Crescimento, tecnologia e vícios
O mundo anda em círculos. Já passamos por diferentes fases, desde liberais, como a revolução sexual dos anos 60 (uma perspectiva social que desafiou os códigos tradicionais de comportamento relacionados à sexualidade humana e aos relacionamentos interpessoais), até as conservadoras como a fase da revolução de 1964 (uma tentativa de “restaurar” a disciplina).
Nos últimos tempos, estamos vivendo uma fase mais liberal, onde nunca foram tão discutidos, os assuntos “polêmicos”. E neste momento está presente com toda força, a tecnologia. Temos muita facilidade em adquirir “informação” e isso transformou a conexão humana e para muitas pessoas, pode virar um vício. Uma das “facilidades” das redes sociais é o acesso aos conteúdos sexuais e muitas crianças também tem acesso, mas não tem preparo para lidar com o assunto.
Na visão da Dra. Anna Kemble, as “dependências de um modo geral são fruto da vulnerabilidade de uma pessoa, junto com questões familiares e fragilidades emocionais. Isso é direcionado para um caminho que aparece disponível na vida delas”.
Independente de questões filosóficas, religiosas ou políticas, e do momento em que estamos vivendo, será que estamos orientando nossos filhos para enfrentar o mundo? Estamos adaptados para entender e responder à altura, as solicitações deles? Quanto queremos que as escolas interfiram na educação? Será que tem melhor habilitação em assuntos de “vida” do que nós? Estamos ensinando e repassando a filosofia de vida que temos?
Num mundo onde, apesar de toda facilidade e onde tudo pode mudar muito rápido, temos que estar sempre adaptados e abertos à estas mudanças para poder orientar os filhos da melhor maneira possível.
Dr. Ricardo Faure
Fonte: terra.com.br / BBC news