Uma palavra sobre Felicidade

Uma pesquisa chamada “Grant study”, sem dúvida, uma das pesquisas de grande relevância, realizada com critérios rígidos e por um longo período (já está ativa há mais de 80 anos), investigou os fatores que influenciam nosso bem-estar.

Escolheram 268 alunos do segundo ano da faculdade de Harvard (em 1938) e acompanharam suas vidas inteiras. Os pesquisadores iam de tempos em tempos anotar o máximo de características possíveis de cada pessoa: situação financeira, peso, hábitos, doenças, medicamentos, estado civil, se tinham filhos, vida sexual, entre outras. Hoje, pouco mais de 15 voluntários estão vivos e próximos dos 100 anos.

O resultado foi incontestável: Se você quer chegar feliz ao final da vida, deve se cercar de pessoas e ter diversas relações próximas. “Felicidade é amor”.

Fama e dinheiro não determinaram a satisfação pessoal de alguém, o nível de colesterol foi menos importante do que o número de relações próximas aos 50 anos, filhos e casamentos satisfatórios foram mais importantes do que bens ou doenças crônicas.

Humanos são animais sociais, sempre tiveram que viver em bandos para sobreviver. Nosso cérebro é especializado em interpretar emoções alheias.

Nossas relações são o que vai fazer-nos levantar felizes da cama todos os dias. A família é sem dúvida nosso maior “porto seguro”, mas uma comunidade bem construída é também fundamental. Invista em relacionamentos.

Difícil pensarmos em relacionamentos, num momento em que estamos com restrições de contato. Fica o recado para o momento em que pudermos voltar a nos abraçar. O contato humano é fundamental.

Dr. Ricardo Faure                                          Fonte: Revista Super Interessante