para a vacinação dessa mulher quando, por exemplo, ela mora em uma região com foco de transmissão (como nos casos de febre amarela), de modo que é o médico que deve avaliar o risco. Se a mulher tomar a vacina sem saber que está grávida, deve comunicar imediatamente o seu médico para ser acompanhada.

É importante lembrar ainda que todas as vacinas citadas, com exceção da vacina contra Catapora, estão disponíveis gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde dos municípios.

Fonte: Febrasgo

Mitos e verdades sobre pós-parto

É melhor evitar ter relações sexuais durante a quarentena? Verdade! Quando a mulher realiza o parto normal, a penetração pode causar dor, machucar e até causar uma inflamação. Já na cesárea, além do risco maior de infecção, podem ser desencadeados ferimentos na incisão abdominal, que está sensível e em processo de cicatrização. Por isso, o mais aconselhável é esperar 40 dias. Lembrando que sexo não se resume apenas em penetração, neste momento ele pode ser feito pelo casal de outras formas menos perigosas.

A mulher não pode lavar o cabelo durante a quarentena? Mito! Esse é um antigo mito popular de que o sangramento poderia reverter da vagina para a cabeça deixando a mulher louca, o que não passa de uma bobagem. Na quarentena não há perigo nenhum em manter a higiene em dia lavando os cabelos.

Na quarentena é normal a redução da libido? Verdade! Quando a placenta é retirada há uma queda dos hormônios que reduz a libido e afeta a lubrificação vaginal. Além disso, a nova rotina com o bebê pode fazer com que a mulher deixe o sexo em último plano. Porém, com o passar do tempo, tudo tende a ser como era antes.

Nessa fase a mulher pode engravidar? Verdade! Apesar da chance nesse período ser pequena por causa da amamentação e também porque a fertilidade retoma normalmente 45 dias após o parto, engravidar não é impossível. Por isso, o aconselhável nesta fase é a utilizar um método contraceptivo eficaz de uso permitido durante a lactação.

Nesse período não se pode praticar atividade física? Mito! Realizar exercícios leves como caminhada, yoga e atividades de alongamento estão liberadas após 15 dias para os casos de partos normais e 30 para as cesáreas.

Amamentar favorece a queda das mamas? Mito! O que colabora ou não para isso é a predisposição genética da mama e também o número de gestações que a mulher teve, já que o esticamento da pele pode deixar a área mais flácida.

Amamentar ajuda a mulher a emagrecer? Verdade! Durante essa fase, o metabolismo da mãe fica mais acelerado para a produção do leite. Para produzir a substância, elas perdem 400 calorias por dia, o equivalente a 30 minutos de corrida.

 

Fonte: Jornal do Brasil

Teste ajuda a diagnosticar pré-eclâmpsia precocemente

A pré-eclâmpsia é uma condição que afeta cerca de 8,5 milhões de mulheres em todo mundo e é responsável por cerca de 15% dos partos prematuros. O diagnóstico, normalmente, é feito a partir da 20ª semana de gravidez ou nos primeiros dias após o parto e baseia-se no desenvolvimento de hipertensão arterial superior a 140 x 90 mmHg e proteinúria maior que 300 mg num intervalo de 24 horas.

Não se sabe ao certo por que ela ocorre. O certo é que quando a doença se instala há liberação de proteínas na circulação materna que provocam uma resposta imunológica da gestante. As paredes dos vasos sanguíneos são danificadas (o que resulta em vasoconstrição) e consequentemente aumenta a pressão arterial.

Segundo informações do dr. Leandro Gustavo de Oliveira, professor do Departamento de Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP), por ser uma doença silenciosa e muitas vezes de difícil diagnóstico, é muito importante que a gestante preste atenção a qualquer sintoma suspeito, como inchaços — principalmente nos membros inferiores — aumento exagerado do peso corpóreo e, evidentemente, oscilação da pressão arterial. O que acontece é que muitas vezes a pré-eclâmpsia é diagnosticada somente no término da gravidez, o que aumenta os riscos tanto para a mãe quanto para o bebê.

Atualmente, há disponível no mercado um exame de biomarcadores para pré-eclâmpsia (sFlT-1/PlGF), indicado a partir do sétimo mês de gestação (a doença é mais frequente a partir desse período). A partir daí, é possível avaliar o risco de a paciente vir a ter a doença nas próximas semanas de gravidez, além de ajudar no manejo clínico.

Oliveira explica que, a partir desse procedimento, consegue-se reduzir as antecipações desnecessárias de parto, o número de dias de internação e intensificar o monitoramento da doença para que ela não evolua para uma eclâmpsia.

“O teste de pré-eclâmpsia é baseado na fisiopatologia da doença, e analisa proteínas angiogênicas circulantes na placenta: o fator de crescimento placentário (PlGF- Placental growth factor) e a tirosina quinase-1 (sFlt-1 – Soluble fms-like tyrosine kinase-1). O desequilíbrio entre esses biomarcadores é o que indica a pré-eclâmpsia”, aponta o especialista.

É um exame de sangue simples, não é necessário preparo, nem estar de jejum. Entretanto, como é um procedimento ainda recente no mercado, a maioria dos planos de saúde não cobre e o SUS também não disponibiliza. A alternativa, portanto, é pagar pelo exame, que custa cerca de R$ 450 reais.

Os fatores abaixo podem aumentar o risco de pré-eclâmpsia:

1. Primeira gestação;

2. Pré-eclâmpsia em gestação anterior;

3. Histórico familiar de pré-eclâmpsia;

4. Gestação no início da adolescência ou com idade superior a 40 anos;

5. Gestação de múltiplos bebês (gêmeos ou trigêmeos);

6. Doença renal ou pressão arterial elevada;

7. Obesidade.

Fonte: Dráuzio Varella

Inseminação artificial e fertilização in vitro

Às vezes, a gravidez não acontece pelo método tradicional, por meio da relação sexual, e os casais procuram ajuda de especialistas para realizar o sonho da maternidade. É importante que o casal passe por uma avaliação para obter um diagnóstico preciso do fator de infertilidade, permitindo, assim, definir qual o método mais indicado.

E é natural chegar ao consultório médico com muitas dúvidas. O ginecologista vai esclarecê-las. Quando confirmado pelo médico que será indicada alguma técnica de reprodução assistida, é muito importante entender as diferenças entre os métodos. ­­
Nos homens, estão relacionados à infertilidade a baixa contagem e qualidade dos espermatozóides, varicocele (varizes nos testículos) e problemas de ejaculação. Já nas mulheres, a dificuldade de engravidar pode ter diversas causas, como disfunção ovulatória, alteração das tubas uterinas e endometriose.

Qual a diferença entre inseminação artificial e fertilização in vitro? A inseminação artificial “encurta” o caminho percorrido pelos espermatozoides. É um procedimento mais simples, que consiste em concentrar e introduzir os espermatozoides diretamente no interior do útero.

Assim, os espermatozoides podem fecundar os óvulos, passando pelas trompas.

Já a fertilização in vitro (FIV), conhecida como bebê de proveta, é a união do espermatozoide com o óvulo no laboratório, que irá formar o embrião que será transferido para a cavidade uterina posteriormente.

Há etapas. Primeiro, o médico irá prescrever para a mulher medicamentos para estimular a produção de mais de um óvulo por ciclo. Esses óvulos são aspirados por uma agulha e colocados em uma substância cheia de nutrientes, a fim de mantê-los vivos.

A paciente fica sedada para a realização desse procedimento. No mesmo dia, o homem colhe o sêmen por meio da masturbação.

Para que haja a fecundação, os espermatozoides são colocados no mesmo recipiente. Após sua fertilização, o óvulo é mantido em uma estufa, onde começa a ocorrer a divisão celular. Passados alguns dias, depois de se formarem pelo menos oito células, o embrião é colocado no útero da mulher.

Para essa etapa, a transferência de embriões, a mulher não precisa de anestesia. O médico vai recomendar, após duas semanas, a realização de um teste de gravidez (beta-hCG) para saber o resultado do tratamento.

Fonte: Febrasgo

A importância do puerpério

O Puerpério, também conhecido popularmente como “quarentena”, é o período de 6 a 8 semanas pós-parto, durante o qual o corpo da mulher passa por profundas modificações físicas e emocionais para retornar ao estado pré-gravidez. Ao mesmo tempo que recupera lentamente do parto e das alterações ocorridas ao longo da gravidez, também precisa de se adaptar ao seu papel de mãe.

Uma das principais transformações no corpo da mulher após o parto é a queda nos níveis hormonais. Em função disso, a nova mamãe pode se sentir mais cansada e desanimada nesse período, sentimentos que também podem ser acompanhados de insegurança ou tristeza.

Juntas, essas características contribuem para aumentar a insegurança da mãe em relação aos cuidados necessários para garantir a saúde do seu bebê e dela própria nesta fase inicial da maternidade.

Por isso, é importante ter o apoio da família durante o momento da “quarentena”, e é necessário prestar atenção ao aparecimento de outros sintomas mais graves — como a falta de apetite, insônia e desinteresse —, que podem indicar o início de uma depressão pós-parto. Nesse caso, é preciso buscar acompanhamento médico.

Durante o puerpério, é preciso ter cuidados especiais com a mulher. O puerpério inicia-se uma a duas horas após a saída da placenta e pode ser dividido em:

Puerpério imediato (1 ° ao 10° dia), momento o qual o corpo começa a se recuperar. Nesse período, o útero começa a retornar ao seu tamanho normal e há a ocorrência de corrimento — inicialmente avermelhado e, com o passar dos dias, em volume reduzido e tonalidade amarelada.
Puerpério tardio (11 ° ao 45° dia), período no qual o corpo ainda está passando por transformações e o cuidado deve ser redobrado. O útero continua a regredir e a região genital continuam a sofrer modificações para se recuperar por completo do período gestacional.
Puerpério remoto (a partir do 45° dia) até enquanto a mulher amamentar ela estará sofrendo modificações da gestação (lactância).

No puerpério imediato, a mulher deve ter uma consulta com o obstetra ou o ginecologista para acompanhar eventuais riscos como sangramentos excessivos, sinais de infecção e cuidados com as mamas na amamentação.

No puerpério tardio, a avaliação do retorno do corpo às condições de antes da gravidez e cuidados importantes quanto a anticoncepção neste período.

Fonte: Sogesp

Gravidez após os 35

O critério sobre a idade ideal para dar à luz evoluiu com o tempo. Na década de 1960, considerava-se ideal a faixa entre os 18 e os 25 anos. Quando a mulher dava à luz pela primeira vez depois dos 25 anos, era classificada de primigesta idosa. Hoje, admite-se que a idade “ideal” para a primeira gravidez vai dos 20 aos 30 anos. Diante da tendência de as mulheres engravidarem mais tarde, é possível que, daqui a alguns anos, esses números sejam revistos e o período alargado significativamente.

De modo geral, o universo feminino mudou muito a partir de 1960. As mulheres foram para as universidades e passaram a disputar espaço no mercado de trabalho. Além disso, o desenvolvimento de métodos anticoncepcionais seguros lhes permitiu definir o momento oportuno para engravidar. Diante dessas novas possibilidades de desenvolvimento pessoal e carreira algumas passaram a optar por ter filhos mais tarde, depois dos 35 anos.

IDADE IDEAL

Drauzio – O que levou a medicina a alargar um pouco mais a faixa considerada ideal para a gravidez?

Tânia Schupp Machado – Antigamente, a expectativa de vida girava em torno dos 45, 50 anos, as mulheres casavam cedo e tinham filhos logo. Hoje, espera-se que vivam muito mais e não são poucas as que chegam aos 90 anos. Outro fator importante é que a mulher estabeleceu prioridades além de casar e ter filhos e foi postergando a data de ser mãe. Diante dessa nova realidade, a experiência mostrou que os riscos da gravidez não aumentavam dos 25 anos aos 30 anos e alargou a faixa de idade ideal para a primeira gravidez, que passou a ser considerada de risco depois dos 35 anos, uma vez que a probabilidade de conceber um filho com síndrome de Down (um dos maiores problemas na idade avançada) e do procedimento invasivo para fazer o diagnóstico é de um em cada 300 casos.

Drauzio – Do ponto de vista anatômico e funcional e da fisiologia do aparelho reprodutivo feminino, existe uma fase que poderia ser considerada ideal para a gravidez e o parto?

Tânia Schupp Machado – Nós, médicos, consideramos ideal a faixa entre 20 e 29 anos. Antes, o aparelho reprodutor feminino não está totalmente desenvolvido e depois há uma regressão na fertilidade da mulher. Sempre digo para as mulheres que querem engravidar mais tarde: “Depois dos 35, a gravidez é de risco, mas paciente bem cuidada volta feliz para casa com um filho saudável”. O problema de adiar muito a gestação é conseguir engravidar. A fertilidade feminina começa a cair por volta dos 25 anos e tem declínio importante depois dos 35 anos.

RISCOS DA GRAVIDEZ TARDIA

Drauzio – Você disse que o risco é maior depois dos 35 anos. Risco de quê?

Tânia Schupp Machado – Primeiro, porque depois dos 35 é mais difícil engravidar. A mulher tem menos óvulos e é menos fértil. Depois, porque engravidando mais velha, a possibilidade de ter um filho com síndrome de Down aumenta. Por fim, porque durante a evolução da gravidez, é maior o risco de desenvolver hipertensão, diabetes ou de apresentar uma doença de base pré-existente, visto que muitas mulheres adultas só procuram o médico quando ficam grávidas. Quando pequenas, a mãe levava ao pediatra. Depois que cresceram, nunca mais entraram num consultório.

Drauzio – A mulher que decide retardar o nascimento de um filho, enfrenta dois problemas: o risco de uma gravidez tardia de um lado e de tornar-se infértil do outro. Qual é o decréscimo na taxa de fertilidade feminina entre 29 e 35 anos?

Tânia Schupp Machado – Não sei determinar com precisão o decréscimo da taxa de fertilidade feminina nessa faixa de idade. Sei que os profissionais especializados no assunto afirmam que, antes dos 35 anos, conseguem boa resposta para as fertilizações in vitro; depois dos 35, essa resposta costuma ser bem pior.

Drauzio – Qual é o índice de sucesso nas fertilizações in-vitro e na gravidez normal?

Tânia Schupp Machado – Nos casais em idade fértil e sem nenhum problema, a chance de a mulher engravidar naturalmente é de 25% em cada ciclo menstrual. Nas fertilizações in vitro, a taxa de sucesso esbarra nos 20%. Por isso, considera-se absolutamente normal a mulher com 25 anos, que está tentando há quatro meses, ainda não ter conseguido engravidar (em cada ciclo suas chances são de 25%). No entanto, esse pequeno atraso nos planos pode virar uma neurose na hora em que ela decide ter um filho.

ANTES DE ENGRAVIDAR

Drauzio – Que cuidados deve tomar a mulher com mais de 35 anos que decidiu engravidar pela primeira vez?

Tânia Schupp Machado – O ideal é que o pré-natal comece antes da concepção. Por isso, a mulher deve procurar o médico antes de engravidar. Nesse momento, é importante fazer exames laboratoriais de rotina (hemograma, tipagem sanguínea, sorologias, exame de urina) e uma avaliação clínica, uma vez que o ginecologista está virando o clínico geral da mulher. Se tudo estiver bem, recomenda-se que tome ácido fólico, uma vitamina do complexo B, para diminuir o risco de malformação do sistema nervoso central do bebê.

Drauzio – Por quanto tempo a mulher deve tomar ácido fólico antes de engravidar?

Tânia Schupp Machado – A orientação é que tome durante três meses antes da concepção.

Drauzio – Caso ela demore para engravidar, o que acontece com o ácido fólico?

Tânia Schupp Machado – Depois de três meses tomando ácido fólico, a mulher deve suspender a medicação, porque seu efeito dura um ano. Caso não tenha engravidado nesse período, deve tomar novamente ácido fólico durante três meses.

INÍCIO DA GESTAÇÃO

Drauzio – Vamos imaginar que a mulher chegue dizendo: “Olhe, minha menstruação está atrasada quinze dias. Será que estou grávida”, o que você faz?

Tânia Schupp Machado – Primeiro, dou parabéns, porque provavelmente ela está grávida, sim. Se tivesse história de alterações do ciclo menstrual, já teríamos sabido em consultas anteriores.

É muito importante que a mulher procure o médico assim que a menstruação atrasou, pois as gestantes acima de 35 anos estão mais sujeitas a abortamento. De acordo com as estatísticas levantadas, nessa idade, para cada bebê que nasce com alguma malformação, dez são abortados espontaneamente.

Uma vez confirmada a gravidez, a mulher faz um exame de ultrassom para verificar se o embrião está dentro do útero e se a gestação é única ou múltipla. Mulheres com mais de 35 anos estão mais propensas a ter gêmeos e trigêmeos (gestação gemelar e trigemelar). Esse exame permite também diagnosticar a gestação anembrionada, com desenvolvimento do saco gestacional, mas sem formar o embrião.

Drauzio – Como se determina o tempo exato da gravidez?

Tânia Schupp Machado – Por meio do ultrassom transvaginal, exame absolutamente inócuo, tranquilo e que não faz mal nenhum para o nenê.

Drauzio – Esse exame pode ser feito em qualquer fase da gravidez?

Tânia Schupp Machado – Feito nos primeiros três meses da gestação, tem a vantagem de indicar o tempo da gravidez com um erro de, no máximo, cinco dias. Por isso, preferimos que seja realizado logo no começo da gestação.

TRANSLUCÊNCIA NUCAL

Drauzio – Os exames mostraram que a mulher está bem e a gestação tem aproximadamente 20 dias. Qual a conduta indicada a seguir?

Tânia Schupp Machado – Serão marcados retornos mensais para o acompanhamento pré-natal. Entre a 11ª e a 13ª semana de gestação, quando o feto mede da cabeça até as nádegas entre 45 mm e 84 mm, a gestante passa por um exame de ultrassom que se chama translucência nucal (TN). Esse exame permite determinar uma medida na área da nuca do feto (entre os dois X na imagem 1) que, aumentada, pode sugerir o risco de uma doença cromossômica como a síndrome de Down. Se os valores estiverem normais, o risco que na mulher de 35 anos era de um caso em trezentos nascimentos, cai para um caso em 5 mil, o que nos tranquiliza muito.

A imagem 2 mostra um exame de translucência nucal aumentada. Na mulher mais velha, esse achado faz subir de um para vinte o risco de o feto ter um problema cromossômico.

Drauzio – Vale a pena lembrar que, mesmo quando o exame está alterado, a chance de o bebê ser normal é grande.

Tânia Schupp Machado – Se considerarmos que, em 20 nascimentos, dezenove nenês serão normais, pode-se dizer que o índice de prevalência da síndrome de Down, por exemplo, é bastante baixo.

BIÓPSIA DO VILO CORIAL E AMNIOCENTESE

Drauzio – Quando o exame de translucência nucal sugere alguma alteração, o que se deve fazer?

Tânia Schupp Machado – Recomenda-se que a gestante faça a biópsia de vilo corial, um procedimento mais invasivo para estudar a placenta. Guiado pelo ultrassom, o médico introduz uma agulha comprida, mas fina como a de tirar sangue, no abdômen da mulher e retira uma amostra da placenta que é enviada para análise.

Drauzio – A paciente é anestesiada durante o procedimento?

Tânia Schupp Machado – O exame é feito com anestesia local, só na pele. A paciente não sente dor. Sente apenas um certo desconforto e um pouco de cólica.

Drauzio – Qual é o objetivo desse exame?

Tânia Schupp Machado – A análise da placenta revela o cariótipo de nenê. Brinco com as pacientes que o cariótipo é a receita do bolo, pois revela o número e a morfologia dos cromossomos de cada indivíduo. Toda mulher é 46/XX e todo homem é 46/XY. O objetivo da biópsia de vilo corial é saber se o feto é cromossomicamente normal ou se apresenta alguma alteração que nada tem a ver com os cromossomos.

Drauzio – Diante de um resultado desfavorável da biópsia de vilo corial, qual o próximo passo?

Tânia Schupp Machado – Duas semanas mais tarde, eu pediria um exame chamado amniocentese. É um procedimento invasivo como o de vilo corial, só que em vez de retirar amostra da placenta, coleta-se amostra do líquido amniótico que envolve o nenê, com o mesmo objetivo: determinar o cariótipo. Infelizmente, confirmada a alteração cromossômica, não há nada que se possa fazer para reverter o quadro e evitar a manifestação da síndrome da Down, a mais frequente de todas elas.

No entanto, se for diagnosticada uma alteração cardíaca, por exemplo, e cromossomicamente o feto for normal, é grande a chance de uma cirurgia, realizada logo após o nascimento, resolver o problema. Se o mesmo diagnóstico for feito num feto cromossomicamente alterado, os resultados serão sempre piores.

Drauzio – Sempre resta a dúvida de que esses exames só fazem sentido se a mulher decidir interromper a gravidez quando é informada de que pode ter um filho com problemas genéticos. Caso decida levar adiante, os exames perdem um pouco a finalidade.

Tânia Schupp Machado – Em países que aprovam o aborto, funciona assim: foi comprovada a alteração fetal, a mulher pode interromper legalmente a gravidez. Mesmo que o feto seja cromossomicamente normal, se apresentar um problema cardíaco e a mulher decidir não levar adiante a gravidez, nada a impede que o faça.

No Brasil, não se pode fazer isso. Embora às pacientes atendidas nos hospitais públicos não seja conferida a opção de abortamento, quem deseja e pode pagar acaba arranjando um jeito de interromper a gravidez.

De qualquer forma, acho esses exames importantes para o diagnóstico de alterações que possam ocorrer com a criança. É muito traumático para a mãe receber na maternidade a notícia de que o filho nasceu com problemas. Para a mãe e para o médico. É melhor que ela esteja preparada para acolhê-lo como ele é.

ULTRASSOM MORFOLÓGICO

Drauzio – Quando a paciente faz outro exame de ultrassom?

Tânia Schupp Machado – Por volta da 20ª, 24ª semana de gestação, a gestante faz o ultrasom morfológico. É um exame mais completo que possibilita ver vários órgãos internos, contar os dedinhos das mãos e dos pés e verificar se existem alterações cardíacas e do sistema nervoso central. Ultrassom de translucência nucal e morfológico normais são os exames mais tranquilizadores da gestação.

CUIDADOS COM A GESTANTE

Drauzio – Que outros cuidados exige a gestante com mais de 35 anos?

Tania Schupp Machado – Depois dos 35 anos, a gestante é considerada de alto risco para diabetes. Por isso, todos os meses, deve fazer um exame de glicemia em jejum para dosar o nível de açúcar no sangue e, por volta de 28 semanas de gestação (sete meses), um teste de tolerância à glicose. Esse exame requer que ela chegue ao laboratório em jejum para receber 100 gr de glicose e colher sangue de hora em hora durante quatro horas. Além disso, é preciso controlar a pressão arterial e, se necessário, entrar com medicação.

Drauzio – No terceiro trimestre, com que frequência essa gestante tem de ir ao médico?

Tânia Schupp Machado – Até os sete meses de gestação, as consultas são mensais. No sétimo e oitavo mês, passam a ser quinzenais e daí em diante, até a hora do parto, semanais. Isso vale para a gestação sem problemas. Se a gestante apresentar diabetes ou hipertensão, por exemplo, as consultas precisam ser mais amiúde.

Drauzio – Quanto ao estilo de vida, qual sua orientação para as mulheres que vão dar à luz depois dos 35 anos?

Tânia Schupp Machado – Normalmente quem espera para ter filhos depois dos 35 anos são mulheres de vida corrida, que trabalham muito. Essas precisam diminuir o ritmo, porque muita agitação pode reduzir a quantidade de líquido em volta do nenê. De resto é vida normal.

Sempre digo para as moças que engravidam depois dos 35 anos que vão ter uma gestação normal e bebês saudáveis. Existe muita preocupação com a gravidez da mulher mais velha, gravidez considerada de risco, mas que correrá tranquilamente se a mulher for tratada direitinho.

Drauzio – Como é o parto das mulheres com mais idade?

Tânia Schupp Machado – As estatísticas indicam que o número de cesáreas é maior do que o de partos normais, por ansiedade materna e do médico também. Ter o primeiro filho aos 40 anos é tão desejado que nada pode dar errado e a mulher não suportaria esperar doze horas e com tranquilidade pelo trabalho de parto. No entanto, não há nenhuma contraindicação para parto normal. Alguns médicos falam que as fibras uterinas não são tão efetivas quanto as de uma paciente mais jovem, mas isso é muito difícil de ser averiguado.

PERGUNTAS ENVIADAS POR E-MAIL

Cristina Barcelos – Porto Alegre/RS – A depressão pós-parto é menos frequente em mães com mais de 35 anos?

Tânia Schupp Machado – Costuma ser menos frequente, porque a maioria dessas gestações é muito desejada. A adolescente está mais sujeita à depressão pós-parto porque a gravidez aconteceu sem que ela quisesse. Depois do parto, seu corpo está fora de forma e ela tem um nenezinho para cuidar. Se a gestante com mais de 35 anos tiver, porém, alguma alteração psicológica, vai ter depressão como a mais jovem, embora esteja desejando o filho.

Drauzio – As depressões pós-parto têm características tão fortes de alterações neurobioquímicas que provavelmente escapam da vontade da mulher.

Anne Kelly Marques Nascimento – Belo Horizonte/MG – Depois dos 35 anos, é mais difícil a mulher voltar à forma física que tinha antes de engravidar?

Tânia Schupp Machado – Não é mais difícil. O problema é que cuidar do filho toma tempo, mas se a mulher retomar a prática da atividade física, seu corpo voltará ao que era antes da gravidez.

Reinaldo Damas Garcia –São Paulo/SP – O risco de uma mulher dar à luz pela primeira vez depois dos 35 anos e o mesmo da mulher que já teve outros filhos?

Tânia Schupp Machado – Durante a gestação, o risco de complicações é o mesmo, sendo primeiro filho ou não. Na hora do parto, para quem já teve filhos, os riscos são menores, porque a bacia já foi testada e sabe-se como a mulher reage a uma cesárea.

Eduardo Tavares – São Paulo/SP – Até que idade a mulher pode ter filhos?

Tânia Schupp Machado – Na literatura, há relatos de gravidez em mulheres de 70 anos. Não faz muito tempo, a impressa noticiou que, numa cidade do interior do nordeste do Brasil, uma paciente deu à luz com 64 anos, mas sua idade foi bastante questionada. De qualquer modo, enquanto a mulher estiver ovulando poderá engravidar, mas é muito difícil que isso aconteça em idade mais avançada.

Drauzio – Qual foi a grávida de mais idade que você atendeu pessoalmente?

Tânia Schupp Machado – Tinha 56 anos e estava tendo o décimo filho.

Fonte: Dráuzio Varella

Eclâmpsia e pré-eclâmpsia

A gravidez pressupõe o crescimento de um ser geneticamente diferente dentro do útero da mulher, uma vez que herdou metade dos genes do pai. Ela não rejeita esse corpo estranho, porque desenvolve mecanismos imunológicos para proteger o feto. Em alguns casos, porém, ele libera proteínas na circulação materna, que provocam uma resposta imunológica da gestante, que agride as paredes dos vasos sanguíneos, causando vasoconstrição e aumento da pressão arterial.

A hipertensão arterial específica da gravidez recebe o nome de pré-eclâmpsia e, em geral, instala-se a partir da 20ª semana, especialmente no 3° trimestre.

A pré-eclâmpsia pode evoluir para a eclâmpsia, uma forma grave da doença, que põe em risco a vida da mãe e do feto.

As causas dessas enfermidades ainda não foram bem estabelecidas. O que se sabe é que estão associadas à hipertensão arterial, que pode ser crônica ou especifica da gravidez.

Sintomas

a) Sintomas da pré-eclâmpsia (que também pode ser assintomática): hipertensão arterial, edema (inchaço), principalmente nos membros inferiores, que pode surgir antes da elevação da pressão arterial, aumento exagerado do peso corpóreo e
proteinúria, isto é, perda de proteína pela urina.

b) Sintomas característicos da eclâmpsia: convulsão (às vezes precedida por dor de cabeça, de estômago e perturbações visuais), sangramento vaginal e coma.

Diagnóstico e fatores de risco

O diagnóstico é estabelecido com base nos níveis elevados da pressão arterial, na história clínica, nos sintomas da paciente e nos resultados de exames laboratoriais de sangue e de urina.

São fatores de risco:

1) hipertensão arterial sistêmica crônica;

2) primeira gestação;

3) diabetes;

4) lúpus;

5) obesidade;

6) histórico familiar ou pessoal das doenças supra-citadas;

7) gravidez depois dos 35 anos e antes dos 18 anos;

8) gestação gemelar.

Tratamento e prevenção

A única maneira de controlar a pré-eclâmpsia e evitar que evolua para eclâmpsia é o acompanhamento pré-natal criterioso e sistemático da gestação.

Pacientes com pré-eclâmpsia leve devem fazer repouso, medir com frequência a pressão arterial e adotar uma dieta com pouco sal.

Medicamentos anti-hipertensivos e anticonvulsivantes são indicados para o controle dos quadros mais graves, que podem exigir a antecipação do parto. A doença regride espontaneamente com a retirada da placenta.

Recomendações

* Vá ao ginecologista antes de engravidar para avaliação clínica e início da administração de ácido fólico;

* Compareça a todas as consultas previstas no pré-natal e siga rigorosamente as recomendações médicas durante a gestação;

* Lembre que a hipertensão é uma doença insidiosa, que pode ser assintomática. Qualquer descuido e a ausência de sintomas podem fazer com que uma forma leve de pré-eclâmpsia evolua com complicações;

* Faça exercícios físicos compatíveis com a fase da gestação e suas condições orgânicas no momento;

* Reduza a quantidade de sal nas refeições, não fume e suspenda a ingestão de álcool durante a gravidez.

Fonte: Dráuzio Varella

Gravidez não é perigosa para mulheres que tiveram câncer de mama, diz estudo

Ficar grávida depois de um diagnóstico de câncer de mama não aumenta o risco de que o câncer retorne, segundo o maior estudo sobre este tema já realizado, divulgado no início de junho em uma importante conferência sobre oncologia.

O estudo incluiu 1.207 mulheres com menos de 50 anos que tiveram câncer de mama que não havia se espalhado para outras partes do corpo.

A maioria das mulheres no estudo (57%) tinha câncer de mama com receptores de estrogênio (um tipo de câncer conhecido como RE-positivo), no qual os tumores são alimentados por este hormônio.

Alguns médicos acreditavam que essas mulheres podiam enfrentar um maior risco de recidiva do câncer se ficassem grávidas, devido a alterações hormonais durante a gestação.

Um total de 333 mulheres engravidaram durante o estudo, em média 2,4 anos após o diagnóstico e o tratamento do câncer.

10 anos de acompanhamento

Após um acompanhamento de 10 anos, os pesquisadores não encontraram “nenhuma diferença na sobrevivência livre de doença entre as mulheres que ficaram grávidas e as que não ficaram”, segundo o artigo divulgado na reunião da Sociedade Americana de Oncologia Clínica.

A gravidez também mostrou benefícios surpreendentes para as mulheres que tinham sobrevivido a um câncer de mama sem receptores hormonais. Essas mulheres tinham uma chance 42% menor de morrer do que aquelas que não tinham engravidado.

“Nossas descobertas confirmam que a gravidez depois de um câncer de mama não deveria ser desencorajada, nem mesmo para mulheres com câncer RE-positivo”, disse Matteo Lambertini, médico que dirigiu este estudo no Instituto Jules Bordet em Bruxelas.

“É possível que a gravidez possa ser um fator de proteção para pacientes com câncer de mama do tipo RE-negativo, através de mecanismos do sistema imunológico ou hormonais, mas é necessário mais pesquisas sobre isso”, acrescentou.

Cerca de metade das mulheres jovens recém-diagnosticadas com câncer de mama tem interesse em ter filhos, mas as pesquisas mostram que menos de 10% delas ficam grávidas depois de receber tratamento para combater a doença.

Fonte: G1

Beber álcool na gravidez pode mudar o rosto do bebê

Bebidas alcóolicas devem ser abolidas durante a gravidez (e amamentação, claro!). E um novo estudo, do Instituto Murdoch Children em Victoria, na Austrália, reforça essa informação ao mostrar que pequenas quantidades de álcool podem causar mudanças sutis na maneira com que o rosto do bebê se desenvolve.

As modificações faciais encontradas nos bebês de mulheres que consumiram menos de 7 drinques por semana e até duas doses por vez foram similares. Mas, claro, muito mais brandas do que as características da Síndrome Alcóolica Fetal (SAF), que ocorre por causa da interferência da substância na formação cerebral. “As alterações no rosto possíveis de observar em casos de SAF são fissuras palpebrais pequenas, nariz curto e lábio superior fino”, explica Marcio Sakita, coordenador de Obstetrícia do Hospital da Luz (SP).

Para descobrir como pequenas quantidades de álcool afetam o desenvolvimento fetal, os pesquisadores australianos acompanharam 1.570 mulheres durante a gestação e o parto. Dessas, 27% afirmaram ter consumido pelo menos um pouco de álcool durante a gravidez. Quando os bebês completaram 1 ano, a equipe tirou fotos do rosto dos pequenos de diversos ângulos e, analisando as imagens, conseguiram perceber as diferenças faciais.

Nos casos de SAF, além das mudanças na face, pode haver alterações congênitas, anomalias do sistema nervoso central, retardo no crescimento, prejuízos no desenvolvimento cognitivo e comportamental, baixo peso no nascimento, parto prematuro, óbito fetal, microcefalia, alterações na visão e na audição, distúrbios comportamentais e convulsões.

Fonte: Revista Crescer

O que é preciso saber sobre a mama e seu funcionamento

À futura mamãe

Você está grávida! Isso significa que seu organismo gerou e está desenvolvendo um novo ser que vem sendo nutrido pela sua placenta. É importante que você conheça o que está acontecendo com o seu corpo. Depois do nascimento, seu bebê vai ser alimentado com o seu leite. Muitas transformações ainda vão acontecer até que os seus seios estejam prontos para produzir o alimento indispensável para que seu bebê tenha um crescimento e desenvolvimento adequados.

Ainda durante a gravidez, por volta da vigésima semana de gestação, já começam as primeiras transformações, com o início da produção do leite materno. Durante o parto, com a saída da placenta, o hormônio que estimula a produção do leite – chamado prolactina, passa a ser liberado de forma intensa. Essa liberação é estimulada com o início da amamentação ainda na sala de parto; se possível ainda na primeira hora de vida.

Quanto mais seu bebê sugar o peito, mais leite você vai produzir.

Além da prolactina, outro hormônio também é importante na amamentação. É a ocitocina, responsável pela descida mais fácil e mais rápida do seu leite. Porém, sua liberação depende muito do estado emocional da mãe. Portanto, você precisa estar tranquila, confiante que vai ter sucesso da amamentação. Nada de pensamentos negativos! E fique longe de sentimentos como medo, raiva, ansiedade, dúvidas e dor.

Veja os sinais de que o hormônio ocitocina está sendo processado

• Você sente uma pressão, sensação de formigamento ou uma fisgada no seio imediatamente antes de amamentar o bebê ou durante a mamada.
• O leite pinga dos seios quando você pensa no bebê ou ouve seu choro.
• O leite pinga do outro seio quando seu bebê está mamando.
• O leite escorre de seus seios quando o bebê larga o seio, durante a mamada.

Nas primeiras semanas, você pode sentir alguma cólica devido às contrações uterinas durante as mamadas. As sucções do bebê são profundas e lentas durante a deglutição.

Como é a glândula mamária?

Agora que você já sabe como funciona, conheça a glândula mamária por dentro. Assim você poderá ajudar seu bebê a fazer a “pega correta”, tão importante para uma amamentação sem problemas.

A mama é formada em parte por tecido glandular e em parte por tecido conjuntivo e gordura, e tem a seguinte estrutura:

• alvéolo mamário: responsável pela produção do leite;
• ducto lactífero: responsável pelo transporte do leite dos alvéolos para o seio lactífero;
• seio lactífero: estrutura onde se deposita o leite produzido, localizados internamente, mais ou menos na direção da aréola, por isso é necessário que o bebê sugue de boca bem aberta abocanhando grande parte da aréola, para que possa buscar o leite no local onde fica armazenado;
• mamilo: estrutura por onde se dará a saída final do leite, evitar que o bebê abocanhe apenas o mamilo pois isto é o responsável em grande parte pelas fissuras e dor ao amamentar;
• aréola: estrutura escura ao redor do mamilo. Deve ser mais visível acima do que abaixo da boquinha do bebê quando ele estiver mamando.

Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria

Infertilidade feminina e reprodução assistida

As complicações que impedem uma mulher de engravidar naturalmente, em qualquer fase do período fértil, podem ter origens variadas. Entre elas, o homem, que também deve ser examinado por um especialista e realizar todos os exames necessários à confirmação da infertilidade do casal. Há casos em que ambos passam um bom tempo tentando uma gestação com base na avaliação da fertilidade apenas da mulher e quando, finalmente, descobrem que a infertilidade é do homem pode ser tarde para intervenções simples.

De qualquer forma, há muito tempo que a questão da infertilidade deixou de significar que um casal não terá filhos. Uma série de tratamentos registrados por publicações científicas mostram experiências bem sucedidas, e observações de casos na vida real também comprovam como é possível realizar o sonho de ter um bebê. Relacionamos mais abaixo aspectos da infertilidade feminina e reprodução assistida que devem ser conhecidos pelas candidatas à gestante.

Do ponto de vista médico, a infertilidade é definida como a incapacidade de estabelecer uma gravidez após um ano de tentativas, em que as relações sexuais ocorrem com frequência e sem uso de qualquer método contraceptivo. Se a gravidez não acontece durante este ano de tentativas regulares, é hora de o casal procurar os especialistas. A mulher deve, primeiramente, conversar com seu ginecologista, pois muitas vezes esse profissional resolve a questão. Não espere muito!

A investigação básica da mulher

A obtenção de uma boa história clínica e a realização de um exame físico completo podem  dar uma boa idéia dos fatores possivelmente relacionados à infertilidade do casal. Entre os exames complementares na mulher, a primeira etapa inclui a avaliação da ovulação. Uma mulher que tem menstruações regulares ovula em mais de 95% dos ciclos, mas isso não significa que a qualidade das ovulações é adequada e o especialista deve pedir um perfil hormonal da paciente que inclua a dosabem dos hormônios FSH, LH, estradiol e prolactina. A avaliação da glândula tireóide é também fundamental, uma vez que é cada vez maior a prevalência de distúrbios nessa glândula entre as mulheres, nas últimas décadas. Problemas com a ovulação podem ser responsáveis por até 40% das causas femininas de infertilidade.

Ovulações irregulares ou ausência de ovulação

É muito comum que mulheres com disfunções ovulatórias experimentem irregularidades no ciclo menstrual. Em alguns casos, não menstruam. Ciclos com menos de 21 dias, ou com mais de 36 dias, podem ser sinal de disfunção ovulatória.

A ausência de ovulação, denominada de oligovulação podem ter como causas uma série de fatores, entre eles, a Síndrome do Ovário Policístico (SOP). Outras potenciais causas de oligovulação seriam obesidade, peso muito baixo, hiperprolactinemia, grande carga de exercícios físicos, falência ovariana precoce, idade avançada ou baixa reserva ovariana, disfunção das glândulas tireóides (hiper ou hipotireoidismo) e altos níveis de estresse.

Estruturas orgânicas como o canal cervical, cavidade uterina e tubas uterinas também devem ser investigadas por meio de exames específicos para detectar outras causas. Essas estruturas devem estar livres de obstruções ou aderências, como as que ocorrem após cirurgias ou infecções pélvicas. Para analisar esse quadro, o médico pedirá um exame de imagem chamado histerossalpingografia, que é uma espécie de raio-X com contraste iodado, que é injetado dentro do canal cervical minutos antes do exame. Em situações específicas, o médico poderá solicitar a laparoscopia, em vez da histero, que é padrão-ouro na avaliação canalicular, porém requer internação e anestesia.

Reprodução assistida
Os principais tratamentos utilizados hoje quando há necessidade da reprodução assistida são descritos a seguir.

Coito programado (CP): é o método mais simples, realizado paralelamente à estimulação da ovulação.

Inseminação artificial (IA): um concentrado de espermatozóides é injetado dentro da cavidade uterina, também após estímulo ovulatório. Os resultados desses métodos costumam variar, mas no geral são baixos. Não é recomendado insistir neles depois de três tentativas.

Fertilização in vitro (FIV): os espermatozóides são colocados em contato com o oócito e o momento da fecundação ocorre in vitro. Pode também ser feita pelo método ICSI, também in vitro. A sigla vem do inglês e compreende a técnica em que o espermatozóide é injetado dentro do oócito. O material fecundado in-vitro, tanto na primeira quanto na segunda técnica, é implantado pelo médico no útero feminino.

Fonte: SOGESP

A importância do aleitamento materno

O leite materno é o alimento ideal para o seu bebê. Ele supre todas as necessidades nutricionais até os 6 meses de idade e protege a criança da desnutrição. Não existe leite materno “fraco” ou “aguado”.

O bebê deve mamar logo após o nascimento. O leite dos primeiros dias após o parto é chamado de colostro e oferece grande proteção contra infecções. Dizemos que o colostro é a “primeira vacina” do bebê.

A composição do leite materno fornece a água necessária para manter o seu filho hidratado, mesmo em temperaturas ambientais elevadas, está sempre fresco, encontra-se na temperatura certa e pronto para beber. Sua composição nutricional balanceada contribui para o crescimento e desenvolvimento adequado do seu filho.

Veja algumas vantagens de amamentar:

  • A criança amamentada ao seio estará protegida contra alergia e infecções, fortalecendo-se com os anticorpos da mãe e evitando problemas como diarreias, pneumonias, otites e meningites.
  • A amamentação é mais prática, mais econômica, e evita o risco de contaminação no preparo de outros leites.
  • A amamentação favorece o desenvolvimento dos ossos e fortalece os músculos da face, facilitando o desenvolvimento da fala, regulando a respiração e prevenindo problemas na dentição.
  • O aleitamento materno cria um vínculo entre a mãe e o bebê, proporcionando maior união entre eles. As crianças amamentadas são mais tranquilas, inteligentes e mais felizes.
  • A mãe que amamenta volta mais rapidamente ao seu peso normal. Reduzem-se os riscos de ter diabetes e infarto cardíaco.
    • A amamentação ajuda a reduzir a hemorragia após o parto e previne o câncer de mama e de ovário.
  • A mãe, ao oferecer o peito ao seu filho, transmite segurança, prazer e conforto. Ocorre liberação de hormônios – as endorfinas que aumentam a sensação de prazer e felicidade para a mãe que amamenta. Além disso, melhora sua auto-estima, ela sabe que o seu bebê está saudável porque está recebendo o alimento ideal: o seu leite!

O ato de amamentar é muito mais que oferecer nutrientes, é oferecer amor.

Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria

Cuidados com a gravidez da pré-concepção ao pré-natal

Os cuidados na gravidez devem ir além das consultas periódicas ao ginecologista. O estilo de vida que a mulher adota entre essas visitas fazem toda a diferença. Estar alerta ao corpo e se manter saudável são medidas que contribuem – e muito – para uma gravidez tranqüila, um parto seguro e uma recuperação mais rápida. Para quem está planejando engravidar, algumas medidas são indicadas ainda na fase anterior à concepção para garantir uma gestação bem-sucedida e um bebê saudável.

Ao planejar uma gravidez, uma das primeiras providências é a consulta com o médico eleito para acompanhá-la nessa etapa. Cerca de três meses antes de engravidar a candidata à gestante deve iniciar um tratamento com ácido fólico, suplemento que oferece um suporte importante na prevenção de malformações congênitas durante o desenvolvimento fetal, além de ajudar a prevenir a anemia na gestação.

É nessa consulta que o médico irá orientar a futura mãe sobre a série de exames chamados pré-concepcionais que terá de realizar. São exames clínicos feitos por meio da coleta de sangue e exames de imagem, para a detecção de patologias que podem interferir na gestação ou mesmo representar risco para a gestante e o bebê no processo de desenvolvimento fetal. A maioria destes é realizada em laboratório comum. São relativamente simples de agendar e com poucos pré-requisitos, quando o plano é engravidar de forma natural. Em casos especiais ou de fertilização assistida, o médico poderá pedir exames específicos, realizados por unidades especiais. Geralmente, estes exigem agendamento com certa antecedência e são feitos de acordo com o ciclo menstrual.

Na primeira consulta, o médico também irá avaliar a agenda de vacinas da mulher. Entra nessa lista a imunização contra rubéola, se a paciente não teve a doença, hepatites A, B e C, ainda que a C não represente riscos para o bebê e HPV. A única doença para a qual não há vacina é a do HIV.

Mulheres grávidas, que não foram vacinadas antes do início da gestação, não devem receber certas vacinas, como a tríplice viral. A imunização para rubéola, incluída na tríplice, contém o vírus atenuado, ou seja, ainda vivo quando é injetado, podendo causar algum tipo de malformação ao feto. Vacinas de vírus atenuados, incluindo as vacinas contra varicela e febre amarela, são contra-indicadas.

A mulher grávida poderá receber um reforço da vacina dupla para difteria e tétano, principalmente se passaram cinco anos ou mais desde a última dose, para evitar o tétano no recém-nascido. São necessárias três doses: duas durante a gravidez (sendo que a segunda deve ser aplicada ao menos 30 dias antes do parto) e, a última, após o nascimento do bebê. Durante o primeiro trimestre de gravidez, porém, a recomendação da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) é evitar a aplicação de toda e qualquer vacina.

Primeira consulta pré-natal

Em torno da oitava semana, no máximo até a 12ª semana, deve ocorrer a primeira consulta do período pré-natal. Se ainda não foi abordado o histórico clínico da paciente, o médico fará uma avaliação detalhada de questões relacionadas à sua saúde , ao ciclo menstrual, estilo de vida e ao histórico médico-familiar. Esta costuma ser a consulta mais demorada e você deve sentir-se à vontade para fazer as perguntas que desejar, esclarecer dúvidas sobre alimentação, relação sexual, alterações de humor, exercícios físicos e as limitações que a gravidez implica. Nos três primeiros meses de gravidez, a alta concetração de hormônios que participam do processo reprodutivo pode causar uma série de efeitos indesejados. Por isso o suporte de uma alimentação adequada, atividade física e até mesmo o diálogo terapêutico podem ajudar a amenizar os sintomas.

  • Principais exames solicitados na pré-concepção ou na primeira consulta pré-natal
  • Exame pélvico (genitália externa, colo e corpo uterino, anexos e pelvimetria interna clínica)
  • Tipo sangüíneo (se não tiver no prontuário)
  • Hemograma
  • Glicemia de jejum
  • Exame analítico da urina (EAS)
  • ExamesVDRL (sorologia não treponêmica)
  • Sorologia para rubéola: IgG e IgM (se não tiver exame anterior evidenciando imunidade)
  • Sorologia para Citomegalovírus : IgG e IgM (se não tiver exame anterior evidenciando imunidade)
  • Sorologia para Toxoplasmose: IgG e IgM (se não tiver exame anterior evidenciando imunidade)
  • Sorologia anti-HIV (com o consentimento prévio da paciente)
  • Ecografia transvaginal (se idade gestacional < 12 semanas) ou ecografia gestacional, quando ultrapassada essa idade
  • Colpocitologia oncótica (com o consentimento prévio da paciente)

Acompanhamento Pré-natal

A gestante deverá visitar o seu médico uma vez por mês até a 34ª semana de gestação. Depois disso, a frequência da consulta pré-natal passa para duas vezes ao mês, até a 38ª semana. A partir daí, o ideal é que a gestamte visite seu médico uma vez por semana até o parto. Nessas consultas, os médicos seguem uma rotina básica, que inclui: pesagem, questionário sobre sinais e sintomas, exame físico para avaliar a coloração  cutâneo-mucosa, o pulso e a pressão arterial, além de realizar a ausculta cardíaca, mensuração da altura do fundo uterino, avaliação da estática fetal e verificação da presença de edema em membros inferiores.

Caso a paciente tenha queixas específicas, o médico poderá solicitar exames complementares. Ultra-sonografias são importantes desde o início da gestação. Na primeira consulta pré-natal, por exemplo, o exame confirma a idade gestacional. Na 20ª semana, funciona como avaliação morfológica; e entre a 34ª e a 37ª semanas serve para verificar o crescimento fetal. O acompanhamento, os cuidados do pré-natal e o diálogo com o ginecologista facilitam o trabalho de parto, pois a gestante, bem informada pelo acompanhamento pré-natal, poderá colaborar com a equipe médica no nascimento do bebê.

Fonte: SOGESP

Aumentam casos de infecção urinária durante o verão

Além do calor, a estação mais quente do ano chega com o aumento da incidência de infecção urinária. Segundo o ginecologista Arlon Silveira, os casos chegam elevar entre 5% e 10%, a depender da idade da mulher. “No verão há uma predisposição a praia, principalmente, no Nordeste. A pessoa fica muito tempo com trajes de banho, quase sempre úmidos, e isso favorece a proliferação de microorganismos”, explicou.

O ideal é que as peças molhadas sejam substituídas por uma de algodão seca assim que possível. A infecção urinária é uma contaminação bacteriana que afeta qualquer parte do trato urinário. “São bactérias, fungos, vírus ou microorganismos no trato urinário, que se não tratadas adequadamente podem causar infecção na vias urinárias”, explicou o médico. Os principais sintomas são ardor ao urinar, vontade frequente de ir ao banheiro, dor na uretra, na pélvis e a presença de sangue na urina.

A estudante Cacilda Andrade adota medidas preventivas quando vai à praia. “Sempre levo uma roupa extra para trocar quando saio do mar. Não gosto de ficar com a roupa molhada no corpo, tanto pelo desconforto, quanto para evitar doenças. Uma mulher prevenida vale por duas”, afirmou.

Arlon Silveira disse que esta doença acomete principalmente as mulheres, ao contrário dos homens, por possuir a uretra mais curta, facilitando que as bactérias tenham um acesso mais fácil à bexiga.

De acordo ele, um dos principais cuidados para evitar problemas de infecção urinária é beber muita água ao longo do dia. “É necessário ingerir dois litros de água por dia, além de ir ao banheiro de 3h em 3h, mesmo sem vontade, para que seu organismo se defenda das bactérias”, sugeriu.

Outra dica é adotar uma dieta rica em fibras e ingerir sucos de frutas ácidas. “Esses sucos produzem bactericidas que impedem a bactéria de entrar na região do perímetro”, explicou o ginecologista. Ele disse ainda que, é necessário evitar o uso de protetor diário e duchas íntimas.

“O jato de água ‘empurra’ a bactéria para o canal da bexiga e prolifera as que ficam alojadas no objeto”, revelou.
O médico também afirmou que é preciso adotar alguns cuidados antes e depois da relação sexual. “É necessário fazer higienização íntima depois do ato e beber bastante água antes e depois da relação para esvaziar o quanto antes a bexiga, assim as bactérias que podem ter entrado na uretra são expelidas”, explicou.

A ginecologista Regina Paula Ares chamou atenção para as alterações radicais na dieta durante o verão de mulheres e homens que buscam a forma perfeita para o período.

“Estas adequações no cardápio causam mudanças no funcionamento do organismo e diminuem a imunidade do corpo, facilitando a ação de bactérias, fungos e outros vilões. Seguir uma dieta saudável é um hábito que ajuda no combate às infecções urinárias e na prevenção de diversos problemas de saúde”, explicou.

O ginecologista Arlon Silveira ainda disse que outra doença comum na estação mais quente do ano é a vaginite causada pelo fungo cândida. “Esse fungo que gosta de umidade e calor, por isso no verão é necessário ter cuidado extra”, ressaltou.

Fonte: Tribuna da Bahia

Fiocruz produz teste simultâneo de zika vírus, dengue e chikungunya

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciou a produção dos primeiros lotes de teste simultâneo de zika, dengue e chikungunya para atendimento ao Sistema Único de Saúde (SUS). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro do teste, chamado Kit ZDC, em dezembro.

O kit detecta o material genético dos três vírus (RNA) em tempo real e o resultado é obtido no mesmo dia. Também permite o diagnóstico na fase aguda da doença, quando os sintomas clínicos das três infecções se manifestam e necessitam de um diagnóstico laboratorial preciso e discriminatório.

“Temos satisfação em entregar essa inovação à sociedade brasileira. Estamos mobilizados para responder à grave situação do zika vírus e da microcefalia, e esta é parte importante dos nossos esforços”, disse o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha.

O produto faz o diagnóstico molecular com detecção e diferenciação da infecção. A inovação é fruto do trabalho integrado do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) com o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), sob coordenação do Ministério da Saúde. O kit pode ser usado para o diagnóstico laboratorial dos três vírus, para dois ou para cada um separadamente.

De acordo com a Fiocruz, as entregas se darão conforme a demanda do Ministério da Saúde.

Fonte: Agência Brasil