Incontinência urinária atinge 72% das mulheres no mundo
A doença se caracteriza pela perda involuntária de urina e conta com três tipos: a de esforço, quando há perda de urina em atividades que contraem a região do abdômen (tossir, espirrar, rir e fazer atividade física de alto impacto); a de urgência, quando há súbita vontade de urinar e a pessoa não consegue chegar a tempo no banheiro e a mista (caso de idosos e diabéticos, ou pessoas com lesões na coluna/medulares), que associa os dois tipos anteriores. Entre as causas mais comuns para não conseguir “segurar” o xixi estão a alteração da parte hormonal e a perda de massa muscular com a chegada da menopausa, gestação e o parto, tabagismo, lesões, e até mesmo a anatomia do órgão genital feminino aumenta as chances de desenvolver o problema duas vezes mais do que nos homens. “É uma doença totalmente tratável, mas poucas mulheres procuram por tratamento, na maioria das vezes por vergonha ou por achar que faz parte do envelhecimento, mas existem muitos casos em jovens, principalmente mulheres atletas.
As mulheres também são muito suscetíveis a problemas de saúde urológicos, seja por conta da gestação e do parto, chegada da menopausa ou até mesmo por conta da anatomia do órgão genital feminino. O que pouca gente sabe é que alguns problemas no trato podem ser tratados por um urologista. Parte da população acredita que essa especialidade médica trata apenas de problemas relacionados à saúde masculina.
Segundo o coordenador do Centro Especializado em Urologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Carlo Passerotti, dois problemas de saúde, com causas distintas, atingem muito as mulheres: infecção urinária e incontinência urinária.
“São duas doenças do trato urinário fáceis de se tratar se forem bem acompanhadas por especialista. Em alguns casos, as pacientes só chegam ao consultório do urologista quando o caso já é mais grave. O urologista é o especialista indicado para encontrar a causa dos problemas e tratar do começo ao fim”, explica. “A falta de conhecimento e as vezes até vergonha, acabam tardando o diagnóstico correto e o tratamento adequado”, complementa.
Incontinência Urinária
De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, a incontinência urinária atinge 72% das mulheres no mundo. Cerca de 20% dos casos de incontinência são em mulheres adultas, e em idosas pode chegar a 50%.
A doença se caracteriza pela perda involuntária de urina e conta com três tipos: a de esforço, quando há perda de urina em atividades que contraem a região do abdômen (tossir, espirrar, rir e fazer atividade física de alto impacto); a de urgência, quando há súbita vontade de urinar e a pessoa não consegue chegar a tempo no banheiro e a mista (caso de idosos e diabéticos, ou pessoas com lesões na coluna/medulares), que associa os dois tipos anteriores. “O problema não está só na bexiga, mas também na musculatura pélvica, que sustenta os órgãos da região”, diz o urologista.
Entre as causas mais comuns para não conseguir “segurar” o xixi estão a alteração da parte hormonal e a perda de massa muscular com a chegada da menopausa, gestação e o parto, tabagismo, lesões, e até mesmo a anatomia do órgão genital feminino aumenta as chances de desenvolver o problema duas vezes mais do que nos homens.
“É uma doença totalmente tratável, mas poucas mulheres procuram por tratamento, na maioria das vezes por vergonha ou por achar que faz parte do envelhecimento, mas existem muitos casos em jovens, principalmente mulheres atletas. Muitas pacientes não percebem que tem essa perda involuntária da urina”, comenta Dr. Passerotti.
O problema, principalmente na forma mais grave, pode causar impacto na qualidade de vida da mulher, comprometendo aspectos sociais, físicos e sexuais da paciente. O tratamento com fisioterapia e exercícios para fortalecer a região pélvica, como o Pilates, resolve boa parte dos casos, sendo necessário em alguns, o uso de medicamentos, como antidepressivos em doses baixas, que costumam ter o efeito de “travar” o xixi. Nos casos mais graves o tratamento também pode ser cirúrgico, com uma pequena cirurgia via vaginal, ou até inserção de neuromodulador (como marca-passo) na coluna ou também a aplicação de Botox na bexiga.
Infecção urinária
Cerca de 80% dos casos de cistite, popularmente chamada de infecção urinária, são causados pela bactéria Escherichia coli (E. Coli) e é uma doença que acomete mais as mulheres. Estima-se que metade da população feminina no mundo terá pelo menos um episódio na vida, com chances do quadro se repetir futuramente.
A Sociedade Brasileira de Urologista estima que 50% das mulheres apresentam recorrência. “A necessidade de se procurar um urologista está em investigar a causa do problema, já que mulheres que já tiveram a infecção, tendem a ter mais chances do problema voltar. Em boa parte dos casos, chegam a ter até três episódios de cistite em um ano por não tratar a causa da doença”, esclarece o urologista.
As mulheres são mais atingidas por causa da anatomia do órgão feminino. A maioria dos casos é causada por bactérias que já estão no organismo, e descem para a uretra, mais curta do que a dos homens, por onde sai a urina e que é muito próxima da vagina e do ânus. Entre os sintomas estão ardência ao urinar, urgência para fazer e segurar o xixi, e ter vontade de correr para o banheiro mesmo com a bexiga vazia. A maioria das mulheres tem o primeiro diagnóstico dessa infecção na juventude, quando são sexualmente ativas. Pessoas com diabetes, retenção de urina ou incontinência urinária e bexiga “caída” têm mais chances de desenvolver a doença.
Nos casos mais graves, a infecção pode atingir os rins, denominada pielonefrite, e causar febre e dores nas costas, e até mesmo levar a infecção generalizada. A escolha do melhor tratamento leva em consideração os sintomas apresentados pela paciente, bem como a sensibilidade das bactérias aos antibióticos.