6 dúvidas frequentes sobre congelamento de óvulos
O congelamento de óvulos se tornou opção para as mulheres que querem adiar a maternidade por mudanças sociais, profissionais ou outras razões. Para falar sobre o assunto, a ginecologista e obstetra, especialista em Reprodução Humana, Dra. Carla Iaconelli (CRM-SP 124292 | RQE 51682), explicou o que é o procedimento, como funciona e respondeu às dúvidas mais frequentes. Confira!
A ginecologista informou ser “um tratamento oferecido para as mulheres que, por algum motivo, precisam ou desejam postergar a maternidade”. Então, os óvulos são coletados, colocados em nitrogênio líquido e, posteriormente, mantidos congelados a uma temperatura de 196 °C negativos.
Qual é a melhor idade para congelar os óvulos
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Segundo a Dra. Carla, não há uma idade limite, contanto que a paciente ainda os produza. Entretanto, o melhor resultado é obtido até os 35 anos, devido à qualidade dos óvulos. Como mencionado anteriormente pela profissional, o congelamento de óvulos “é indicado para todas as mulheres que precisem ou desejem postergar a maternidade”.
Sendo assim, pode ser “por motivos médicos (como quimioterapia ou radioterapia), para tratamento de câncer, endometriose e cirurgia ovariana, histórico ou risco de menopausa precoce, por motivos sociais, por ainda não ser o momento adequado na vida delas para engravidarem”, completou.
Como funciona o congelamento de óvulos
A ginecologista explicou que “é realizada uma avaliação inicial individualizada com cada paciente, com exame físico, de imagem e laboratoriais, seguido de orientações sobre planejamento reprodutivo e reserva ovariana”.
Ela comentou que cada pessoa é diferente e o motivo pelo qual buscam o procedimento também. “Após a avaliação, podemos iniciar o tratamento que consiste em estímulo ovariano com medicação específica (protocolo individualizado) e punção ovariana para captura, classificação e congelamento dos óvulos”, esclareceu.
Dúvidas frequentes respondidas pela especialista
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Qual é a média de preço para congelar os óvulos?
Carla Iaconelli (CI): “O valor varia de acordo com a medicação e a dose utilizada, com o profissional escolhido para acompanhar o caso e a clínica em que será realizada a coleta e o armazenamento. Tudo isso fica em torno de 20 mil reais. Ainda deve ser paga uma mensalidade para manter os óvulos sob congelamento (entre 100 a 200 reais por mês), que geralmente começa a ser cobrada 6 meses após o congelamento”, respondeu.
O SUS e os planos de saúde cobrem o procedimento?
CI: Segundo a doutora, “o SUS tem poucos serviços capazes de atender essa crescente demanda e os planos de saúde não cobrem o tratamento”.
Quanto tempo o óvulo pode ficar congelado?
CI: “Não há um prazo, uma vez congelados podem ficar por mais de 20 anos sem perder a qualidade.”
Quais são as chances de engravidar?
CI: “Varia de acordo com a idade em que o óvulos foram congelados”.
Normalmente, qual a quantidade de óvulos é recomendado congelar?
CI: “Depende da idade e da qualidade dos óvulos. Mas sabemos que quanto mais, melhor”, respondeu.
Existe algum risco à saúde da mulher em todo processo de congelamento?
CI: De acordo com a ginecologista, “não há riscos graves, se o processo for realizado com um especialista experiente em reprodução humana assistida. No entanto, há o risco de hiperestímulo ovariano que é quando os ovários respondem em excesso, mas um bom profissional saberá evitar e conduzir o caso sem danos à saúde da paciente”.
Se por algum motivo você estiver pensando em realizar o procedimento, converse com um profissional habilitado para ter todo o acompanhamento necessário e se sentir segura neste processo. Aproveite e saiba mais sobre inseminação artificial e tire todas as suas dúvidas!